XXXIII - LEE TAEYONG II

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Ouvi o barulho da sirene se aproximando, as vozes altas se misturavam, minha cabeça estava em transe, eu poderia morrer ali.

– Ei! – Jaehyun segurou meu braço. – Era o Jack na ligação, ele disse que está vindo com o filho de vocês e o Jae.

Assenti mantendo meus olhos nas escadas ao fim do corredor.

– Você quer ficar sozinha com eles? – ele perguntou. – Posso descer e resolver as coisas por um momento, Johnny pode me ajudar com isso. – fechei os olhos e respirei fundo. – Farei o que der, entre lá e fique com eles até que uma ordem seja estabelecida. Eu prometo que ninguém entrará aqui sem ser da Polícia.

Ele segurou gentilmente a minha mão e a pousou sobre a porta que abriu logo em seguida, quando entrei a porta se fechou.

– Eu sinto muito.

Foi a única coisa que consegui dizer a ele.

– Suas provas foram reveladas?

Taeyong estava encostado na parede em que estava pintando, sua blusa branca estava manchada de tinta.

– Não só as minhas…

Ele assentiu e deu dois tapas em sua perna.

– Deita aqui. – disse calmamente.

Balancei a cabeça e me aproximei dele deitando com a cabeça em seu colo. Meus olhos ardiam por segurar as lágrimas.

– Você pode chorar se quiser. – sua voz era suave. – Eu consigo me controlar, por mais difícil que seja. As vezes nós temos que colocar tudo para fora. – senti sua mão pousando em meu rosto.

Fechei os olhos com força e neguei, beijei a palma da sua mão.

– Você sempre manteve as coisas no controle sozinha… Agora precisa de alguém em quem confie de verdade para que sua dor diminua. – ele falava como um líder. – Já suportou coisas demais sozinha e essa luta nos envolve também. Serei grato se você dividir comigo. – segurou meu rosto e o virou para ele. – Não me veja como Lee Taeyong, me veja como um amigo.

– Posso ser processada por compartilhar informações que envolvem outras pessoas, posso ter acabado com a chance de ajudar vocês a viverem livres e não como presidiários. Posso ter ferrado tudo, Tae!

– Mas não ferrou, não ainda. Eu acredito que você possa conseguir reverter isso. Seja quem for que fez isso a culpa não é sua, as coisas só aconteceram de um jeito que não podemos imaginar. Seja lá o que vier agora, vamos passar por isso juntos.

– Você é incrível! – sorri para ele. – Você quer sair daqui?

– Para onde me levaria, sequestradora?

Fechei os olhos ao sorrir.

– Um dia livre dessas pessoas, só nós dois.

– Um encontro? – ergueu as sobrancelhas.

– Uma fuga! – me levantei. – Mas antes tenho que pedir autorização para te tirar daqui, com Song preso eu preciso que Henry autorize.

– E se ele não permitir?

– Ele não tem escolhas.

(…)

E mais uma vez Jasper me ajudou, o funcionário do Hospital estava mais para um cúmplice. Ele me deu o número pessoal de Henry. A conversa foi curta e certeira, ele apenas pediu que eu levasse um papel que estava em sua sala para que se caso alguém fosse atrás de Taeyong a saída dele não seja ilegal.

FRAGMENTADO [Revisando]Onde histórias criam vida. Descubra agora