XXXVI - AUDIÊNCIA II

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A manhã estava cinza e tensa, um clima perfeito para acontecer coisas boas. Provavelmente espera saber o que aconteceu na madrugada com Baekhyun, mas esse ponto deixaremos para mais tarde.

Jaehyun ainda estava dormindo quando acordei, era por volta das 5h da manhã. Fiquei observando ele dormir e não pude deixar de pensar no Havaí, talvez as coisas dessem certo se eu me permitisse gostar de alguém. Jaehyun apareceu tão espontaneamente e se tornou algo tão especial que meu coração não foi capaz de raciocinar os sentimentos que há por ele.

Ele abriu os olhos e sorriu.

– Bom dia! – a voz rouquinha soou como música para os meus ouvidos. – Quantas horas são?

– 9h.

Ele sorriu mais uma vez e escondeu o rosto no edredom.

– Precisamos mesmo levantar?

– Infelizmente, sim.

Ele abaixou o edredom e fez uma careta, logo sorrindo mais uma vez antes de levantar. Eu nunca tinha o visto rir tanto e ainda rir daquela forma.

As 10:30h estávamos prontos e esperando por Tana e os meninos, Jaehyun olhava através da janela em busca de algo interessante para focar.

– Você conversou com o Baekhyun?

– Uhum. – concordei enquanto arrumava a bolsa.

– Ele te disse se iria voltar para o TCN?

Olhei para ele e neguei.

– E nós? O que faremos?

Parei para pensar, com o TCN completamente vazio não poderíamos voltar para lá e provavelmente depois da audiência cada um seguiria para a sua casa e Jungwoo para um lugar indefinido. Mas a minha pergunta não foi direcionada a este ponto e Jaehyun entendeu bem sobre o que eu estava pensando.

– Tenho que voltar para a minha cidade. – ele ainda olhava para a janela. – Podemos nos encontrar depois.

– Sobre o emprego... – Jaehyun me olhou. – Seria bom se aceitasse...

Ele sorriu e andou na minha direção, sorri ao sentir seu abraço. Jaehyun é o homem mais interessante que já conheci.

(...)

A audiência seria um pouco mais curta desta vez, só restaria o meu testemunho e o de Song. Depois os jurados iriam votar e por fim a juíza decidir se ele realmente pagará ou não.

Eu estava caminhando em direção ao assento e lembrei das coisas boas que passei naquele lugar em pouco tempo. Meu coração acelerou, sempre foi difícil estar a frente de muitas pessoas, agora eu teria que contar sobre a minha vida para elas.

– ... Quando percebi, Song já estava me colocando em seus planos, eu assumo que fugi com Jungwoo, mas foi porquê estava com medo de seu antigo psicólogo. Ele me pediu para fugir e ir para uma de suas casas, viajei apenas com Yuta e um homem que nos levou até lá. Foi nesta casa que conheci Kan e seus netos Triss e Fred, foi no incêndio após o jantar que Jisung, uma das personalidades, estava em pânico e desesperado porque Triss tentou o beijar. – olhei para ela. – Fiquei com todos eles por um tempo e depois partimos, enquanto estávamos fora recolhi o máximo de provas possível e as escondi. Lembro que tive que viajar para conversar com Bernard em minha casa, menti para ele por medo, pensei que ele estava aqui para levar Jungwoo a morte. – respirei fundo. – (...) Depois que fui presa conheci, por completo, uma mulher chamada Kora, a mesma assumiu que foi contratada por Peter Song para quebrar o coração de Kim Doyoung. Peter Song estava mentindo para mim, ele me usou de todas as formas e me fez ver que o bom era mau. Depois que Jungwoo apareceu no meu julgamento e assumiu ter matado o policial, as coisas mudaram no TCN. – olhei para Sebastian. – Os funcionários foram trocados e alguns pacientes estavam sendo tratados de forma diferente. Estava tudo tão confuso!

FRAGMENTADO [Revisando]Onde histórias criam vida. Descubra agora