Decisões e atitudes

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"I'm so glad I found you. I'm not gonna lose you, whatever it takes I will star here with you. Take it to the good times see it through the ba times. Whatever it takes, is what I'm gonna do." (m. Nothing's Gonna Stop Us Now – Starship)

— Killian? – a loira chamou o namorado, mas seu tom de voz não era nada amigável.

O casal estava na varanda do casarão, aproveitando o dia que, até então, não os tinha surpreendido com nenhuma surpresa incômoda, num contraste interessante ao anterior. Contudo, se fossem honestos em suas análises, talvez nenhuma outra data pudesse assustá-los de tal maneira.

Eles haviam se sentado na rede há alguns minutos, observando Daniel pintar no chão, usando as novas tintas que Mary Margaret comprara para o neto em sua última ida à cidade. Tecnicamente, apenas Jones o observava, pois, a namorada estava quase deitada, de olhos fechados e com as mãos em suas têmporas, massageando-as.

— O que eu fiz? – perguntou, extremamente confuso pela reação de Swan.

— Por que diabos você está balançando essa rede de novo?

— Mas eu não estou balançando nada, amor. – replicou ainda sem entender, fazendo-a abrir os olhos imediatamente.

— Não?!

— Não! Assim que viemos para cá, você disse "não quero ver essa coisa mover um centímetro, não estou me sentindo bem!". – completou tentando imitá-la com uma voz mais aguda.

— Eu não falo desse jeito. – retrucou, revirando os olhos. – E sei que pedi isso, mas achei que você tinha esquecido.

— Claro que não, Emma. – falou mais firme, começando a transmitir sua preocupação. – Aliás, você está assim desde ontem, não é?

— Não é nada demais, amor. Só estresse mesmo, logo passa. – ela garantiu com um sorriso fraco.

— É o enjoo de novo? – questionou de maneira suspeita.

— Não... Dessa vez é uma tontura estranha, eu estava bem hoje de manhã.

— Mais ou menos, né? Você mal comeu no café.

— Eu só não estava com vontade. – Swan justificou. – Agora no almoço eu como melhor, prometo.

O canadense não acreditou muito naquela promessa, lançando-a um olhar descrente e virando-se para a criança mais uma vez.

— Viu só, filho?! – o moreno disse, capturando a atenção do menino. – Sua mãe pede para você comer tudinho e ela mesma não faz isso.

— Killian! – repreendeu, dando um tapa em seu ombro.

— Eu só quero que ele te fale que é importante comer, oras! – defendeu-se, tentando esquivar do segundo ataque, mas era impossível, considerando que ambos estavam lado a lado na rede.

— Tem que comer para ficar forte, mamãe! – Danny comentou, reforçando a ideia do mais velho.

Contudo, a parte mais adorável daquele mini sermão era o semblante franzido da criança, meneando sutilmente a cabeça em sinal negativo, como quem firmasse seu desapontamento.

E Emma queria rir, apertando-o num abraço forte ou mordendo suas bochechas, mas sabia que não estava em posição de tais agrados, afinal, era ela o alvo da bronca.

— Vou comer melhor agora no almoço, meu amor. Já prometi isso para o seu pai. – a loira manejou responder, tentando esconder seu riso.

Como réplica, o pequeno Jones apenas levou dois dedos, apontando para seus olhos e, em seguida, voltando-os para a mulher, sinalizando que estava "de olho" nela. E com isso, claro, arrancando uma gargalhada da dupla, especialmente quando o menino prosseguiu com um gesto positivo para o pai.

Outro tom de azulOnde histórias criam vida. Descubra agora