O ser humano nunca está preparado para o pior.
Não importa sua idade, você será culpado por suas ações. A única diferença é que terá seus pais para se responsabilizar pelos seus atos. E quando não tem para quem optar, terá que ser forte o bastante para lidar.
O corpo de Jungwoo dormia tão tranquilo, nem parecia que a mente vivia em plena complicação. Taeil estava desmaiado na cama de cima. Eu precisava fazer alguma coisa, não lembrava de nada da noite passada e pelo vídeo Mark ainda deveria estar no quarto de Jungwoo. “Mas que porra fomos fazer ali?”
Vesti apenas uma blusa de Taeil e o casaco de couro preto de Mark e saí do dormitório. E se foram minutos convencendo os seguranças de que iria buscar uma colega de quarto que não havia chego, e mais alguns para garantir que eu não precisava da ajuda deles.
A madrugada estava fria e silenciosa. Não havia ninguém aos arredores, nem ao menos os estudantes. Corri entre os prédios até o E7, nunca me senti tão segura em toda a minha vida. O medo e a ocasião transformam a pessoa. – Seria cômico dizer que corri quase nua em um Hospital estadual se eu não estivesse em uma situação de risco. – Tirei o cartão de acesso de Mark e o coloquei sobre a porta, o primeiro estrondo me assustou, mas logo se abriu. Estava tudo tão confuso, um verdadeiro quebra-cabeça com poucas peças, se não tivesse um final completo toda aquela ação seria uma grande merda.
Não havia guardas quando passei, talvez estivessem ocupados demais para cuidar de um prédio com pessoas com problemas mentais. Fechei o portão e subi desesperadamente para o 2º andar. “vai dar tudo certo” disse para mim mesma “como daria? Nem ao menos se vestiu” minha mente me contradizia.
Parei em frente ao quarto de Jungwoo e respirei fundo, a porta estava entreaberta e a sala iluminada. Entrei com cuidado, os seguranças poderiam estar ali, mas por sorte ou azar apenas Mark estava e na mesma posição do vídeo, havia sangue em volta de seu corpo. Orei para que não estivesse morto.
“mas que diabos você fez?” “merda!”
As portas dos quartos estavam fechadas, inclusive a de Jisung. Me aproximei de Mark e usei a manga de seu casaco para tocá-lo, sua pele ainda estava quente. Por sorte ainda tinha ondas de calor.
– Pensa um pouco. – cochichei. – Você pode dar um jeito nisso!
Por conta do desespero minha mente criou inúmeras situações. Uma delas era do exército indo me buscar por matar um dos médicos estaduais, outra era de Dr. Song entrando naquele exato momento e encontrando nós dois e me culpando por agredir Mark e não contar para ele sobre Taeyong. E por fim a pior, Mark acordar e suspeitar que Taeil o acertou. Seria horrível para ele, só Deus sabe o que poderia acontecer se descobrissem que um aluno agrediu um dos médicos até que sua consciência fosse tirada.
Foi cansativo, limpar todo o sangue fresco do chão e quebrar a madeira em pedaços era um desafio e tanto. Por fim, segurei um dos braços de Mark e o levantei, eu não estava aguentando com o peso dele, mas o medo de acontecer algo com o Taeil ou Sebastiana era pior. Arrastei o corpo pelo corredor e depois pelas escadas, onde que por um deslize ele desceu rolando. “Meu Deus! Eu matei ele”.
Mark era magrelo e pesava muito, era difícil esconder o corpo dele. Lembrei da árvore em que passou no vídeo e o larguei ali, tirei seu casaco e joguei em cima dele. Me abaixei e pedi desculpas, esperava no fundo do coração que ele esquecesse tudo ao acordar.
Corri para a festa, ainda descalça e com apenas uma blusa, me enfiei na multidão atrás de Sebastian. Mas infelizmente, ele não estava ali. Procurei Tana e Lucas para dizer sobre Sebastian, mas os dois já haviam sumido da festa. E com Mark desmaiado, as coisas estavam ficando cada vez mais difíceis.
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FRAGMENTADO [Revisando]
Mystery / Thriller[ Kim Jungwoo x Taeyong x Jisung x Yuta x Ten x Doyoung ] Em uma oportunidade para estágio em Psicologia minha vida mudou drasticamente. Nunca imaginei que um paciente com TDI fizesse com que eu me apaixonasse por 6 personalidades em um mesmo cor...