Negociações

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"And the sorrow that you know will melt away and then a hero comes along, with the strength to carry on. And you cast your fears aside and you know you can suvive. So, when you feel like hope is gone look inside you and be strong and you'll finally see the truth, that a hero lies in you." (m. Hero – Mariah Carey.)

Emma não sabia se queria abraçar seu pai ou Killian.

Assim que ouviram a notícia de que os Jones permaneceriam no rancho, pelo menos temporariamente, a loira e sua mãe comemoraram como se tivessem ganhado o melhor de todos os prêmios. E talvez fosse uma sensação real, considerando o quão incrível era a presença de mais pessoas por ali e pela alma tão abençoada de Daniel.

Colocando sua pequena atração por Jones de lado, a jovem deveria admitir que tinha se afeiçoado ao pequeno Danny de uma maneira até mesmo vergonhosa, já que nunca se aproximou muito de crianças. Entretanto, de alguma maneira, o garoto era sua exceção.

David e Killian chegaram ao acordo de um contrato inicial de seis meses. Os dois trabalhariam juntos até o momento em que o moreno estivesse familiar com todas as tarefas e, assim, seus serviços começariam. E assim, ao final do semestre estipulado, o canadense se sentaria novamente com o fazendeiro para discutir seu futuro por ali.

E aquele já era um começo...

Para Nolan, a presença de Jones era um alívio. Não estava mentindo ou exagerando quando afirmou precisar de ajuda. Com a chegada de sua velhice, seus movimentos e ritmo ficavam cada vez mais limitados, contudo, agora seu coração se acalmava em poder cultivar a esperança de que os negócios no rancho estariam encaminhados.

David tentara treinar outros homens (e até mulheres, se considerar o período em que Belle, amiga de sua filha, demonstrou interesse), mas nenhum deles vingou – seja por incapacitação ou por falta de confiança do próprio senhor.

Killian era sua nova tentativa.

Por outro lado, para o músico, aquilo significava especialmente ter um lar por alguns meses. Daniel estaria feliz no ambiente rural com todos os animais e atrativos que tagarelou por uma noite, mas também teria comida na mesa e um teto para dormir... E era tudo o que ele poderia querer para sua criança.

Apesar da conquista, pesava-lhe o coração não ir atrás do senhor Frank, mas, ambiguamente, se alegrava em ter conseguido algo sem qualquer interferência familiar.

Sem Regina ou Zelena.

E era bom. Gratificante.

— Eu vou arrumar o quarto de hóspedes! – Mary anunciou animada, mas o marido logo a interrompeu.

— Não será preciso, querida. Já vou mostrar a casinha dos fundos para Killian, ele poderá ficar lá e fazer quantos reparos forem necessários.

— Mas aquele lugar está completamente abandonado. – Emma relembrou, franzindo o cenho ao tentar entender a proposta do pai. – Não podemos deixar Daniel dormir lá!

— Eu agradeço a preocupação, Swan, mas seu pai e eu conversamos sobre isso. – Jones pontuou. – Continuaremos na cabine de clientes pelo final de semana, enquanto isso, vou aprendendo as tarefas aqui e organizando ao menos um cômodo para dividir com Danny. No começo da próxima semana poderemos nos mudar tranquilamente.

— Ah, que ótimo então! – disse sem esconder a felicidade. – Se precisarem de ajuda, é só chamar.

— Vou me lembrar disso. – replicou com um sorriso fraco nos lábios.

Outro tom de azulOnde histórias criam vida. Descubra agora