Eu achei que estava sozinha, até o encontrar. O que eu não imaginava era que isso fosse mudar e que eu, que tanto aceitava e obedecia as regras, fosse as quebrar. Mas o sangue é mais grosso que a água. Sempre.
Daryl e Ellie estavam juntos até que o...
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7 ANOS DEPOIS
Esta sempre foi a minha hora favorita do dia, o final da tarde. O calor pegajoso do verão era apenas um pouco mais leve, aqui na floresta ao longo do riacho que corria ao longo da parte de trás de Hilltop, e não me importei quando Brish quis parar para beber, o rabo se contorcendo preguiçosamente atrás dela.
Sua cabeça estava baixa, seus lábios mordiscando a água, então eu deslizei de suas costas, acariciando seu pêlo e tirei uma maçã do saco que pendia na sela, mordendo um grande pedaço para mim e dando o resto para o meu cavalo.
Sim, eu tinha um cavalo agora. Uma das coisas que eu cuidava, alimentava e escovava. Eu fazia tudo, um verdadeiro Dr. Doolittle, e ela parecia me amar. Sempre que ela me via vindo em direção ao celeiro, eu podia ouvi-la bufar e relinchar. Brish era uma égua, com rica coloração preta e uma juba negra.
Nós encontramos ela e alguns outros correndo soltos há mais de um ano, e demorou mais de um mês para pegá-los. Nós quase perdemos um deles para os caminhantes, mas com as grandes habilidades de Daryl com a besta, nós o salvamos em cima da hora.
De lá, levou meses para conseguir algum controle sobre eles. Nenhum de nós tinha qualquer experiência, mas fizemos o melhor possível, acostumando-os a freios e selas. Minha Brish que foi o primeiro a nos deixar montar, e como alguém que nunca tinha feito isso antes, era ao mesmo tempo aterrorizante e glorioso. No começo, eu apenas passeava pela área cercada de nossas casas, mas quando ela e eu nos sentimos mais à vontade uma com a outra, começamos a ficar mais ousadas, pulando a cerca e dando a volta nas trilhas e riachos que nos rodeavam.
- Boa menina - eu a tranquilizei, enfiando a arma nas minhas costas antes de acariciar seu pescoço - Estamos quase em casa.
Com isso, montei Brish e ela assumiu, levando-nos de volta para casa. Tivemos visitantes nos esperando quando saímos da floresta, encostados na cerca. Um parecia feliz, mas cansado, e o outro... bem, não havia palavras para descrever sua beleza.
Eu acenei, trazendo Brish à passo lento quando nos aproximamos, amando o sorriso nas bochechas e o brilho nos olhos de Thomas.
Era raro vê-lo aqui do lado de fora das cercas. Ele gostava mais de ficar em casa, lendo ou consertando coisas e eu pulei do cavalo, agachando e beijando-o.
Paul estava encostado ao lado, observando-nos com um sorriso.
- Que milagre é esse você aqui fora, no sol? - eu perguntei e ele deu os ombros.
- Paul disse que encontraria as peças para concertar os trilhos da minha estação se eu desse uma volta aqui fora - ele disse e Paul arqueou uma sobrancelha para ele - Não era para contar? Desculpe - ele disse com sinceridade e eu segurei a risada.
