Capítulo 10 | PARTE 2

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NEGAN

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NEGAN

Quando Negan se sentou em sua cama, sacudido por um pesadelo, ele ouviu as crianças gritando. Ele foi para a sua pequena janela, tentando dar uma olhada.

Seu coração martelou em seu peito e ele apertou as barras em punhos apertados enquanto esticava o pescoço tentando ver, desejando estar lá fora.

Ele viu os tênis correndo pela janela, chutando uma pequena bola de futebol para outras crianças. As crianças gritaram novamente e Negan percebeu que não era por medo, mas por felicidade.

Então ele se lembrou dos jogos de beisebol e das aulas de ginástica. Seus olhos se fecharam. Fazia tanto tempo desde que ele ouvia as crianças gritarem por diversão - elas gritaram novamente, e seus tênis - a única coisa visível em sua linha de visão, subiam e desciam.

- Gol!

Sorrindo para si mesmo, Negan foi e puxou sua cama sob a janela para que pudesse se ajoelhar confortavelmente, observando-os brincar. Havia pelo menos outros quatro pares de sapatos, e Negan se perguntou quais eram os de Judith e quem eram as outras crianças.

O que mais chamou sua atenção foi um tênis azul claro, quase como o céu, com cadarços brancos. Ele se destacava entre os sapatos surrados das outras crianças.

Ele lembrou de Ellie - não que ele não pensasse nela, ele fazia com mais frequência do que era saudável. Ele nunca esqueceria o azul dos olhos dela, aquela cor que era só dela e que incontáveis vezes ele manchou de vermelho com lágrimas. A imagem era tão familiar agora que Negan tinha certeza de que estaria queimado no interior de suas pálpebras permanentemente.

Quando o jogo começou a diminuir, Negan se perguntou se eles estavam sendo chamados para jantar e quando receberia o dele. Como um relógio, ele estava começando a ficar com fome. Mas então ele viu quando a bola de futebol disparou em direção à janela e bateu no vidro do outro lado das barras.

Todos os sapatos pararam e, em seguida, correram para a janela. Negan se animou, esperando. Uma vez que eles se aproximaram, ele podia ouvi-los conversando um com o outro.

Ele não podia ver nenhum mais alto que seus joelhos, entretanto, e todas as sombras deles/delas tinham misturado junto no chão. Sua única característica distintiva do outro continuou sendo seus sapatos.

- Essa é a casa do monstro - disse uma garotinha seriamente - Papai me disse para nunca entrar lá.

Judith, Negan percebeu.

- Por que eles manteriam um monstro aqui? - um garotinho perguntou e sua voz tremeu - Eu pensei que havia apenas monstros fora das paredes.

- Isso é porque Judy está mentindo! - outra garota acusou agudamente - E eu vi Carl entrar! Não pode ter um monstro ali!

- Você está dizendo que meu irmão não sabe lutar contra monstros? - Judith gritou - Ele está lá fora o tempo todo! - uma bota de cowboy com um desenho de flor costurada pisou indignada.

Dois Lados | NeganOnde histórias criam vida. Descubra agora