Capítulo 70

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- É aqui que você mora? - pergunto quando entramos na casa branca com cinza, praticamente igual a de Rick.

- Eu dividia com a Tara, mas ela está morando com a namorada agora - Daryl diz enquanto cruza a sala e acende uma das lâmpadas - Ela é médica daqui.

Não precisei de muito para lembrar que ela devia ser a médica que me ajudou quando tomei um tiro aqui.

- Porque a gente não sobe? - Daryl sugere e eu olho para ele, com medo de respirar - Deve ter algumas roupas limpas da Tara lá em cima ainda, provavelmente vão ficar grandes em você, mas... - jeito que ele está dizendo isso - simples e genuíno, sem qualquer pretensão faz o meu interior vibrar e estourar e não é nada como os truques que Negan usava.

E me aproximo dele e passo meus braços ao redor de seu pescoço, fechando os olhos quando encosto meu rosto no dele.

- Você pode me levar para o seu quarto - eu roço os lábios em sua mandíbula e Daryl agarra meu rosto com as duas mãos, rosnando quando seus lábios colidem com os meus.

A pressão de seus lábios contra os meus é o lugar onde agora todo o meu mundo reside. Eu me rendo, abrindo minha boca, e ele responde, pegando meu lábio inferior sob sua língua. É quente e enlouquecedor e eu rosno, pressionando minhas palmas na parte inferior das rcostas. Sua mão desliza para a parte de trás da minha cabeça e ele quebra o beijo. Eu abro meus olhos e ele está olhando para mim, movendo seus dedos pelo meu cabelo.

- Eu senti tanto sua falta...

- Shhh... não fale - eu sei o que ele está prestes a dizer - que ele sente muito, mas eu não quero ouvir isso, eu não preciso mais disso - Eu preciso de você, só de você...

Eu puxo sua camiseta, passando por cima da cabeça dele. Inclinando-me para baixo, pressiono minha boca contra o peito dele, passando meus lábios por sua pele queimada de sol. Eu sinto suas mãos correndo pelo meu cabelo, ele levanta meu rosto para me beijar de novo.

Nós caminhamos de costas e tropeçamos, quase caindo no chão e gargalhamos juntos. Seu sorriso é tão brilhante, não apenas seus lábios estão sorrindo, mas seus olhos, todo o rosto, todo o seu ser. Eu não consigo afastar os olhos, estou observando o movimento se repetir de novo e de novo - só para ver aquele sorriso florescer mais uma vez, e mais uma vez depois disso.

- Vem cá - Daryl me beija de novo e me ergue no ar, e eu passo minhas pernas ao redor da sua cintura e subimos as escadas.

Eu não consigo parar de olhar para ele enquanto ele desfaz a fivela do cinto, puxa seu jeans para baixo, jogando-os para longe na escuridão da do quarto ao seu redor. No próximo segundo eu estou na cama e minhas roupas estão no chão e não há nada atrapalhando entre nós.

- Ei - sua voz sussurada me chamou, seus lábios roçando meu rosto enquanto ele fica por cima de mim, seu corpo quente me prensando deliciosamente.

Abri os olhos e afastei minhas pernas para acomodá-lo. Seus olhos azuis me olhavam como um farol, e eu estava presa a ele, acariciando suas costas largas e fortes, querendo mais e mais dele.

- Ei, lindo - provoquei, levantando a cabeça para capturar seus lábios. Daryl aprofundou o beijo, chupando minha língua, me fazendo choramingar por quere-la em outro lugar.

Daryl abaixou a cabeça para meu seio, passando a língua calmamente em volta da aréola, massageando e chupando meus mamilos doloridos. Eu fechei os olhos mordendo meu lábio enquanto aquela onda percorria todo meu corpo. Gemi sentindo nossas intimidades esfregando-se uma na outra e arfo quando sua mão desce pelo meu corpo, penetrando um dedo dentro de mim.

- Porra... - ele murmurou, passando os dedos por minhas dobras, espalhando minha lubrificação por todo meu sexo.

Tomei uma respiração trêmula enquanto ele movia o dedo dentro de mim e seus olhos viam até minha alma, tão invasivo e inebriante.

