Positive ༄ sprousehart

Um

06:30 am, Lili Reinhart

Pela primeira não precisei do despertador para levantar, acordei enjoada com vontade de vomitar. Corri até o banheiro, abri a tampa na privada, me ajoelhei no chão e comecei a vomitar.

- Que porra! — gritei, limpando minha boca

Para ser sincera eu nem dormi esta noite, pensando em como seria minha vida daqui para frente. Eu estou carregando um ser humano dentro me mim, e eu só tenho 16 anos!

Como eu já tinha acordado por causa da porra do enjoo, entrei no banho logo. Deixei a água bem quente, para eu sentir minha pele ardendo.

Depois do banho, me vesti, passei uma maquiagem básica e desci para tomar café. Eu nem sabia como iria olhar para cara da minha mãe e do meu padrasto.

- Bom dia, querida. — disse minha mãe — Sente para tomar café!

- Na verdade, eu combinei com a Cami, com a Mads e com a Vani de ir mais cedo para a escola. — falei, pegando uma maçã para comer no caminho — Eu já vou indo. Tchau mãe, tchau Roberto.

- Eu te levo, amor. — disse minha mãe

- Não precisa mãe. — falei — Tchau.

Segui a caminho da escola, que não era tão distante. A escola fica a 10 minutos de casa.

...

Quando cheguei na escola, não tinha quase ninguém. Só os nerds que chegam mais cedo, não sei para que.
Me sentei em um dos bancos que tinham perto da entrada e fiquei mexendo no celular, esperando com que alguém que eu goste chegue.

...

Eu já estava a 10 minutos sentando e nada das minhas amigas chegarem.
Quando de repente, uma pessoa que era a última que eu gostaria de ver, entrou na escola. Com sua jaqueta dos Bulldogs (time de futebol), Cole Sprouse entra na escola.

Eu não sei o que deu em mim, mas deu uma vontade enorme de chorar. Chorar até o cu dizer chega.
Corri até o banheiro, entrei em uma cabine(?), sentei na privada e comecei chorar desesperadamente.

- Lili? — ouço a voz da Camila — Está tudo bem?

- Meninas, preciso falar algo. — falei, saindo da cabine do banheiro — Tem mais alguém aqui?

- Não. — respondeu Vanessa

- O que foi, menina? — disse Madelaine

- Eu estou grávida. — falei

- Grávida? — ela falaram juntas

- Sim, do Cole Mitchell Sprouse. — falei — Eu estou fodida.

- Cole Sprouse? — elas falaram juntas de novo

- Ele é um galinha, amiga. — disse Camila

- Eu sei, porra! — falei, irritada

- O que você pretende fazer? — perguntou Vanessa — Você vai falar com ele?

- Eu não sei. — falei — Eu não sei o que fazer.

- Ele precisa saber! — disse Madelaine — Mesmo ele cagando para você, ele tem o direito de saber que ele é o pai.

- Me ajudou muito, Madelaine. — falei irônica — Obrigada.

- Mas ela está certa, Lil. — disse Camila — Você precisa falar com ele.

- Vocês falam como se isso fosse fácil. — falei — Eu estou grávida do cara mais galinha da escola!

- Como isso foi acontecer? — perguntou Vanessa

- Nós transamos, né! — falei, irônica

- Isso eu sei! — disse Vanessa — Mas como vocês acabaram transando?

- O porra do professor de história formou duplas para fazer o trabalho e eu caí com ele, isso vocês já sabem. — falei — Mas depois...foi ficando um clima e aí rolou!

- Sem camisinha? — perguntou Madelaine

- Sim. — respondi

- Meu Deus, Lili! — disse Madelaine

- Gente, eu vou falar com ele na hora do lanche e ponto final. — falei — Vamos parar de falar sobre isso, okay?

- Okay. — elas disseram juntas de novo (que sincronia)

...

Eu estava viajando na aula de matemática, até porque eu odeio matemática. Porém, sou acordada dos meus pensamentos quando o sinal indicando o lanche toca.
Minhas amigas me encaram, porque elas sabiam que eu falei que iria falar com ele na hora do lanche.

- Você consegue. — sussurrou Camila, enquanto ela saia da sala junto com as outras meninas

Só estava eu e o Cole na sala. Ele estava esperando o joguinho dele carregar na tomada da sala.

- Cole, posso falar contigo? — me aproximei do mesmo

- Depende. — ele disse — Se você vier com mimi de coisa séria, só porque a gente transou, não. Agora se você for falar que gostou do fim de semana, e que quer de novo... só vem.

- Não é nada disso, seu idiota! — falei

- Nossa, que foi? — perguntou ele

- Eu estou grávida! — falei, com os olhos marejados — E você é o pai.

- Tá pode parar de brincadeira. — ele falou — Paternidade não é algo que se brinque.

- Eu não estou brincando. — falei — Você foi a última pessoa com quem eu transei.

- Olha, eu não posso fazer nada. — QUE BABACA — Você que tava implorando para eu te comer.

- O QUE? — gritei — VOCÊ TEM DEMÊNCIA? EU NÃO FALEI NADA.

- Não com a boca, mas com o olhar de "me come". — eu vou bater nele

- GAROTO, EU TENHO NOJO DE VOCÊ. — gritei — NOJO. VOCÊ É NOJENTO.

- Não foi isso que você me disse, enquanto quicava igual uma louca no meu pau. — disse Cole, irônico

- MANO, VOCÊ NÃO ESTÁ ENTENDO A GRAVIDADE DO PROBLEMA? — gritei — EU ESTOU GRÁVIDA E VOCÊ É O PAI.

- O problema não é meu! Olha, se vira. Aborta, dá para adoção, ou sei lá. Mas eu não vou assumir esse filho. Se é que é meu mesmo. — disse Cole, pegando seu joguinho e saindo da sala

- Eu te odeio, seu nojento desprezível. — falei, chorando — Brocha do caralho.

Sim, eu estou grávida do cara mais filho da puta que eu já conheci. E ele acabou de me dar um fora.
O que eu vou fazer agora? Eu não sei. Talvez chorar durante nove meses.