XXXII - FONTE: PROVAS

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Tea estava morta e há 5 dias, Jack soube quando passou por lá para visita-la e foi surpreendido pelo anúncio da morte natural.

Permaneci em silêncio ao lado dos meninos, minha mente estava em transe. Tea não estaria viva para ver o padrasto – mesmo morto – sendo julgado como culpado. E nem ao poderia pedir para que Jack descobrisse isso, sem a minha ajuda, agora somente ele e Jae tomavam conta de Brian.

– Está tudo bem?

– Não se preocupe, vamos focar no seu caso no momento, certo?

– O que faremos agora? – Jaehyun perguntou.

– Você precisa voltar ao trabalho, tem um diretor no comando no momento.

– E vocês dois?

– Jungwoo ficara aqui por enquanto, sem Peter Song aqui ele não pode retornar para aquela jaula e eu tenho um trabalho a fazer antes de… Apenas um trabalho. – olhei para Jung. – Não pense demais no depoimento e não vá com outra pessoa que não seja um de nós.

– Eu confio em você.

Sorri para ele e o abracei um pouco forte demais. Jaehyun forçou uma tosse e sorriu quando nos afastamos.

– Pode me trancar?

Arregalei os olhos o encarando.

– Tem certeza?

– Com as digitais, assim ninguém pode me soltar.

– Concordo com ele. – Jaehyun afirmou com a cabeça.

Antes de o trancar, levei água e comida para que ele ficasse bem até que voltassemos. Sem Song ali ninguém tinha autorização para chegar perto de Jungwoo, nem mesmo eu. Após a porta travar, desci com Jaehyun para o jardim, aos poucos o movimento ia se normalizando.

Eu passei o dia inteiro procurando por videos, em todos os prédios. Em cada andar, sala, quarto ou banheiro e até mesmo dentro dos menores objetos. Não havia fitas sobre Jungwoo em lugar nenhum, nem ao menos nas pastas secretas no computador.

Deitei no gramado da Praça e observei o céu nublado. Song havia desaparecido com aquelas provas. Faltava pouco para as 22h e em poucos minutos o celular iria ficar sem sinal, e a última ligação chegou, era Jack.

– Jae disse que não se importa em descobrir sobre a morte de Tea. – Jack disse. – Ele realmente mudou…

– Agradeço, mas não estamos em um caso de família agora. Precisamos acabar logo com isso.

– Tem algo acontecendo com Peter Song?

– Tem umas coisas acontecendo por aqui que eu não te contei, achei melhor assim. Peter está sendo interrogado neste momento e talvez pague por tudo de ruim que fez com um de seus pacientes. Tudo que reunimos juntos eram provas para incriminar ele…

– Então ele não é bom? – ouvi Jae falando com Brian ao fundo. – De água a ele, Jae.

– Não… Não sei.

– Pensei que confiasse nele o bastante, ele estava na sua casa quando me entregou o Brian e os papéis. Ele foi bom com a gente.

– Ele estava na minha casa? Dentro da minha casa?

– É, ele estava arrumando as coisas quando cheguei, disse para que eu esperasse um pouco porque ele precisava tirar a neve de trás da casa.

– Não lembro de ter dado a ele as chaves…

– Deve ter dado, ele parecia bem confortável lá. Ah, o Brian está falando ‘pra caramba.

FRAGMENTADO [Revisando]Onde histórias criam vida. Descubra agora