My Angel (Romance Lésbico)

"O que você veria em mim?"

  Ignorei o chamado e as batidas, meu centro pulsava sentindo Rooney rebolar de forma tão sensual em mim, meus pensamentos estavam apenas ali, em nós.

  - Catie... - Sussurrou no meu ouvido, senti o meu corpo estremecer. - Amor, tem a-alguém... - Distribuí beijos em seu pescoço e colo. - N-na porta, Catie.

  Abri os meus olhos, meu corpo estava em alerta, parecia acordar de um transe, quem deveria ser?

  - É o Joaquim. - Sussurrou me encarando com aquela expressão assustada. - O que estávamos fazendo? - Perguntou pra si mesma enquanto pegava o seu roupão e vestia de volta em seu corpo, virei o rosto ainda sem graça com o que acabara de acontecer. Me sentia sozinha no meio daquilo tudo, quer dizer, só eu queria aquilo? Ela se arrependeu?

  - Eu devo me esconder ou...? - Respirei fundo ajeitando o meu cabelo observando a mais nova.

  - Claro que não! Ele não tem o direito de vir aqui, fica sentada aí na cama, você não é nenhuma intrusa, ele é. - E ela foi em direção a porta, abrindo e revelando um Joaquim furioso.

  - O que ela faz aqui? - Apontou pra mim. - Qual é o seu problema, Rooney?!

  - Eu não te devo satisfações, Joaquim, quem te deixou entrar?

  - Sempre entro quando quero, sabem que eu e você temos um caso. - Sorriu convencido.

  - Temos? - Acabo rindo do deboche de Rooney.

  - Qual a graça, querida? - Adentrou o quarto e parou na minha frente, de braços cruzados. - Não deveria estar conversando com Andrew sobre o casamento de vocês? - Respirei fundo e cruzei as pernas.

  - Quem você pensa que é pra agir dessa forma comigo e com ela? Você não manda no meu casamento, não manda nela e foi invasivo, não percebe? - Minha voz era serena, eu não iria sair do sério com um cara desses.

  - Eu sou o homem que ela está saindo. - Sorriu. - E Andrew é meu amigo, sendo assim eu tenho total liberdade pra falar sobre o casamento dos dois. - Riu. - E não fui invasivo, vim visitar Rooney. - Andava de um lado pro outro olhando o quarto, como se tivesse o total direito de fazer aquilo tudo.

  - Você é um daqueles homens que não entende quando uma mulher não quer mais você, né? - Me levantei. - Você é nojento. - Sorri debochando. - Você não faz idéia do quão ridículo está sendo? - Questionei me pondo no meio de Rooney e Joaquim.

  - Bom, eu não sei se tô sendo ridículo, mas talvez a imprensa goste de saber do novo affair de Rooney... - Riu. - Você. - Deu de ombros. - Agora você tem o direito de me achar completamente ridículo e filho da puta. - Mostrou uma mini câmera e guardou-a rapidamente. - Passar bem, Cate. - Foi indo embora. - Ainda não terminamos a nossa conversa, Rooney. - E eu fui até a porta, observando o homem se distanciando.

  - Me desculpa. - Rooney estava sentada com as mãos na cabeça, parecia desolada. - Ele foi tão... tão... - A mais nova se levantou e chutou o que quer que estivesse pelo quarto, cheguei por trás e a envolvi em meus braços.

  - Por favor, se acalme. - Beijei sua bochecha. - Vamos dar um jeito nisso, okay? - Observei as lágrimas de Rooney, me sentia impotente... O que ele faria afinal?

  - O que aconteceu? - Sarah entra no quarto desesperada. - Eu falei pra me mandar alguma mensagem! Que bagunça é essa? Vocês estão bem?

  - Fisicamente... - Levei Rooney até a cama. - Joaquim veio do nada no quarto dela e parece que gravou o que rolou aqui. - Sarah não sabia o que dizer, só olhava o quarto.

  - Eu... Eu vou ajeitar isso tudo, - Começou a colocar as coisas no lugar. - organizar as coisas vai me ajudar a pensar. - Suspirou. - Eu não acredito... Como ele conseguiu entrar aqui?