Bom gente, eu estou de volta e eu espero que gostem.
NO PRÓXIMO CAPÍTULO TERÁ UMA PASSAGEM NO TEMPO.
Curtam e comentem, se quiserem. Pode ser críticas - construtivas - também, porque eu farei o possível para melhorar cada vez mais.
ALOJOU=VOMITOU
Usei sim o vocabulário do meu país Piauí.
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KARAN
- Olha, vamos fazer assim... nós vamos para a minha casa de ônibus e quando for amanhã de manhã a gente volta de carro. Pode ser? – Pergunto depois que consegui fazer meu irmão parar de chorar no meu colo.
- Tudo bem, eu aceito assim. Mas não quero saber de reclamação amanhã! – Escuto ele dizer sério e eu apenas confirmo com a cabeça. Somos cabeças duras? Sim, mas nós temos que chegar em um consenso ou sempre acabaríamos em brigas.
Saímos em direção ao ponto de ônibus e, ao contrário do que eu imaginava, que o ônibus já tivesse passado e nós teríamos de esperar bem mais, o mesmo ainda estava vindo lá em cima em outra rua. Sentamos no banco e eu peguei um paninho dentro da bolsa para cobrir meu irmão, que sempre dorme agora nesse horário e só acorda quando estamos chegando em casa, porque irá comer e depois vai dormir de novo.
O ônibus chegou e nós entramos. Como sempre ele estava cheio de pessoas que estavam indo em direção à suas casas depois de uma jornada de trabalhos e estudos. Adriano pagou nossas passagens e nós passamos para o fundo do ônibus, que era onde ficava a porta para que nós descêssemos.
Depois de algum tempo de nós ficarmos lá de pé, ele pergunta:
- Você sempre vai em pé?
- Sim. – Respondo simples para ele, que apenas assente.
- E sempre leva as duas bolsas?
- Sim.
- E eles nunca dão espaço para que você sente?
- Nunca.
Depois disso ele apenas assentiu e continuou em seu lugar calado. Hoje ele estava levando as três mochilas: minha, dele e do meu irmão. É bastante difícil ficar de pé muito tempo, ainda mais com duas mochilas e um bebê em seu colo, mas o que eu deveria fazer? Eu não faço nada, porque eu não gosto de arranjar confusão com ninguém, só faço isso quando é preciso ou quando alguém me ataca.
Chegamos ao nosso ponto de descer, que era bem no começo da comunidade, pois o ônibus não subia lá para cima. Onde eu morava as casas não eram lá casas chiques e mansões, mas eram casas boas e bem cuidadas. A pior casa daqui, como os meus excelentíssimos vizinhos diziam, era a minha. Bom, minha casa não era pequena, tinha três quartos, uma sala, uma cozinha e um banheiro. Porém, tinha umas partes que não tinham reboco, não era pintada, pois com a doença da minha mãe, tudo foi deteriorando e não tínhamos condição de mandar pintar. Pois, como sabem, a mão-de-obra para fazer um serviço desses é bem cara...
Ao que íamos subindo o morro, várias das pessoas que estavam lá fora paravam para olhar-nos. Quer dizer, olhar para o Adriano, porque eu eles já estavam enjoados de ver. tinha umas meninas e uns meninos que só faltavam pular de quatro na frente dele de quatro, pedindo encarecidamente para que o Adriano enfiasse o pau no buraco deles. Isso estava me chateando, mas nem era por ciúmes... ou talvez fosse. Não sei, apenas não gostei de ver todas essas pessoas olhando para algo que era, tecnicamente, meu.
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O destino de um amor (Romance Gay)
RomanceLIVRO 3 Karan e Adriano se conheceram e rapidamente já engataram um romance. São do tipo de pessoas rápidas e que não pensam muito na hora de fazer, só pensam depois que fazem. Gente, esse livro é baseado em uma história real. Menos a parte da mort...