Estamos prontos?

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(NOTA: ainda não respondi OTDA ou Matchmaker, mas eu vou! Prometo!)


"After all you put me through you'd think I despise you but, in the end, I wanna thank you 'cause you make me that much stronger.." (m. Fighter – Christina Aguilera)


— Mais alto, papai! Mais alto! – Daniel implorava em meio às risadas.

E Killian já não podia ir mais além.

— Você sabia que com os dias você vai crescendo e ficando mais pesado? – começou. – E que, nesse processo, eu fico mais velho e fraco?

Eram seis e meia da manhã e o canadense havia acabado de acordar o filho.

Na noite anterior, o pequenino teve alguns de seus pesadelos, muito provavelmente pela última visita de Milah. E, por esse motivo, Jones não hesitou em chamá-lo para dormir em sua cama, considerando que Emma dormiria no casarão e tinha espaço de sobra ao seu lado. E, obviamente, ele a enviou uma mensagem somente para dizer que a "noite do pijama" agora era "dos garotos".

Ela só conseguiu rir da provocação do namorado.

Contudo, a madrugada não foi nenhuma festa.

Killian passou a maior parte do tempo preocupado com os tremores e gemidos abafados do filho, certificando-se de abraçá-lo sempre que o menino ameaçava acordar chorando. Era o máximo que ele poderia fazer para ajudá-lo.

E também não se surpreendeu quando Danny começou a fazer pirraça para se levantar para ir à escola.

Não fazia muito tempo que o garoto havia retornado, pois tanto o moreno quanto a namorada, foram firmes na decisão de ignorar completamente as aulas ministradas pela professora substituta. Portanto, quando Bree voltou às suas atividades, Jasmine não demorou para convidá-los para uma longa e estressante reunião.

E passar por aquilo não era importante, na verdade, tudo que eles queriam era ver o pequeno Daniel feliz. Mas, obviamente, a presença de Milah tinha que estragar até mesmo a animação da criança em encontrar seus amigos.

Sendo assim, Killian teve que apelar para a boa e velha brincadeira do foguete. Contudo, o Patinho estava crescendo e a cada dia ficava mais difícil pegá-lo no colo e sacolejar como Jones costumava fazer. E, para continuar com a mini tradição, ele resolveu mudar um pouco: ainda deitados na cama de casal, pediu para que o filho se apoiasse firme em suas mãos, pois o levantaria pelas pernas com os próprios pés.

Daniel gargalhava com a altura que o pai o fazia alcançar, aprovando a nova tática do canadense. Entretanto, o mais velho sabia que não duraria muito tempo naquela posição.

— Nós temos que descer, filho.

— Só mais um pouquinho! – insistiu.

— Mas sua mãe está nos esperando. – argumentou, tentando camuflar sua necessidade de interromper a brincadeira.

E ele sabia que usar Emma como desculpa era uma tática infalível, pois logo o garoto bufou irritado e pediu para "descer do foguete".

— Depois você faz de novo? – questionou, jogando-se no meio das cobertas de novo.

— Claro que sim! – respondeu, bagunçando o cabelo do menino. – E filho, o que você acha de chamar o vovô pra ir com a gente hoje?

— Mas e a vovó vai ficar sozinha?

— Não, vai ficar com a mamãe.

— Por que ela não vai? – indagou ainda mais confuso.

— Eu só pensei que nós poderíamos ter o dia dos meninos hoje. – mentiu. – O que você acha da ideia? Tenho certeza que Emma não ficará brava ou triste.

Outro tom de azulOnde histórias criam vida. Descubra agora