** Nada a Fazer **

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Pov. Rain

Acendeu todo o lugar. A espada se tornara nada além de poeira quando o Príncipe se lançou, mas esse não era o seu plano. Ele atacou Vergamine, agarrando os seus ombros e a segurou enquanto ela aterrissava.

Não havia som enquanto a luz e as faíscas assustavam as sombras; me cegou e tudo o que vi foram duas sombras. Duas sombras negras com luz explodiram do Príncipe, sua pele queimando e rachando com força e luz. Eles ficaram suspensos no ar, o Príncipe se curvou sob a mãe como um animal de boca aberta, anormalmente grande e comprido, com nada além de um buraco negro aberto. Seus olhos se nublaram com o vapor azul enquanto o poder bruto de sua mãe estava sendo consumido pelo Príncipe. Ela nem sequer gritou ou se moveu quando o poder foi sugado de seu corpo como uma sucção. O Príncipe tinha se tornado semelhante a um animal.

A dor e a sensação de asfixia desapareceu e eu fiquei ofegante, sentindo o meu pulso explodir de baixo da minha pele. A pressão deixou os meus ouvidos e eu pude ouvir de novo, o som eram quase ensurdecedores. Era como o vento misturado com os uivo de lobos e dos Berserkers. Um som agudo e arrepiante. Ella correu para o lado de Rufio ão meu lado e Lynn estava com dificuldade de se mexer.

- "O que é isso?" - eu perguntei, esperando que alguém pudesse responder a minha pergunta.

Ella olhou para mim, o terror era claro em seus olhos.

- "A absorção de poderes. A transformação do homem para a fera."

Eu entendi o que ela estava dizendo. O caráter animalesco que dançava nos movimentos do Príncipe, as costas curvadas e as unhas afiadas. Era como assistir um banquete de animais.

- "Ele precisa parar, ele está perdendo o controle." - eu protestei, mas Ella balançou a cabeça intensamente.

- "Não. Você não pode parar o que ele é, Rain."

Eu rosnei.

- "Isso não é o que ele é! Ele não é ele mesmo!"

Houve um estrondo alto. Tudo parou, os sons, o poder até que tudo o que restou foi o silêncio. Todas as cabeças se viraram.

O Príncipe ficou de costas para nós; ele segurava o corpo da mãe de bruços com uma mão e a outra segurava uma lâmina. A Rainha ainda estava viva. Seus olhos estavam arregalados de medo trêmulo, mas ela não moveu um músculo.

- "O tempo está próximo, a morte é franca, a vida deve morrer e a morte deve viver..." - a rainha repetiu as palavras, o mesmo cântico de antes, eu fechei meus olhos diante da memória horrível. Ela engasgou então, olhando diretamente nos olhos do seu filho. - "Eu vejo você agora. Eu vejo você agora, Ward."

Com um único golpe, o Príncipe cortou o pescoço da Rainha Vergamine, ele deixou a cabeça cair no chão, rolando como se fosse uma bola de futebol. O que ele estava carregando não era uma espada, mas uma adaga retorcida com ambas extremidades afiadas. O Príncipe a segurou nas mãos, pingando sangue da palma da mão e soltou o corpo da mãe.

Ella ficou boquiaberta, eu olhei para Rufio e depois para Joseph, desesperada, mas ninguém disse ou fez nada. Assistiu com tristeza, como se tivesse assistindo um animal feroz tentando escapar de sua jaula.

Era horrível.

Lynn teve coragem de chegar perto do Príncipe, circulou ao seu redor, ainda cautelosa com ele. O herdeiro vampiro não estava se movendo, Lynn ofegou quando viu o rosto do Príncipe.

Laços de Sangue: A Fúria (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora