Capítulo 28.

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Nossa, dessa vez eu nem sei quanto tempo levei para escrever esse cap, parece que se foram séculos desde que eu postei o 27. Mas estou aqui, vamos ler que é isso que queremos!

BOA LEITURA.

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POV: HOSEOK.

Era estranho colocar uma roupa de treino, era como voltar para uma antiga memória da N.C.M, mas esta é a mais perturbadora. Todos aqueles homens enormes me mediam de cima a baixo, avaliando um inimigo natural. Derek me deu uma tipoia para o meu braço que ainda está se recuperando da fratura e me guiou pela sala iluminada por enormes janelas de vidro. Era estranho imaginar tantos lupus juntos, e treinando no que parecia um galpão, mas tinha o charme da luz do sol e dos equipamentos de academia. A maioria parecia não ligar para o exercício de levantar peso, mas todos exibiam mãos enfaixadas, algumas sujas de sangue e outras desgastadas pelos socos desferidos contra sacos de areia.

- Quem é o baixinho? - um cara parou na minha frente, estufando o peito enquanto parecia analisar todas as minhas curvas.

- O baixinho não é da sua conta. Vai coçar as pulgas, cachorro. - seu semblante mudou em segundos e seus olhos se tornaram negros, como a própria escuridão. Não me deixei intimidar, mas Derek correu para impedir que o brutamontes me desse um soco.

- Para trás, Peter. Este é o Hoseok, protegido da Soyun. - Peter retornou a consciência e sorriu para mim, mas logo nos deixou e saiu do barracão.

- O que é isso? Me trouxe aqui para ver um bando de homens das cavernas?

- Eu te trouxe para treinar, achei que te faria bem. Não achei que tentaria suicídio em menos de cinco minutos. - Derek pegou uma das minhas mãos e começou a enfaixar.

- Engraçado. Mas eu não fiz nada, ele que começou. - outro passou me encarando como se eu fosse um inseto. - Que foi? Quer uma foto?! - ele rosnou, mas logo Derek interviu novamente.

- Quer parar?! Esses caras são lupus e não gostam dos agentes da N.C.M, então se você puder prezar um pouquinho pela sua vida, eu agradeço. - puxei minha mão e analisei a bandagem.

- Eu também não gosto deles, mas não fico encarando eles. Mas essa não é a questão. Todos aqui me tratam como um merda, por que você é legal comigo? E eu não acredito nessa de "ajudante" da SoYun. Todos aqui querem a minha cabeça e você me trata como se fossemos amigos de décadas. Qual é o seu plano? - tirei a tipoia, mesmo ainda sentindo leves fisgadas no braço.

- Eu não tenho um plano e também não sou como eles. Agora você pode colocar a tipoia de novo? Pode haver sequelas se você não usar corretamente. - ele passou o tecido pela minha cabeça e me indicou o ringue de boxe. - Pensei em um treino simples, o que acha?

- Claro. - respondi de uma maneira tão desanimada que me surpreendi com a reação energética de DereK.

POV: TAEHYUNG.

Pela milésima vez eu olhava para a porta do apartamento, com medo do que iria ver ou ouvir. Depois do que aconteceu na biblioteca eu tentei ignorar o fato de me sentir observado, mas esse sentimento apenas cresceu, como erva daninha. Com o tempo eu percebi os sinais, as pequenas mudanças dos meus papeis, o cheiro estranho que parecia se esconder no ambiente, junto de toda aquela desconfiança que criei em minha mente. Todos me olham como se eu fosse um louco, mas a única coisa que eu penso é que se alguém esta me vigiando, as minhas pesquisas estão chegando em algum lugar. Eu vou descobrir alguma coisa, tenho certeza disso.

- Esse é o último. - a bibliotecária deixou o livro encima da mesa, mas continuou parada me olhando.

- O que foi? - perguntei sem tirar os olhos do livro.

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