Capítulo 14

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Se acontecesse algo com o Wesley, vocês me matariam? 

Gente, eu desisti de fazer a quebra de tempo kkkkkkkkk bem-vindos ao meu mundo.

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ADRIANO

Acordo de manhã cedo, pego meu celular que eu deixei no chão perto do berço do Wesley e vejo a hora... eram 5:30. Eu apenas acordei neste horário pois o Wesley começou a chorar e isso é uma coisa que ele faz todos os dias, segundo o meu belo Karan. Consigo materializar o meu eu interior rindo da minha cara, de quando eu dizia que não conseguiria me apaixonar por ninguém, e agora eu estou na casa da pessoa que eu gosto, acordado bem cedo e já pensando nele. E falando nele, onde que o mesmo está? Viro minha cabeça para todos os lados no quarto tentando encontrar ele, mas não o vejo.

O Wesley parou de chorar e agora está de pé no berço e já está quase saindo.

O QUE? ELE SAINDO? MERDA!

Levanto em um pulo e pego ele no colo. Seria uma coisa muito trágica se ele tivesse caído do berço daquela altura... mano, crianças pequenas tem o diabo e deus andando os dois lado-a-lados, junto deles. Não é possível, pois eles se metem em tantas situações perigosas e no final não saem com um arranhão.

- E você ainda sorri, seu banguelo?

- Pô! – Ele diz e em seguida sorri, babando um pouco. – Ô, Pô!

Sorrio com o que ele fala, porque por causa dessas palavrinhas bem pequenininhas e, que para alguns pode não significar nada, para o meu tio foi quase como dizer assim: mate esses dois que ensinaram coisas feias para essa criança pura. Saio do quarto depois de pegar o pano inseparável da criança e sigo em direção à cozinha.

Ao chegar lá, vejo Karan apenas de cueca cozinhando, e fico parado, sem mover um músculo sequer e sem falar nada. Apenas observo, imerso em um mar de pensamentos impuros, que tento jogar logo para longe de minha mente, pois temos um bebê inocente aqui e que não pode presenciar nada impuro... Wesley solta uns sons incompreensíveis com a boca e Karan se vira, olhando para nós dois ali e abre um sorriso.

- Vem aqui meu amor... – Vem se aproximando e eu já fiz um bico esperando o meu beijo... pena que esse não veio, porque o que ele fez foi pegar o bebê dos meus braços e encher ele de beijos. – Quem é o bebezinho mais bonito de todo o mundo, hein? É você... é você sim. Claro que é!

- E eu? Não ganho nada não? – Pergunto fazendo um bico e ele levanta o olhar e revira os olhos quando vê meu bico formado.

- Claro que não. Você não merece! – Ele fala se aproximando sério, mas quando chega perto de mim, me dá um selinho.

- Não vale! Isso nem é um beijo. – Digo emburrado, o que não faz nem cócegas nele, porque o mesmo parece me ignorar completamente.

- Você não pode ir para o chão, Wesley. Está frio! – Ele começa a falar sério com o irmão, que está fazendo birra para que ele pudesse descer e andar pela casa inteira. Não demora para que o bebê começasse a chorar, mas dessa vez não era só choro..., mas tinha gritos bem altos. Quem passasse por frente da casa, poderia achar que nós estávamos matando a pobre criança, mas não era o que tinha acontecido, na realidade.

No final, o que aconteceu foi que ele chorou tanto e esperneou tanto, que Karan botou ele no chão. Ele ficou sentado durante uns vinte segundos, mas só foi conseguir um apoio para levantar, que ele o fez e já saiu correndo pela casa inteira. Karan balança a cabeça em negação quando começa a escutar as gargalhadas do menino e eu acompanho o garoto nas gargalhadas... parece que um bebê sempre nos deixa mais bestas e com mais alegrias, não sei explicar bem, mas isso é o que parece para mim.

O destino de um amor (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora