Paradoxo

Capítulo 20

  "Deu tudo errado! " Liz pensou enquanto caminhava de volta ao salão principalcom Karen em seus braços, mas ainda tinha esperanças de encontrar um jeito de escapardesse jogo maluco. Apesar do pânico que todos sentiram momentos antes, agora sentiasefinalmente aliviada.   

Samus não está acostumada a lidar com o fracasso. Seu gosto amargo edesagradável é capaz de tornar seu humor ainda pior, mais do que isso, o medo tambéma assombra e o fantasma de sua doença volta a lhe assombrar. O que faria sem seusremédios?  

  A sensação de alívio em escapar viva da sala, é palpável, Elise só consegue focarseus olhos novamente quando está do lado de fora, apavorada, mas aliviada, elanovamente procura por alguém conhecido. Seu coração só se acalma quando vê a ruivasentada no chão do lado de fora, a salvo.  

  O corpo de Sophie estava em alerta, seu sangue corria rápido, se perguntava comopôde entregar sua vida na mão de um estranho, um verdadeiro louco. Era impossível nãose desestabilizar, "que burrice! " Repreendeu-se, tremia nervosa. Seus passos teriam deser muito bem calculados, para erros, não havia segunda chance.   

  Ao sair da sala, Lydia senta-se no chão, sentindo a cabeça girar, frustrada por nãoter encontrado uma saída do jogo, contudo, aliviada em estar viva.   

  Os olhares curiosos dos que decidiram ficar, irritam tanto Liz como Samus, asoutras parecem não se importar com o julgamento e aceitam a derrota.  

  — Ah qual é, seus babacas certinhos. Nunca fizeram escolhas erradas navida? — Liz se exalta incomodada. — A moça está desmaiada, alguém poderia me ajudaraqui?G  

  Gabriel rapidamente se prontifica em ajudar, seguido por Sophie e Elise.Arrumando um sofá próximo para ela, Liz coloca Karen desmaiada sobre o sofá e seafasta para respirar melhor e pensar direito.  

  — Vou dar um jeito de tirar a gente daqui — diz para si mesma, e a frasechama atenção de Samus. A discussão iniciada no corredor entre Samus e Liz, ganhaforça quando a primeira resolve confrontar a segunda novamente.   

  — Vamos, sua fora da lei, me diga qual a sua intenção em assumir a liderançadessa merda? Aposto que tem alguma coisa a ver com essa porra toda e toma proporçõesdesastrosas, desviando a atenção dos jogadores que tentavam desvendar o enigma efinalmente sair da sala:  

— O que foi que você disse?  

  — Você não é surda, mas vou repetir porque não quero deixar dúvidas. Sou muitomais capacitada do que você para assumir a liderança dessa equipe ou de qualquer outramerda que aparecer — Samus aponta o dedo no rosto de Liz. — Fui treinada para isso enão vou aceitar ser liderada por uma bostinha como você!  

  — Quem você pensa que é para falar assim comigo? — Liz cospe as palavrassegurando as mãos da comandante que tentava inutilmente avançar sobre ela.  

  — Tire suas mãos imundas de mim, sua desqualificada. — Samus devolve, comos olhos injetados de cólera.   

  Matheus não consegue se concentrar e a briga entre as duas mulheres o faz seinterpor entre elas.  

  — Não é o momento para discutirmos, isso não vai nos ajudar a sair daqui. Estãomais para Salsicha e Scooby do que comandante e mercenária blá blá blá. Depois ofedelho amador sou eu! — diz impaciente, perdendo o seu tom calmo habitual.   

  O fracasso evidente no semblante de todos é a única emoção em comum, expostaem seus rostos. Na privacidade de seus pensamentos, cada um reage à sua maneira edemonstra de formas variadas: Alguns discutem, outros permanecem em silêncio, outrosse sentam no chão. Outra reação que aflora unânime é a irritação do outro grupo, ondealguns tentam a todo custo encontrar uma resposta para o enigma.