Pov. Rain
Eu soltei um suspiro trêmulo. Eu me deitei, as cortinas estavam fechadas porque não conseguia mais aguentar a luz. Minha cabeça doía mais do que antes, uma dor implacável no meu ouvido que me fez desejar estar morta. Eu não tinha senso de direção ou som, mas podia sentir as gotas de sangue escorrendo pelo meu rosto. Eu soltei um grito de angústia quando outra tempestade de dor se abateu sobre mim; dor é tudo o que eu conseguia pensar. Minha audição parecia nula e como um nevoeiro. Eu não consegui pensar direito ou até mesmo podia dizer qual era a esquerda ou direita, para cima e para baixo. Eu podia ouvir outro gemido sair da minha boca. Eu estremeci e abracei as minhas pernas.
Braços finos de repente se enrolaram em mim. Eu estremeci não conseguindo decifrar quem era, mas percebi que era o meu mestre. Os redemoinhos de sons permaneciam perto dos meus ouvidos, mas todos se misturavam e a frequência estava muito alta ou às vezes muito baixa. Eu soltei outro grito baixo quando a dor subia através de mim.
- "Shh, calma pequeno hobbit, se acalme." - eu podia ouvir a profunda ressonância da voz do príncipe cortando todo o tumulto. Me perguntei porque conseguia ouvi-lo, então eu me lembrei ele tinha poderes especiais de cura. Eu deixei escapar com suspiro e puxei os seus braços querendo que o seu calor dele brilhasse através de mim e tirasse a minha dor. - "Você está segura...Eu não vou deixar você." - ele disse baixinho, mas eu ainda estava tendo dificuldade de filtrar suas palavras. Eu apertei o meu aperto no braço dele e fui sacudida de minha nebulosidade para perceber como ele se tornou. Ainda havia os músculos magros e contraídos ao meu toque, mas eles pareciam...menores.
Na minha tentativa de falar, minhas respirações saíram como ruídos até que consegui controlar a minha língua escorregadia.
- "V-você...precisa...de sangue..." - eu murmurei, deixando a minha cabeça cair para trás com um suspiro longo escapando dos meus lábios. Ele me segurou com mais força, senti ele roçar a testa no meu ombro. Quando eu tinha certeza de que ele não ia falar, tentei olhar por cima do meu ombro, mas uma dor estridente me obrigou recuar. Eu suspirei. - "Sangue...beba." - eu recuei e agarrei o lado da minha cabeça, segurando um grito quando ele soltou um gemido encolhido.
- "Não!" - ele disse duramente, eu estremeci com a altura, apesar dele estar apenas sussurrando. - "Eu não vou, Rain. Não tem nada com que se preocupar, então não pense sobre isso. É uma ordem." - o senti mudar um pouco quando ele limpou o sangue do meu ouvido com um lenço de papel.
Houve uma pausa na dor, enquanto eu esperava a sensação de suas presas perdurarem a minha carne macia, o sentindo absorver o meu sangue - sua fonte de vida. Mas não havia tal realidade, o príncipe continuava limpando o meu sangue e jogando o papel ensanguentado na lixeira perto da cama. Respirando profundamente, ele voltou a me abraçar com o seu corpo quente, ainda pulsando com vida, enquanto ele tinha um corpo para chamar de seu.
- "Por que...?" - eu perguntei na minha rápida pausa para respirar. O senti tenso e permaneceu assim por muito tempo.
Através da névoa de sons irreconhecíveis, ouvi o príncipe responder.
- "Não vai fazer bem a você ou a mim se eu fizer." - ele me disse gravemente. - "Além disso...eu não preciso disso."
Eu joguei a minha cabeça para trás com a mentira descarada que ele tentou dizer. Ele acha que eu sou ingênua?
- "Você não pode estar falando serio!" - agora eu era totalmente capaz de ver o seu rosto, ele apenas sorriu solenemente e descansou a cabeça no meu ombro, fechando os olhos com uma felicidade que eu não conhecia.
- "Você parece melhor, meu pequeno hobbit. Volte a dormir, você precisa descansar."
- "Você também precisa." - eu protestei, assim que levantei a cabeça a dor me puxou de volta e tive que descansar a minha cabeça novamente.
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Laços de Sangue: A Fúria (Completo)
RomanceEm um mundo novo. Um mundo governado por vampiros; e os humanos que restaram foram transformados em escravos. Nós sempre fomos escravos, nascemos escravos. Minha vida é como de qualquer outro humano. Eu não tenho vida, no entanto, sou apenas uma m...