Capítulo 18

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  Olhar o telão com a contagem, pensar nas pistas confusas, deram um 'nó' nospensamentos da ruiva.   

  "Que loucura. " Pensou ao lembrar-se das palavras ditas antes do desafio. "Asiniciais dos filmes! " Foi seu palpite interno e depois de muito pensar deu sua sugestão,mas sentiu uma angústia ao ver que havia se enganado.   

  Apesar de não ter antena, provavelmente por causa de bloqueadores de sinal, ocelular ainda era uma ferramenta útil, pensava Matheus. Olha atentamente as anotaçõesque fez sobre o enigma no celular. O mesmo poderia sentir as engrenagens de seu cérebrotrabalhando arduamente em busca de informações, os filmes passados no telão, não têmabsolutamente nada em comum na questão de gênero, público-alvo, nem mesmo o anoem que foram lançados. Todos ao redor, olhavam-se confusos, talvez com os mesmosquestionamentos em mente. "Além de ser filmes, o que tem em comum? " Pensa absorto,nem percebe que alguns haviam se aproximado dele buscando alguém para se apoiar, decerta forma.   

  ― Lembro que, Operação Big Hero tinha um número 6 bem grande embaixo donome ― comenta Marisol mexendo em seus cabelos .

 ― Eu lembro apenas o nome dos filmes, o Sexto Sentido e 3000 milhas para oinferno ― Dimas fala com as mãos nos bolsos em tom de deboche, como se nem ligassepara o que precisam ou não. Parece estar com inveja por não ter tido a ideia de Matheus.

  ― Ótimo pessoal! ― Matheus continua anotando os números concentrado,lembra-se do filme "só 10% é mentira" e "Zero de conduta", uma voz distante lhe diz queo Sexto Sentido continha os números de 1 a 6, ele mal ergue o olhar para a pessoa apenasanotando e isso fecha a grade de filmes que passaram no telão.   

  Uma certeza se apossou da mente de Dimas:

  "Se estou aqui, algum motivo tiveram para me escolher, nunca fui de me abaterdiante de nada, não será uma merda de jogo que irá me fazer baixar a cabeça".  

  Decidiu naquele momento que sairia daquele lugar e encontraria uma maneira defazer os responsáveis por aquilo pagarem caro. Observava os outros homens tentando semsucesso, decifrar a senha com as informações que lhes foram fornecidas. Nos semblantesde alguns presentes, era possível identificar algo semelhante à frustração, foi então queDimas considerou aliar-se aos demais, para juntos chegar a um denominador comum.Com sua decisão tomada, olhou para as pessoas que compartilhava da mesma loucura dealguém — afinal todos ali eram vítimas — e bradou.  

  ― Parece que todos somos prisioneiros de algum doente, então sugiro nosunirmos para acharmos a senha mais rápido, pior do que está não pode ficar. Então, o queme dizem?   

  Todos o observaram, alguns em concordância, alguns em desagrado. 

― Realmente, a única solução é nos unirmos, ainda bem que o sujeito maisproblemático concordou ― Matheus pensa alto ainda concentrado em suas anotaçõesrabiscadas na folha de papel.   

  ― Quem você pensa que é para me rotular dessa maneira seu otário? — Dimas seenfurece já pronto para brigar.  

  ― Oh, oh, os dois estressadinhos aí, estamos todos juntos nisso, portanto, achomelhor esquecer essas briguinhas e focar no que realmente é importante, ou seja,desvendar a maldita senha! — Gabriel percebe que se não intervir nada será resolvido,uma vez que todos já estão beirando a loucura e se interpõe entre ambos apaziguando.  

  Após a discussão entre Matheus e Dimas, ambos se olham de forma grotesca,lançando adagas com os olhares, parece que o caos se instalou entre todos, ninguémconsegue mais manter o controle sobre si mesmo.   

  Depois que o episódio da discussão é esquecido, Dimas olha em direção deMarisol, e revira os olhos, mas não passa despercebido que algo mudou em relação aDimas, sua postura a denuncia. Notando o olhar de Dimas na direção da garota, Gabrielo repreende.  

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