Capítulo 1 - Liz Hunter

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As mulheres que procuram pelos serviços que Liz oferece, geralmente estão em busca de vingança. Ela não as julga por isso, até porque, se tornou uma fora da lei pelo mesmo motivo.

No momento em que decidiu ser assassina de aluguel, sabia que se tratava de um caminho sem volta, mas não fez isso por vontade própria, praticamente não teve escolha. A mulher teve sua vida jogada na lama, por pessoas que diziam ser suas amigas por causa da praga que move o mundo: o dinheiro.

Sentada na velha poltrona, Liz, descansa as pernas sobre a mesa da espelunca que resolveu chamar de escritório. Bebe o whisky barato num só gole, depois acende um cigarro deixando que a fumaça tome conta do ambiente, enquanto aguarda a cliente que ligou há pouco.

O problema da sua cliente parece simples de resolver, porém, ela quer medidas drásticas, mas Liz não sabe ainda se fará o serviço. Apesar de ser alguém que vive às custas da tragédia alheia, ela se considera uma espécie de justiceira, o que significa, que não sai por aí matando as pessoas sem antes analisar as circunstâncias.

Durante a espera, ela brincava distraidamente com o cartão de visitas em suas mãos, onde se lê a frase:

"The Killer, exterminando as pragas do seu lar!"

A mulher sorri levemente ao ler o duplo sentido contido ali que, na verdade, se trata de um trocadilho com o que faz de verdade. Durante o dia, as pessoas a procuram para extermínio de pragas domésticas, a noite, o tipo de praga que elimina é outra bem diferente. A porta se abre e uma mulher vestida em um sobretudo negro com capuz entra no escritório.

— Boa noite! Você deve ser a Liz — ela olha em volta desconfiada.

— Sim, não se preocupe a discrição é algo queprezo— afirma indicando a cadeira de madeira próxima a mesa.

Sandra — como ela disse se chamar, mas Liz desconfia de que não seja esse o nome verdadeiro — conta sua história novamente, enquanto a assassina franze o cenho, pensando que provavelmente ela minimizou o problema de sua cliente. O cara merece realmente morrer!

— Pago qualquer quantia para ver aquele desgraçado pagar por tudo que me fez! — As mãos de Sandra estão trêmulas e seu olhar perdido brilhando com as lágrimas...

"Ok, ela me convenceu!" Pensou Liz.

Ambas apertam as mãos fechando o acordo, a contratada garante total sigilo e logo depois se despedem. Liz deixa seu escritório e dirige seu Chevette direto para seu apartamento, a noite já está avançada, tudo que ela quer é chegar em casa e desfrutar da companhia de Morfeu, seu gato de estimação.

Durante o trajeto, ela reflete sobre as circunstâncias que a levaramaté o ponto em que chegou hoje,pensa emsuas vítimas fatais,o que a faz sentiruma pontada de arrependimento.Porém, ela não tem culpa, é disso que tenta se convencer, foramseus malditos amigos que a tornaram essa pessoa fria.

Nenhuma de suas vítimas merecia perdão, longe disso, todos aqueles crápulas mereciam cada bala que disparou contra eles, por terem sido tão covardes. Liz, não mata por simples prazer ou vingança, apesar de tudo ter começado por isso. Ela foi treinada para matar e como pagamento à sua benfeitora, faz alguns trabalhos de limpeza uma vez ou outra. Normalmente, é contratada por mulheres que sofreram algum tipo de violência e buscam por vingança.

Ao chegar em seu apartamento no subúrbio,é recebida por Morfeu, que se enrosca em suas pernas exigindo atenção. Deixa as chaves sobre a mesa, segue em direção a cozinha com o bichano no colo acariciando os pelos negros, abre os armários pega a ração e serve em sua vasilha no canto da pia.

O apartamento, apesar de velho é limpo e organizado, ela faz questão de mantê-lo assim, após tomar um banho ela se joga no sofá da sala, liga a televisãoe coloca em um programa de investigação criminal, que assiste atentamente. Quandoos mistérios começam a ser revelados, Liz, constata que todas as suas suspeitas estavam certas e sorri.

Graças aos céus que na vida real, a polícia não é assim tão eficiente, caso contrário já estaria presa há muito tempo. Próximo a revelação do mistério final do episódio, Liz escutao som da campainha tocar e se assusta. Ninguém visita sua casa. Pega sua arma embaixo da almofada, vai até a porta tentando escutar os sons e não há ninguém. Abre a porta desconfiada, mas o corredor está vazio.

Ela fecha a porta e só então nota o envelope branco sobre o tapete. Seu nome é a única coisa escrita nele, o conteúdo faz seu coração disparar e a adrenalina agitar todo o seu corpo.

— Ah droga, não posso deixar essa oportunidade passar!

Nesse capítulo conhecemos um pouco da personagem da @CrysCarvalho

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Nesse capítulo conhecemos um pouco da personagem da @CrysCarvalho.

Crys, obrigada por todo seu trabalho no livro, não só com essa personagem incrível, mas, toda ajuda no roteiro, organização, por isso dedicamos essa capítulo a você.

 Aos leitores, obrigada pela leitura, votem, comentem e compartilhem isso nos ajuda muito. 

Amanhã teremos outro capítulo! <3

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