O Delegado e Eu

Capítulo 3

Depois do telefonema que recebi da dona Paula quando estava na delegacia, é como se eu tivesse perdendo o chão,  eu não poderia perder minha mãe, minha rainha.

Chegando ao hospital encontro dona Paula na recepção.

-Como ela esta dona Paula?

-Ah Laura ainda não tive notícias dela, parece que ela esta fazendo alguns exames para poder ver seu real estado.

-Mais o que ouve? Ela tinha melhorado um pouco, o que aconteceu?

-Quando fui levar o remédio da tarde, ela estava caida no chão,  então imediatamente eu pedi ao meu marido que troxesse ela para o hospital.

-Obrigado dona Paula, se não fosse pela senhora nem sei o que eu faria pra cuidar da minha mãe e trabalhar.

-Não precisa agradecer querida, faço isso pois gosto muito de vocês duas.

Depois de alguns minutos, que parece uma eternidade o medico aparece.

-Familiares de Luiza Bitencourt?

-Sou filha dela, Laura Bitencourt,
como minha mãe esta dr.?

-O estado da sua mãe é grave, devido ao tumor em seu cérebro,  ela teve uma hemorragia.
Sinto muito! Mais sua mãe tem apenas algumas horas de vida srt.

Neste instante é como se meu mundo estivesse desabando, sinto como se arrancassem uma parte de mim da forma mais dolorosa possivel.

-Oh meu anjo, não fique assim!
Sei a dor que esta sentindo, mais se acalme, pois precisa ver sua mãe para poder se despedir.

-Dr.?

-Dr. Marcus Valverd!

-Dr. Valverd será que eu poderia ver minha mãe?

-Claro! Vou leva-lá até ela.

Saio seguindo o médico e quando abro a porta é como se meu coração se partisse em milhões de pedacinhos, ver minha mãe toda entubada, e naquela cama, me deixou ainda mais sem forças.

Chego perto de sua cama e pego sua mão. Neste momento minha mãe abre os olhos e me da um pequeno sorriso.

-Min..minha princ...princesa...

-Mãe descanse, a senhora não pode ficar se esforçando muito.

-Fil..filha, e..eu pres..presciso te fal..falar, q..que e..eu t..te a...amo mui...muito...

-Mãe eu também te amo muito, a senhora é minha rainha, minha vida, não sei o que vai ser de mim sem a senhora..

-Me...meu am..amor..quer..quero q..que rea..reali..ze..seu...seus...son..sonhos...q..que..sej..seja fel..feliz.

-Eu prometo que vou tentar mamãe!

-Por...por favor..n..Não se cul..culpe...obri..obrigado..po..por ser..ess..essa men..menina...mara..maravi..lhosa q..que voc..Você é. ..

-Eu te amo mãe,  eu que te agradeço por tudo que a senhora me fez..te amo muito.

Nesse momento sinto minha mãe perder as força e fechar os olhos.

-NÃO MÃE! !! POR FAVOR MÃE NÃO ME DEIXA!!

Como se tudo que existisse pra mim, acabara naquele momento,  eu não tinha mais forças pra continuar, meu mundo acabou, não poderia mais continuar sem a única pessoa que tinha.

Meu corpo tremia, minhas pernas não tinham mais forças para sustentar meu próprio corpo, eu estava perdida em lagrimas, a sensação de perder alguém tão próximo não tem medidas, não tem tamanho.

Nesse momento entra uma enfermeira e me tira de perto da minha mãe,  para que possam fazer os procedinentos necessários.

-Acalme-se srt.

-Por favor eu não quero ficar longe dela! Eu não quero que minha mãe se vá!

-Sinto muito pela sua perda srt. mais temos que fazer alguns procedimentos e a srt. não pode ficar aqui.

Saiu da sala quase caindo de tão fraca que me sinto, não consigo mais lutar com essa dor que esta dentro de mim, então eu choro, choro por tudo que aconteceu hoje, choro pela minha mãe que não estará mais ao meu lado nos momentos em que eu precisar, choro pois não terei mais seu colo, seu carinho, seu sorrido doce e gentil.

Depois de algum tempo naquela situação vou até a recepção avizar a dona Paula sobre minha mãe.