Fernando
Acordo com um barulho vindo lá de baixo, levanto devagar, pego minha arma e vou descendo em silencio, percebo que o som vem da cozinha, então vou me aproximando com cuidado, mas quando vejo quem está ali meu coração erra uma batida.
Guardo minha arma sem fazer barulho e continuo observando ela, ela está vestindo um babydoll rosa curtinho e que deixa bem pouco para a imaginação, descalça e de cabelos soltos.
Ela está tão concentrada em seu sanduíche e seu suco que nem notou minha presença, mesmo com a pouca claridade consegui reconhece-la, pois seu rosto e olhosnão saem da minha cabeça desde o dia em que ela entrou na minha sala la na delegacia.Laura
Acordei de madrugada morrendo de fome, acabei deitando na cama pra descansar um pouco e pelo cansaço eu simplesmente peguei no sono.
Levanto e vou indo até a cozinha tentando fazer o máximo de silêncio possivel, abro a geladeira e pego algumas coisas para fazer um sanduíche e a jarra de suco.
Quando vou pegar um copo no armário acabo fazendo um pouco de barulho, depois de pegar o copo olho pra ver se não acordei a dona Marta e percebo que não, então vou até o balcão e começo a montar meu lanche, coloco meu suco no copo e vou me sentar em uma da banquetas que tem no balcão mesmo, onde tem uma pequena luminaria.
Enquanto como meu sanduíche, começo a lembrar de tudo que eu passei nesses últimas semanas.
Fico pensando no pior dia da minha vida, pois naquele dia, perdi meu emprego, fui roubada e pra acabar com tudo, perdi a pessoa que mais amava na minha vida.
Termino meu lanche e vou pegando meu prato e copo para lavar e guardar, quando estou levantando quase tenho um ataque cardíaco.-Ai meu Deus! Que susto!
-Boa noite srta.
-Ah, desculpe! Boa noite!
-O sr. precisa de algo?-Não obrigado, só ouvi um barulho vindo aqui de baixo, então vim verificar se estava tudo bem.
-Desculpe, não quis acordar o sr.
-Tudo bem, sem problemas.
-Ah que falta de educação a minha, prazer, me chamo Laura Bitencourt.
-Prazer Laura, me chamo Fernando Velarc.
-Você? Digo, o sr. não é o delegado que me atendeu e me ajudou no dia em que minha mãe passou mal?
-Sim, e como ela está?
(Sinto meus olhos se inundarem, mas me seguro para não chorar na frente dele, então respiro fundo e respondo)
-Minha mãe falesceu naquele dia.
-Sinto muito.
-Tudo bem, se o sr. não precisa de algo eu vou me deitar, pois amanhã tenho bastante trabalho.
-Não preciso de nada, obrigado.
Boa noite srta.-Boa noite sr. Com licença.
Saio dali o mais rapido que eu posso, chego em meu quarto, fecho a porta e me jogo na cama.
Ali me permito chorar, me permito sentir toda a dor que está dentro de mim, as lembraças da minha mãe ainda doem muito e não sei quando essa dor ira passar, pois quando você perde alguém que ama, a dor é imensa, ali durante o meu choro, em meio as lagrimas acabo pegando no sono.
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O Delegado e Eu
RomansaLaura Bitencourt, 22 anos, trabalha em uma lanchonete para cuidar da mãe doente. Uma mulher forte, que apesar de todas as dificuldades da vida, luta para cuidar de quem mais ama. Fernando Velarc, 32 anos, um homen bem sucedido em sua profissão de de...