** Testes de Sangue **

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Pov. Rain

Eu acordei com luzes borradas e imagens em espiral correndo pela minha cabeça enevoada. Meu cérebro parecia pesado e terrivelmente tonta. Pontos negros invadiram a minha visão enquanto eu tentava afastá-los. Minha respiração estava irregular e meu corpo parecia estar dormentes. Logo eu me afastei de algo que estava preso em volta da minha cabeça e havia algo sobre meu nariz e minha boca. Eu estava com uma máscara respiratória? Porque diabos eu precisaria disso? Pensando que eu já podia engolir, eu engasguei e de repente senti a necessidade de vomitar. Meu corpo tremeu quando eu tentei falar, havia um tubo em minha boca; a minha língua podia sentir, presa em uma coluna circular lisa que descia por todo o caminho.

Com a mão trémula senti a máscara que colocaram em mim, minha mão roçou o resto do tubo e segui para baixo. Hesitante, levantei-a e vi meu sangue sendo aspirado. Sangue; meu sangue. Eu tremi e deixei, não me sentindo capaz de olhar para isso.

- "Ei" - eu ouvi uma voz sussurrar. - Alguém de repente agarrou o tubo que eu estava prestes a soltar e o tirou do meu alcance. Eu gemi quando a pessoa afastou com mais aspereza do que necessário. Eu consegui levantar a minha cabeça e vi Lynn me olhando perplexa. - "Você esta acordada?"

Eu gemi e zumbi esperando que ela entendesse a minha aflição. Ela fez, e olhou para mim com olhos os simpáticos.

- "Desculpe, não posso. Não sabemos o que há de errado com você, exceto que o seu estômago esta acumulando grandes quantidades de sangue, fazendo você expulsa-lo. Ella esta fazendo alguns testes, não vai demorar muito." - ela explicou me olhando de novo e se sentando em uma cadeira que tinha sido colocada ao lado da cama. Eu bufei, dando-me a volta. De repente eu senti como se minha energia estivesse se esgotado.

- "Aqui." - ela interveio. - "Você esta com febre, o suor continua escorrendo e a sua temperatura esta subindo cada vez mais." - ela tirou o pano úmido que eu não havia notado antes e o substitui por um frio. - "Nós diminuímos um pouco, mas não há muito o que possamos fazer." - com um surpreendente cuidado, ela tirou os cabelos do meu rosto antes de colocar o pano na minha testa. -"Ela disse que poderia mudar a cada hora."

Eu queria perguntar a ela por quanto tempo eu estive dormindo, mas havia pouco que poderia fazer, exceto manter a minha cabeça para o lado. O que ela disse sobre a minha temperatura? Eu cantarolei baixinho tentando chamar a sua atenção. Felizmente Lynn conseguiu me entender.

- "Ah sim" - ela examinou a sala procurando por alguma coisa; ela se levantou e andou até uma mesa. Eu a segui com os olhos e vi que ela pegou um bloco de notas e uma caneta, e em seguida trouxe pra mim. - "Eu acho que isso vai ajudar" - ela suspirou não exatamente satisfeita com a sua ideia, mas foi o suficiente para mim. Eu comecei a escrever no bloco de notas e mostrei para ela.

"Onde eu estou?"

Depois de ler Lynn respondeu.

- "Estamos nas catacumbas, em uma sala vaga perto do laboratório de Ella."

Eu anotei algo novamente.

"Quanto tempo eu estive dormindo?"

- "Por pelo menos um dia. Estávamos esperando que você recuperasse a consciência logo." - Lynn olhou para cima. - "São onze e trinta e sete da manhã, você estava apagada desde as nove da manhã de ontem."

Suspirei o melhor que eu pude e depois escrevi.

"Onde estão os outros?"

- "Ella e Rufino estão no laboratório, esses dois pombinhos. O Príncipe esta preso em outra reunião, na qual ele tem que agir como o príncipe, como o grande Príncipe da Newmerica que todos pensam que ele é." - Lynn concluiu sarcasticamente revirando os olhos. Ela parecia estar de bom humor hoje. - "Nora saiu a pouco, mas duvido que possamos confiar nela. E agora aqui estou eu, cuidando de você, sem ofensas."

Laços de Sangue: A Fúria (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora