Continuação...................
— Droga.— Então? — eu respondo, olhando para trás.
— Você está solteira? — ela pergunta. Direta, totalmente sem jogos. Eu gosto disso.
— Você está? — eu pergunto.Ela sorri.
— Eu estou, e se eu não estivesse, estaria agora.O que?
— Eu deveria estar encantada?
— Sim, — ela diz, sorrindo um pouco tímido neste momento. —Pelo menos, espero que sim.Eu levanto meu ombro encolhido.
— Acho que estou um pouco encantada. Mas não encantada o suficiente.Ela ri da minha resposta, balançando a cabeça para mim de uma forma divertida.
— Acho que joguei o meu esforço fora, então.Luto por um sorriso em troca.
— Você não tem ideia.O resto da classe passou rapidamente, e logo eu fico de pé e empurro meus livros de volta na minha bolsa. Camila se move para ficar na minha frente e me dá de volta a minha caneta.
— Guarde ela, — eu digo a ela, arqueando meu lábio. — Você não pode estar indo para sua próxima aula sem uma caneta. — eu pego minha bolsa e saio da classe sem olhar para trás.
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Eu dou uma mordida no meu sanduíche quando alguém se senta ao meu lado. Eu sei quem é sem olhar, pelo aroma leve de sua colônia.— Tenho certeza que perseguição é ilegal, — murmuro em meu sanduíche, sem olhar para ela.
— Vi você sentada aqui sozinha e achei que você poderia querer uma companhia.
— Você me pega escondida debaixo de uma árvore, gritando por uma companhia? — eu pergunto, lutando contra um sorriso.Finalmente eu viro a cabeça para olhar para ela. Ela está sentada contra a árvore com uma perna esticada e a outra dobrada. Seu braço está pendurado para fora da perna dobrada, com uma bebida na mão.Ela me dá um sorriso torto, fazendo uma de suas covinhas aparecerem. Eu franzo a testa para ela, perguntando por que ela não está reagindo aos meus comentários.
— Vi uma menina bonita sentada sozinha,e eu não sou de perder uma oportunidade.Eu pego minha garrafa de água e desenrosco a tampa.
— Estou vendo.
— Então você é uma estudante de história? — ela pergunta quando eu não digo mais nada.
— Sim, — eu digo.
— Eu amo história.
— Eu também, — ela diz, eu viro a cabeça a tempo de ver o seu sorriso.
— Qual é a sua próxima aula?
— Metodologia da História, — eu digo, tentando planejar minha fuga. Eu olho a hora no meu celular — Uma hora até começar a aula.
— Merda, — ela diz, eu olho para cima para ver seu rosto cair momentaneamente.
— O que é? — eu pergunto, bebericando minha água.
— Eu estava indo para essa classe. Eu deveria ir, — ela diz, mordendo o lábio inferior.Eu ri.
— Eu acho que você e eu temos passado bastante tempo juntos,hoje, não é?
— Nunca, — ela diz, acrescentando um sorriso insolente.
— Além disso,eu sei de fato que eu sou uma ótima companhia.
— Quem te disse isso? — pergunto com uma cara séria.
— Sua mãe? Porque ela não conta. Camila riu do meu comentário, balançando a cabeça para mim.
—Espertinha.
— Eu tento, — eu respondo, tomando um gole de água.Ela inclina a cabeça para o lado.
— Você não respondeu minha pergunta.
— Qual foi a pergunta? — eu pergunto.
— Você está solteira?
— Por que você quer saber? — pergunto a ela, estreitando os olhos.
— Eu quero saber se há alguma concorrência que eu deveria estar ciente — ela responde, impassível.Reviro os olhos.
— Estou solteira.
— Como solteira? — ela pergunta, sorrindo.
— Muito simples. Mas eu também não estou procurando um relacionamento, — digo a ela com sinceridade.Ela me estuda.
— Eu posso lidar com isso. Conexões casuais também funcionam para mim.Eu lanço a minha garrafa de água em sua cabeça, e ela começa a rir. Idiota.
— Isso, — eu disse, apontando entre nós dois, — É o mais perto que você está chegando de mim, meu amigo,ou amiga
— Isso é um desafio?E tanto faz,sou metade de cada — ela pergunta dando de ombros e com um brilho brincalhão em seus olhos escuros.Homens e seus desafios.
— Não, nenhum desafio, — rapidamente eu recuo.
— Desafio aceito, — ela disse, e depois se inclina para frente e esfrega o polegar sobre os nós dos meus dedos. Eu tremo com contato e fico de boca aberta com o fato de que ela só me tocou depois do que eu disse a ela.
— Limites pessoais — murmuro baixinho, puxando minha mão. Ela está prestes a falar quando somos interrompidos.
— Ei, Camila, — diz uma voz feminina. Eu olho para cima e vejo duas meninas na nossa frente, sorrindo para Camila, e olhando para mim,talvez insinuando para uma introdução e me avaliando, ao mesmo tempo. Isso é exatamente o que eu não queria. Eu prefiro manter o anonimato. Seria mais fácil dessa maneira, porque eu não quero que as pessoas me reconheçam ou sabem onde eu trabalhava. Parece que Camila está se tornando uma exceção.Uma das meninas tem cabelo castanho escuro e está olhando para Camila. Ela está vestida com roupas de grife elegante, sem mostrar muita pele. A loira, a que falou, é magra e alta, com olhos azuis e sardas salpicada sem todo o nariz. Eu olho para Camila com o canto do meu olho quando ela olha para as duas intrusas, sua expressão impassível.Ela suspirou.
— Lauren, esta é a minha irmã, Sofia, — ela diz, apontando para a morena. — E essa é a amiga dela, Keana.
— Olá, — diz Sofia, me dando um sorriso genuíno. — Nós vamos ver Dylan. Você vem? — ela pergunta.E Camila morde o lábio superior.
— Sim, eu vou encontrar ela no carro em dez minutos, — diz ela.
— Ok, prazer em conhecê-la,Lauren, — diz Sofia, agarrando o braço de sua amiga e vai embora.Camila olha diretamente para mim, quase como se ela estivesse esperando que eu fizesse perguntas. Mas ela não me deve nenhuma resposta. Acabamos de nos conhecer, então por que eu me importaria?
— Eu tenho que ir, mas eu te vejo por aí, — diz ela, se levantando e escovando a grama fora de seu jeans. — Guarda um lugar para mim, —acrescenta ela, piscando antes de seguir sua irmã. Ver ela por aí? Meu plano para hoje era manter minha cabeça para baixo, estudar pra caramba, e não chamar a atenção para mim. Eu suspiro, jogando o resto do meu almoço fora, e pego minha bolsa.Tenho certeza de que amanhã Camila terá esquecido tudo sobre mim.
CONTINUA>>>>>>>>>>>>>>>>>>
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Toxic Girl
FanfictionTodo mundo tem segredos. Finalmente, eu tinha um novo começo. Eu não conhecia ninguém. Eu poderia ser qualquer uma, ou assim eu pensava. Eu queria ser invisível, me misturar com o fundo. Mas acabou que manter o meu segredo não era tão fácil como eu...