Capítulo 7.

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POV: JIMIN.


Quando um dia imaginei ter tanto sangue em minhas mãos? Nunca nem tinha visto uma arma até hoje, e agora estou aqui, sentindo a quentura da bala alojada no meu abdômen e o sangue passando pelos meus dedos, torcendo para não ser mais que um pesadelo. Os olhos aflitos de JinWoon me diziam o contrário, fazendo tudo parecer tão real, como se ele fosse o único que fazia sentido naquela bagunça e na zona que tinha se tornado minha vida. Senti braços me abraçando e a voz mandona de minha mãe gritando ao meu lado, deixando eu ainda mais assustado. Eu não conseguia entender a maior parte do que me diziam, estava muito preocupado com o liquido quente inundando o chão e no frio que sentia. 

- Não durma! Não se atreva a fechar os olhos, Jimin! - ela passou a pressionar a ferida, me olhando com aqueles olhos ferozes que a muito me acostumei a ver durante nossas inúmeras brigas. Papai dizia que a mamãe é como uma leoa, sempre alerta e pronta para defender qualquer um de nós, independente dos custos. - Jimin, minha joia, continue olhando 'pra mamãe, não se deixe vencer pelo sono. Você vai ficar bem, a ambulância esta quase chegando. - - eu poderia dizer a ela que isso é uma tarefa difícil, ela iria entender. Meus olhos pesam cada vez mais e aos poucos os calafrio vinham junto de um peso em meu peito, parecia mais difícil de de respirar. - Não! Aguente! Vamos, querido! - segurei sua mão, quase não tendo forças para isso. 

- Durma... - tinha essa voz, uma voz estranha em minha cabeça que continuava me mandando dormir. Ela parecia ter tanta certeza disso, mas talvez fosse sua voz sedutora que me fazia querer obedecer. - Jimin, durma. - talvez eu devesse dormir. Me entregar ao desejo que me consome e torcer para ser o certo. Desejos as vezes vencem.






POV: JIHYUN. 


Eu não conseguia tirar meus olhos do que acontecia a minha frente, não conseguindo ver o desespero em minha mãe e a angustia nos olhos de meu pai. Assim que Jimin fechou os olhos, minha mãe se desesperou e partiu para fazer o RCP. 

- Não! Ele ainda esta vivo, eu escuto seu coração. - JinWoon a impediu e levantou Jimin do chão, partindo para fora de casa. Mas parou assim que viu Hoseok entrando. Ele vestia uma roupa de motoqueira e segurava uma Glock com a mão esquerda. O ômega quis correr na direção de Jimin, mas o impedi e o prensei na parede. 

- O que faz aqui? - me surpreendi quando nossa posição se inverteu e parei com uma pequena adaga a centímetros de meu pescoço. 

- Relaxa, eu vim ajudar. - Hoseok sorriu e se virou para JinWoon. - Foi o tiro de um Corvo? 

- Sim. Temos que levar ele para o hospital. 

- A bala não é o problema, mas sim o veneno, ele é mortal para os Ômegas da Lua Azul. 

- Diagnostico? 

- Febre, arritmia e falência múltipla dos órgãos. Precisamos tirar essa bala, para saber o quanto o veneno consumiu seu organismo. Mas...

- Diga. - JinWoon parecia ainda mais sério na presença de Hoseok, o que me intrigou. 

- Eu tenho os ingredientes na estalagem, mas eu preciso de pelo menos uma hora para conseguir preparar e trazer até ele. 

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