Celebrando a vida

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(Novamente, estou atrasando a resposta dos comentário, sinto muito... Vejam as notas no final, por favor!)

"Oh forever's a long time but far from enough time to spend with you. I will always be there. So fall, I'll be behind you. I'll be there to guide you when you've lost your way." (m. Falling – Oh Gravity)


Ela ouvia alguns barulhos, estalos e sutis murmúrios vindos de dentro do celeiro, fazendo-a se aproximar sorrateiramente sem interromper seja lá quem fosse por ali. E, é claro, tomando cuidado para não esbarrar na bagunça de materiais de construção, postos para fora da sala para onde se dirigia, e acabar denunciando sua atividade às escondidas.

Aquele era, na realidade, mais um dos inúmeros sinais que ignorava sobre o que estava prestes a fazer, apenas optando por colocar sua consciência no modo silencioso.

Quando se aproximou do local, pode ver o homem e a mulher completamente agarrados, imersos em um beijo lânguido e demorado. Enquanto a outra estava sentada no balcão de madeira, ele se encaixava perfeitamente entre suas pernas e a segurava pelos quadris, deixando-a no comando. Em seguida, pode ver o casal compartilhando pequenas risadas ao se afastarem minimamente, recuperando o fôlego e redirecionando os locais das carícias.

E, como se aquilo já não fosse o suficiente, ainda foi espectadora do momento em que o moreno posicionou as mãos no ventre de sua amante, sorrindo largamente para ela.

— Eu fiquei pensando em nossa conversa de ontem a noite inteira, sabia?

— Ah, é?! E posso saber, exatamente, o que você estava pensando? – indagou de maneira travessa, sabendo bem do que se tratava.

— Na possibilidade de ver sua barriga crescendo, você me atacando com as variações constantes de humor, os desejos loucos... – elencava ao distribuir pequenos beijos pelo colo da companheira. – Você tem certeza do que me disse, Emma?

Ela riu brevemente.

— Não exatamente, sendo bem sincera. – respondeu com um novo sorriso. – Mas eu vou—

E então parou, enrijecendo sua postura e virando-se rapidamente para a porta e visualizando a intrusa pela primeira vez. Era como se a loira tivesse sentido a presença de uma terceira pessoa ali ou percebido uma pequena movimentação.

Era a única explicação plausível para que tivesse sido pega.

Contudo, o que Milah não havia percebido era que, ao observar a cena, não estava completamente imóvel quanto acreditava. O choque que sentia não a petrificou, pelo contrário, a fez buscar uma defesa contra a imagem que, surpreendentemente, a machucava mais que o esperado.

— Killian... – Swan disse espantada, agarrando-se no ombro do namorado enquanto encarava a outra com temor.

Na mão direita de Stewart tinha um facão, utilizado pelo canadense um pouco mais cedo em sua reforma, do qual a morena segurava com tamanha força que chegava a deixar a mão trêmula. Tentando, então, resolver a situação, Jones se afastou para falar com a ex.

— Milah. Calma... – começou, dando passos receosos em direção à mulher

Mas ela pareceu não ouvir.

— Coloca isso onde você achou, por favor. – suplicou, lançando um olhar para o objeto, sem obter resposta.

Assim que Nora retornou ao mundo real, tomando ciência de onde estava, assustou-se com a ferramenta em sua mão e rapidamente a soltou, jogando o objeto no chão. Os olhos arregalados e inquietos da nova iorquina migravam entre o ex marido e a loira, deixando o ambiente pesado e o clima tenso pela incerteza das próximas ações de Stewart.

Outro tom de azulOnde histórias criam vida. Descubra agora