É pela família

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"If the road ahead is not so easy our love will lead a way for us like a guiding star. I'll be there for you if you should need me. You don't have to change a thing, I love you just the way you're, so come with me and share the view. I'll help you see forever too. Hold me now, touch me now. I don't want to live without you." (m. Nothing's Gonna Change My Love For You – Glenn Medeiros)


Não havia som ou imagem que tirassem o foco de Killian. Pelo menos, não naquele momento.

Ele não soube ao certo quanto tempo Milah demorou para se retirar de sua casa ou sequer imitou Emma e a seguiu com o olhar, para se certificar de que a morena havia mesmo ido embora. Jones tinha um único foco: sua Swan. Por tudo o que lhe aconteceu nas últimas horas, era apenas a presença de sua namorada que lhe despertava qualquer interesse – especialmente após refletir sobre suas próprias atitudes e decisões diante do caos.

Ou "Caos", se quisesse um novo nome próprio para a ex esposa.

Certamente, as últimas horas agiram como um perfeito teste para o coração do canadense, o desafiando a reviver o passado, mas também colocando em xeque aquilo que seu presente significava. E não reagiu tão bem quanto desejava. Não poderia dizer, entretanto, que foi estúpido em pedir um tempo sozinho, pois realmente necessitava respirar um pouco e liberar suas lágrimas – e, definitivamente, não faria isso na frente de Swan ou de seu filho –, mas viu também que, talvez, esse "sozinho" não fosse tão literal.

Deus, ele precisava de Emma ao seu lado!

Felizmente, ela estava ali agora e era tudo o que a atenção de Killian mantinha foco.

E ele sequer esperou o bater da porta antes de começar a se mover em direção à mulher, que estava ofegante e com o olhar assustado. Jones se odiava por considerar-se responsável por aquele estado de Swan, mas, agora que Stewart finalmente havia ido embora, poderia tentar reverter os danos de sua falta de jeito. Bom, ele esperava conseguir...

Dando alguns passos largos, não demorou muito para que o moreno a envolvesse em um abraço apertado e seguro. Seus braços a circulavam na cintura e meio das costas, certificando-se de tê-la acolhido por completo... de tê-la junto a si por cada centímetro possível.

— Eu sinto muito, meu amor. Sinto muito. – repetiu em murmúrios, roçando seus lábios na pele quente da namorada, balançando-a sutilmente. – Me perdoa.

— Está tudo bem, amor. Não foi culpa sua, você não pode controlar o que ela fala.

— Eu não estou falando daquela lunática. – respondeu revirando os olhos e levantando a cabeça para encará-la, movendo uma de suas mãos para a bochecha da loira. – Eu não deveria ter te afastado daquela maneira. Eu precisava de um tempo sozinho, mas você merecia uma explicação melhor que aquela que fui capaz de te dar. E eu preciso de você. Deus! Eu preciso muito de você do meu lado.

Emma sorriu timidamente, balançando a cabeça ao aceitar as palavras do companheiro.

— Amor, não vou mentir para você, a forma como você se explicou não foi das melhores e eu realmente gostaria que isso não voltasse a acontecer. E-eu não sei, fiquei muito magoada, parecia que tinha uma faca atravessada no meu peito e a minha cabeça começou a imaginar inúmeras coisas que prefiro não falar por agora. – confessou. – Eu até entendo que foi difícil, mas—

— Eu prometo fazer direito da próxima vez! Eu realmente sinto muito. – Jones disse novamente, acariciando-a com o polegar. – E não quero que você se cale como hoje, quero que fale quando eu estiver sendo um idiota.

Outro tom de azulOnde histórias criam vida. Descubra agora