Que o plano comece

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   Abro os olhos aos poucos me acostumando com a quantidade de luz que recebia. Não estava em minha casa, tudo era muito branco e silencioso, mas escutava alguns 'bips' de uma máquina ao lado.
   Me ajeito na cama só então me dando conta de que estava no hospital, foi nesse momento em que me desesperei e a os 'bips' aumentavam na máquina, minha respiração acelerava e uma enfermeira adentrava com pressa o quarto.

- Que susto, achei que estivesse passando mal... - A enfermeira sorri e checa meus sinais vitais, etc. Enfim, aquela coisa toda de hospital que eu não faço questão de prestar atenção.

- Cadê a Rooney? Todd? Sarah? O que aconteceu comigo? Por quanto tempo eu dormi?

- Eles devem estar lá fora, vem quase todos os dias te visitar, principalmente a Srta. Mara. - Sorri de canto lembrando de Rooney. - Você acabou passando por muito estresse e parece que desmaiou. Bom, você está bem e estável, vou ir falar com o doutor sobre lhe dar alta, com licença. - A mulher foi embora e a porta ficou aberta, segundos depois vi Rooney e Sarah entrarem no quarto, sorri.

- Você me matou de susto, sabia? - Sarah me abraça e eu retribuo, senti a falta dela. - Ainda bem que não foi nada tão grave quanto eu pensei... - Suspirou. - Fiquei com medo de perder a minha amiga.

- Eu ainda vou te perturbar muito, Sarah. - Sorrimos. - Pelo o que eu entendi foi tudo por conta de estresse.

- Quando Todd nos contou que estavam querendo cancelar o filme, você desmaiou. - Rooney se aproxima mais e sinto sua mão sobre a minha. - Deu um susto na gente. - Nossos olhares se encontraram, senti seus dedos fazendo carinho na minha mão e suspirei, sentia falta do toque de Rooney. 

- Foi só muito estresse, está tudo bem agora.

                                                                    Uma semana depois ... 

    Estava tendo consultas com uma psicóloga depois do meu desmaio por conta de estresse, ansiedade, entre outras coisas, me sentia bem e pronta pra trabalhar novamente. Olho o horário e são 14h05, estava voltando para o hotel que o elenco está hospedado, sentia falta daquele clima Hollywoodiano de 'estamos gravando um filme'. 
    O motorista, Michael, para o carro e um funcionário do hotel já aparece pegando minhas coisas no porta-malas e o motorista abrindo a porta gentilmente para que eu saísse. 

- Sra. Blanchett, há muitos fotógrafos aqui... - Dizia oferecendo sua mão para eu descer do carro e já em pé, eu observava a aglomeração de paparazzis na fachada do hotel. A entonação de Michael era um tanto quanto receosa, não escolhi qualquer um como meu novo motorista particular, Michael sabia o que estava fazendo e entendia a situação. - Não quer ir pelo outro lado? Provavelmente irão lhe fazer perguntas desnecessárias e a senhora ficará irritada, não é melhor evitar?

- Sabe, Michael... - Respiro fundo e o encaro. - Não, não dessa vez. Qualquer coisa eu te mando uma mensagem, está dispensado no momento. - Sorrio. Michael se despede de mim entrando no carro e dirigindo para longe dali.

- Podemos ir, senhora? - Escuto o funcionário do hotel.

- Por favor. - Respiro fundo e vou andando tentando evitar prestar atenção nas besteiras que falavam para mim, pra uma ação existe uma reação e eu estava pronta pra arcar com as consequências de amar uma mulher.

                                                                             ...

    O elevador abriu no quarto andar e eu levei um susto, todos que faziam parte do filme estavam ali na minha frente me esperando, sorri. 

My Angel (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora