Ela ficou parada sem saber o que dizer, porém, sua vontade era sair correndo dali.
- Do que precisa especificamente? – ele falou tão gentil que ela sorriu.
- Chocolate, alecrim fresco e biscoitos! – ele a pega pela mão e a conduz até outro lado da cozinha, uma despensa privada, só dele.
- Aqui tem chocolate e biscoitos. – Heriberto falou apontando a despensa para ela.
- Obrigada. – ela entrou na dispensa e olhou para a caixa dourada que tinha na prateleira. – Misericórdia!!!
- O que foi, algum animal?
- Você tem um caixa do chocolate série ouro dos chocolates Ben&Benny's, a fábrica fechou em 2000, como você tem...- ela se vira e olha Heriberto que sorria para ela.
- Bom conheço o filho do Benny, foi meu paciente há alguns anos, isso me deu alguns direitos.
- Uau, eu diria o melhor de todos, bom agora eu preciso de alecrim fresco.
Heriberto pega Victoria pela mão e a conduz para uma estufa onde tinha uma mini horta bem cuidada, ela ficou impressionada, depois que ela pegou o que queria voltar para a cozinha, Victoria fez um doce que fazia muito bem, algo delicado, simples e delicioso. Heriberto voltou para o coquetel com os demais, mas seu pensamento estava na cozinha, o sorriso dela, quando viu a caixa de chocolates, quando ela fechou os olhos para sentir o aroma do alecrim, eram detalhes que não saiam de sua mente e o fazia sorria.
- Amiga, olha com coisas comuns do dia a dia fez esse doce perfeito, hummm e delicioso. – Antonieta provava mais uma das delícias de Vicky.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Tenho que ir embora, tenho que pegar meu carro na praia e ver um mecânico, sabe onde estão as crianças?
- Vicky, Heriberto mandou arrumar seu carro e já mandou que trouxessem ele aqui, as crianças estão no jardim, tem mesmo certeza que não quer falar sobre o que aconteceu?
- Antonieta, por favor, foi algo do acaso, só isso.
- Olha, eu trabalho há muito tempo para a família Rios Bernal há anos, e essa é a primeira vez que vejo Heriberto sorrir desse jeito para alguém.
- De que jeito, Antonieta está vendo coisa onde não tem, agora estou indo, agradeça ao Dr pelo carro.
Ela vai buscar os filhos e depois entra no carro e vai aproveitar o final do sábado com as crianças na praia.
O que ela não percebeu foi que tinha esquecido algo importante na bancada da cozinha de Heriberto. Quando ele entrou, viu o que ela tinha deixado algo em cima do balcão.
Victoria e os filhos passaram o dia feliz na praia, no domingo, ela fez a comida que o Max adorava e a sobremesa que Fernanda queria.
Heriberto passou o domingo com a mãe, e ela trouxe uma moça da sociedade para apresentar ao filho, que ando viu o que a mãe queria, logo deu uma escapada da situação. Passou o domingo com um amigo, depois caminhou na praia, fez uma ligação e depois saiu com seu carro daquele local.
- Oi, tia Antonieta, veio ajudar minha mãe?
- OI, Max, ajudar em quem?
- Ela perdeu alguma coisa e ficou a chorando por isso. – Antonieta ouviu Max, e foi procurar a amiga.
- Que droga, eu nunca tiro, onde foi que deixei! – ela tinha olhos inchados de tanto chorar.
- Vicky o que foi?
- Perdi minha aliança, era de casamento, eu não sei onde a tirei. – ela sentou no chão.
- Calma, acho que sei onde deixou, e com quem ela está!
- O quê?
- Vem vou mandar uma mensagem e depois é com você!
- Antonieta o que está armando.
Era um pouco mais que duas da tarde quando um carro parou perto a casa de Victoria, ela e Antonieta tomavam chá na varanda, era uma segunda-feira de sol, e quando ela viu o carro entendeu o mistério.
- Antonieta, o que você fez?
- Eu não fiz nada, eu espero que você faça, agora eu vou embora. – ela se levanta e sai indo em direção ao seu carro. – Heriberto, boa tarde.
- Boa tarde, Antonieta. – ele sorriu e caminhou até a varanda. – Oi Victoria, como vai?