- Gosta assim? - ele pergunta com aquele tom rouco e extremamente erótico, mas eu não consigo responder quando ele passa o polegar no meu clitóris e meu corpo todo se arca contra sua mão. Daryl beijou a parte interna da minha coxa, aumentando a velocidade.

- Sim... assim... - minha voz sai engasgada. Ele olha para mim e umedece os lábios. Arqueio minha coluna e fecho os olhos com força quando sinto ele me penetra com dois dedos, movimentando no mesmo ritmo de seu polegar no meu clitóris pulsante. Agarrei seus ombros, afundando os calcanhares no colchão, gemendo sem pudor e movendo meu quadril contra sua mão, os espasmos me sacudindo por completo.

Daryl entrou em mim enquanto eu ainda estava no alto do meu orgasmo e eu o senti tão fundo como lembrava. Ele grunhiu um palavrão, passando o nariz pelo meu rosto. Eu empurrei meu quadril tentando aumentar o ritmo das investidas quando ele passou a língua de leve sobre a veia inchada do meu pescoço, sugando.

A cada impulso, eu me desfazia. Minhas mãos se agarravam a ele com força, querendo me fundir ao seu corpo. Ele abrandou o ritmo, segurando meu olhar e trouxe sua testa para descansar contra a minha e fechei os olhos. Com seus lábios nos meus, eu sentia oorgasmo se formando em meu corpo, ganhando força a cada investida.

- Não segure - ele sussurrou no meio do beijo. Suas entocadas ficaram mais fortes, fazendo com que meu corpo fosse para para cima e para baixo no colchão.

Meu sexo latejava ao redor do seu membro. Fechei os olhos, sentindo que não conseguiria me segurar por mais tempo. Senti sua mão entrar por de baixo do meu cabelo, segurando minha nuca.

- Olha pra mim.

Abri os olhos lentamente, o vendo com o rosto corado, sua mão firme no meu quadril. Seus olhos estavam arregalados e seu rosto contorcido pela brutal vontade de chegar ao clímax, e quando chegou, tremeu e me apertou junto ao seu corpo como se eu fosse desaparecer.

Os lábios dele estavam junto a minha orelha, sua respiração quente e acelerada. Minhas mãos agarravam suas costas molhadas de suor, e eu continuei acariciando seu corpo, uma mão descendo e subindo pelas suas costas e a outra no seu cabelo.

Daryl se mexeu sobre mim e o olhei, e ele sorriu, saindo de cima. Estremeci quando ele deslizou seu membro para fora do meu corpo, se jogando ao meu lado. Ficamos em silêncio por algum tempo antes de ele virar para mim.

Ele levanta seu rosto para mim, se sustentando em um de seus braços. Meus olhos correm por todo seu tronco, vendo suas cicatrizes.

- Que foi?

- Nada - ele tocou meu rosto, traçando o desenho dos meus lábios com o dedo. Seus olhos me encaravam com tanta intensidade que me desconcertaram.

Sua mão foi para a minha cintura e ele puxou meu corpo contra o seu.

- Eu te amo - acaricio seu rosto, correndo os dedos pela barba. Ele se inclinou escovando seus lábios contra os meus.

Ele me beija. Eu suspiro, o abraçando pelo pescoço, minhas mãos indo para sua nuca e enroscando nos fios bagunçados. Quando nos afastamos ele sorri e beija minha testa.

Daryl puxou o edredom para nos cobrir, mas seu rosto continuou pairando sobre o meu.

- Eu estou com tanto medo - confessei. A expressão de Daryl mudou de relaxada para cautelosa. Seus olhos azuis eram luminosos e cintilantes por trás dos fios escuros que caíram em seu rosto. Eu os empurrei para trás como sempre fazia.

- Eu vou te proteger nem que tenha que pagar com minha própria vida - prometeu, e eu sabia que não era uma promessa vazia.

Eu sorrio e não consigo encontrar palavras. Só sei que eu ficaria feliz em ficar assim para o resto da minha vida.

Dois Lados | NeganOnde histórias criam vida. Descubra agora