Olhei o cabelo dela mais uma vez. A trança tinha ficado realmente perfeita nela com aquele vestidinho roxo que eu tinha comprado no último final de semana que saímos para fazer compras.
Chequei se o colar que eu havia recomendado tinha realmente ficado bom nela, mas não tinha a menor dúvida de que aquele era o look perfeito para a festa da empresa aérea do senhor Ferrarini.
Ela estava claramente insegura e ficava me perguntando se eu achava que ela estava mesmo bonita, mas não havia maneira nenhuma de ela não ficar deslumbrante daquele jeito. Cabelos escuros, o vestido roxo lindo que ela usava, um colar prata brilhando no pescoço com um pingente de coração e os olhos azuis brilhando de ansiedade.
Sorri ao ver o resultado do meu trabalho em conjunto com a Natália, essa seria a primeira festa da empresa que a Luiza iria e ela não podia estar mais apropriada.
Nós duas praticamente dispensamos a maquiagem e eu finalizei a chamada com a Nat depois de mandar algumas fotos do resultado de suas excelentes dicas, não sem antes de repetir que ela devia se tornar estilista ao invés da médica que os pais queriam.
A porta se abriu e o Gui deu um sorriso.
- Minhas duas garotas estão prontas?Não, eu tinha que estar vendo coisas. A Luiza não podia estar simplesmente ali.
Mas era óbvio que ela estava e mais óbvio ainda que ela havia me reconhecido e que eu a havia reconhecido, não tínhamos mudado quase nada.
Seus olhos estavam tão brilhantes agora quanto na primeira festa que o pai conseguiu a convencer de ir para que pudesse apresentar a filha mais nova aos colegas. Brilhavam de ansiedade e expectativa.
Pisquei algumas vezes tentando processar o que estava acontecendo e percebi que minha visão ficou um pouco turva. Continuamos nos encarando por mais algum tempo sem nenhuma das duas esboçar nenhuma reação.
De repente, ela abriu um sorriso tão grande e eu comecei a entrar em desespero. Sentia a cabeça rodando e o sangue deixando rapidamente a minha cabeça, me apoiei na cadeira tentando me reequilibrar.
Não, todo mundo menos ela!! Eu não estava em condição de lidar com qualquer pessoa que carregasse "Ferrarini" como sobrenome.
Senti que iria desabar a qualquer momento e precisava sair daquela sala imediatamente. Observei as saídas por perto, tinha uma logo ao meu lado e uma que estava muito próxima da Luiza.
Sem nem pensar, eu sai correndo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mesmo sendo "adultos", somos adolescentes
FanfictionEssa é a história sobre um enorme grupo de amigos que após o último ano do colegial (para alguns) repleto de eventos conturbados e muitas brigas acabou por se separar, mas agora, 4 anos depois, vai rolar o tão sonhado reencontro. Mas será que essa...