Capítulo 13.

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POV: JIMIN.

Seu corpo caiu para trás e eu tentei nos manter em pé, ainda não acreditando no que aconteceu. Foi tão rápido, tão repentino. Tudo parecia uma cena de um pesadelo, aqueles que a gente tem quando é criança e precisa correr para a cama dos pais. Mas para quem eu iria correr agora?

- Mãe... Mãe...- o peso parecia infinito, parecia que estávamos os dois afundando sem nenhuma previsão de chegar ao fundo. - Mãe, por favor...- o sangue manchava o chão imundo do beco, o cheiro era tão forte que era impossível ignorar.

- Eu estou bem...- suas palavras foram fracas, como um sopro. Deixei nossos corpos caírem e tentei estancar o sangramento, desejando que a ferida se fechasse em um passe de mágica. Mas eu sentia, sabia que não era apenas o sangue que é quente, mas que ele se destacava contra sua pele fria e trêmula. - Eu vou ficar bem, minha joia.

- Mãe, o que... Como?

- Eu vim proteger o meu menino, eu não disse? Eu sempre vou proteger os meus meninos. - sua mão tentou alcançar as minhas, com aquele aspecto frio e sem cor.

O sangue não parava de escorrer, eu não conseguia enxergar com clareza, tudo estava se tornando um borrão. As lágrimas escorriam sem fim, o meu corpo parecia prestes a ter um colapso. Minha mãe entrou na frente na bala por mim, ela levou o tiro no meu lugar e agora está morrendo em meus braços. Eu estou sentindo sua respiração descompassada, o calor deixar seu corpo e os olhos perderem o foco a cada segundo.

- Mãe, não, por favor! Fique comigo! Eu preciso de você...- eu não sabia mais o que fazer, parecia que nada daria certo. - A senhora não pode me deixar assim, agora não...

- Eu vou sempre estar aqui, sempre vou estar com você. Lembra do que a mamãe disse? Siga o seu coração. - ela sorriu; ela sorriu em meio a dor e enquanto a vida deixava seu corpo. Sua mãos caíram ao lado do corpo, seu peito parou de se mover e seus olhos confiaram sua última visão a mim.

- Não, não, não...- abracei seu corpo, chorando e gritando pela dor que sentia em meu peito. - Mãe, não! Por favor, a senhora não pode me deixar. Eu te amo, eu preciso da senhora. Mãe... - não conseguia pensar. Não conseguia sentir nada além da dor.

- O que você fez? - a voz de Jihyun me assustou. - Você... O que você fez?! - seus joelhos colidiram com o chão e me empurrou para longe. Meu irmão agarrou o corpo da nossa mãe, chorando aos prantos, de uma maneira que nunca imaginei o ver chorar. Os braços de JinWoon me cercaram quando tentei me aproximar do dois. Não sabia que podia chorar mais, mas os soluços se tornaram mais altos quando senti os braços fortes do lúpus me aparando.

- Jihyun, eu...

- Cala a boca! Cala boca! - ele gritou. - Você matou a mamãe! Você fez isso, Jimin. - fiquei sem palavras. A raiva, a mágoa, os olhos flamejantes de raiva que me fizeram recuar.

- Jihyun! - havia esquecido do meu pai. - Controle-se! - meu pai me olhou com carinho, enquanto se aproximava do corpo da mamãe. Eu via seus olhos vermelhos, mas sem nenhuma lágrima. Ele estava segurando as lágrimas. Com uma perna de apoio, ele se abaixou e fechou os olhos dela, deixando um beijo calmo em sua testa e pegando seu corpo no colo. Meu pai abraçava seu corpo, parecia estar no próprio mundo enquanto parecia tentar segurar as lágrimas. - Está tudo bem, eu vou cuidar dele, minha ChoHee. Me perdoe, meu amor. - a lágrima solitária escorreu, e meu coração se quebrou ainda mais.

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