Outro tom de azul

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"There was a time when I would have believed them if they told me that you could not come true, just love's illusion. But then you found me and everything changed and I believe in something again. My whole heart will be yours forever. This is a beautiful start to a lifelong love letter." (m. I Choose You – Sara Bareilles)

Ele era um noivo agora.

Deus!

Estava noivo!

Killian jamais imaginou que repetiria todo o processo do matrimônio, até mesmo o amaldiçoando tempos atrás e jurando a todos os santos que não passaria por aquilo novamente... Mas com Emma era diferente.

Era mais fácil, mais claro... Mais azul!

O céu, em suas vinte e quatro horas, o alegrava com tons brilhantes e alegres, assim como as águas do rio ou seus olhos refletidos no espelho... Tudo ficara mais vibrante e expressivo. Exatamente como deveria ser.

E ele pedia desculpas, mentalmente, pelas comparações que fazia, mas sabia que era impossível não pensar em seu primeiro casamento, pois agora ele finalmente entendia o que era correto.

Não precisava "ceder" às exigências de uma noiva irredutível sobre o local, pois ambos estavam de acordo com a escolha que fizeram, e, mesmo se não estivessem, havia diálogo. Ao contrário de antes, Jones não estava ansiando para a completude do momento para simplesmente "ir para casa e ter uma esposa", mas sentia-se à vontade e digno de aproveitar cada instante. De valorizar cada pequeno momento que ignorou da primeira vez.

Não era mais um simples papel assinado, era todo um processo.

Alegrava-se ao ver Swan escolhendo as cores e tipos de flores, comentando sobre diversos tecidos e sonhando com seu vestido ideal. Amava participar de cada discussão e embarcar na imaginação da loira ao compartilhar seus pensamentos sobre a festa ou lua de mel.

Aos poucos, então, Killian foi aprendendo que não se tratava de uma primeira ou segunda vez, e sim das pessoas envolvidas. E ele não dizia somente por Emma, mas por ele e toda sua evolução também.

Era o certo.

Seu coração sentia e palpitava todas as vezes que a cerimônia era mencionada.

Movido por isso, talvez, foi que ele decidiu seguir os conselhos da noiva e sogros, afinal, não poderia ter um vácuo em seu peito nesse início de algo novo. Estava na hora de acabar com todas as vírgulas e encaminhar para conclusões. Sua vida estava prestes a mudar por completo e ele não podia prosseguir deixando partes pela metade.

E era por essa razão que o moreno estava de volta à Prince George, no Canadá, sentado em um dos bancos da sua cafeteria preferida de toda província.

Os Jones foram embora do Rancho Troll Bridge logo após o Ano Novo e Killian utilizou de todas as desculpas possíveis para não conversar abertamente com eles. Entretanto, ele precisava parar de correr.

Chegado fim de janeiro e, consequentemente, seu aniversário, Emma o presenteou com um belo final de semana nas montanhas, onde esquiaram, comeram bastante, namoraram, se divertiram com as brincadeiras de Daniel e, além disso, conversaram sobre o futuro da família Jones em suas vidas. E David fez o mesmo todas as vezes que saíam para entregar as encomendas vendidas por Mary Margaret.

Ele sabia que ambos tinham razão, mas não fazia ideia de onde retiraria forças para tomar tal atitude.

Bom, não até Swan oferecê-lo uma oportunidade logo no começo de março...

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