Capítulo 18.

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POV: JUNGKOOK

Eu nunca imaginei que um tiro poderia doer tanto, mas aqui estou eu, quase chorando com o tiro que levei no braço. O sangue escorreu pelo meu pulso, pingando no chão, com a dor e o cheiro da minha carne queimada impregnando a minha mente. Mas os tiros continuam e o Tae se jogou para dentro da casa, mas quem eu mais procurei não o seguiu. Jimin não entrou com TaeHyung e o pânico me consumiu. Agarrei o primeiro pano que vi e enrolei no braço, me levantando e correndo para a porta. Os tiros haviam parado, mas assim que me aproximei da porta outra onda se iniciou. Quase fui atingido novamente, mas o senhor DongHo se jogou contra mim, me empurrando para dentro.

- Espere! Fique aqui. - Eu não havia percebido, mas o senhor DongHo apagou todas as luzes da casa e pegou uma pistola com silenciador. Nunca questionei as atitudes e como o senhor DongHo lida com a própria vida, mas nunca o vi com uma arma e não sei se ele é capaz de atirar em alguém.

- Nós precisamos ajudar o Jimin. - TaeHyung sussurrou para o senhor cego.

- E nós vamos, mas precisamos de um plano. O que vocês viram lá fora?

- Nada. Jimin achou que tinha visto alguém, mas eu não vi ninguém e o chamei para entrar, foi quando começou essa maldita chuva de balas.

- Eles já estavam aqui... - o senhor DongHo verificou mais uma vez as portas que davam acesso ao quintal, trancando todas e nos manteve juntos abaixados atrás do sofá.

- JungKook, consegue ouvir? - olhei para ele, vendo que se referia ao lado de fora. Prestei atenção e percebi que se tratava de passos, como pessoas correndo ao redor da casa. Alguns galhos quebravam, o vento batia nas paredes e o cheiro de pólvora e de terra molhada surgia no ar. Em segundos um relâmpago cortou o céu e um único fecho de luz foi o suficiente para ver os olhos assustadores de um dos Corvos nos encarando. Mesmo no escuro da casa eu sabia que ele ainda estava ali nos vigiando, analisando cada movimento e esperando.

- Precisamos sair daqui...- disse para os outros dois. O senhor DongHo agarrou a minha mão e TaeHyung apontou para as escadas.

- Temos que ir para o andar de cima, aqui tem muitas janelas e portas. Podemos tentar controlar o ambiente do segundo andar.

- Vocês vão, eu fico. - o senhor DongHo nos empurrou, mas eu o parei. Ele segurou minha mão e disse. - Vocês precisam ir, eu preciso pegar o Jimin. Vão!



POV: JIHYUN.

Nos mandaram ficar no apartamento do JinWoon, um lugar aconchegante e com tudo que iriamos precisar. Meu pai não aceitou bem a ideia de ficar sentado esperando, tentou usar o elevador, mas ele funciona com um cartão magnético de funcionários, então nós ficamos presos aqui. O corredor que dava acesso ao apartamento é cheio de câmeras, tentei chamar atenção por elas, mostrei um caderno escrito que queríamos ver JinWoon, mas na verdade eu queria ver Hoseok, queria saber se ele estava bem. Aquela mulher, a Cris, não parecia contente conosco aqui, ela me deu arrepios. Esperamos durante algumas horas, e ao anoitecer JinWoon apareceu com três bandejas cheias de comida.

- Me mandaram trazer, ainda não sabem o que fazer com vocês.

- O que fariam conosco? - meu pai perguntou.

- As refeições são servidas no refeitório, a dois andares para baixo. Acho que ainda não querem que todos saibam que tem civis aqui dentro.

- Qual é o problema de civis? Hoseok disse que vocês abrigam algumas criaturas aqui. - falei

- Sim, mas como ele disse, são criaturas, bruxas, vampiros, magos. O prédio é perigoso de várias maneiras, tem segredos mundiais escondidos aqui, então vocês representam uma ameaça muito maior do que as criaturas que ficam hospedadas aqui.

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