Capítulo 7

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(Sam na mídia)

— Um bom terapeuta é do que você precisa! — Sam apareceu saltitante pela porta. — Tenho ótimos contatos.

   Sam  era o tipo de mulher que acreditava que qualquer problema que surgisse poderia ser solucionado com um bom psicólogo ou terapeuta.

— Não preciso falar da minha vida para um estranho. — fiz uma careta e ela franziu a testa.

— Não é um "estranho" — fez as aspas e jogou o quadril para o lado. — ; você poderá ver ele como um amigo. — sugeriu.

   Outro detalhe que eu havia esquecido de mencionar era que ela nunca desistia. Por ser a minha irmã mais nova e única que tenho, sempre fiz suas vontades, nunca me neguei, eu amava e ainda amo ver ela sorrindo ao conseguir algo.

— Se fosse meu amigo, não iria me cobrar uma fortuna. — retruquei.

Ela suspirou, parecendo procurar uma resposta razoável. Jogou os braços para o lado e deu um sorriso. Isso era um sinal de que havia encontrado o que procurava.

— Um terapeuta iria mudar essa sua cabeça de homem das cavernas. — eu esperava uma resposta mais criativa.

— É sério? — falei  segurando o riso.

Ela rolou os olhos e levou as mãos até seu rosto.

— Quando estiver um velho rabugento, não venha dizer que não lhe avisei. — ameaçou.

— Prefiro ser um velho rabugento de férias em Londres, do que cercado de pirralhos com meleca no nariz. — fiz uma careta de nojo.

— Céus Dylan! —  ela levou a mão até sua boca. — Do jeito que fala, parece que odeia crianças.

— Não disse isso, só não gosto delas num raio de 1 quilômetro perto de mim. — joguei meu corpo para trás.

— Você nunca encontrará ninguém, desse jeito.

— E quem disse que estou procurando? — sorri vitorioso.

Senti meu celular vibrar. Sam , me olhou curiosa, e se sentou na minha frente. Eu suspirei e desbloqueiei a tela, verificando de quem era a mensagem.

"Bom dia! Espero que esteja se sentindo melhor."

Sorri ao ler aquela frase.

— E quem é? — Sam se esticou para ver a tela, mas eu a cobri com uma das mãos.

— Meu editor. — dei de ombros, fingindo indiferença.

— Editor? O nome é Sabrina, certo? — seu sorriso era provocador.

— Por que não vai cuidar da sua vida? — sugeri.

— Estão brigando logo cedo? — minha mãe chegou, olhou para nós e fez sua careta de desaprovação.

— Sam que deveria cuidar da própria vida!

— Ah! — ela riu. — A senhora sabia que Dylan está com uma namoradinha nova?

Minha mãe abriu a boca, mas a fechou. Ela me encarou, seus olhos estavam dizendo que queria uma resposta naquele mesmo minuto.

É claro que Sam não perderia essa oportunidade.

— Ela não é minha namorada. — disse por fim.

—  Sério? — ergueu uma das suas sombrancelhas bem desenhadas —  Então, por quê ficou tão animadinho com a mensagem dela?

— Eu não fiquei. — neguei cruzando os braços.

— Deixe ele, Sam. —  minha mãe interviu.

— Mas, mamãe ele está mentindo.

— Pare de agir como uma criança. — minha mãe advertiu ela.

Sai da cozinha, tentando fugir de mais um bombardeio de indiretas.

Peguei meu celular e fui direto para o word, eu precisava digitar algo antes que explodisse.

"Talvez doa, talvez não pareça. Acontece que eu vivo tanto tempo com essa dor, que aprendi a esconde-la. Talvez não pareça, mas a cada instante ela tira um pedaço de mim e a dor, ah, ela queima."

Reli o que acabará de escrever, talvez, quem sabe um dia eu conseguiria conviver com a dor.
Mas, enquanto isso, eu estaria destinado a passar os dias me arrastando e vivendo uma batalha dentro de mim.

     A verdade era que ninguém sabia o quanto eu estava me esforçando para não desistir. Desistir de tudo! Nunca imaginei que ficaria dessa forma deplorável na qual me encontro. Os dias em que acreditava serem ruins, na verdade não se comparam com o hoje.

Ao chegar em casa, fui para o banho, onde a maior parte eu cantei para tentar tirar toda a anergia negativa que estava comigo. Não adiantou muito, já que ao sair estava mais angustiado que antes.

Eu precisava fazer algo. Precisava!

Peguei algumas folhas coloridas que tinha uma cola em suas pontas, caminhei até o espelho do meu quarto e o limpei.
Depois disso , peguei uma folha e escrevi "Não sofra por ninguém", colei na parte superior do espelho. Peguei outra e escrevi "As pessoas são passageiras", colei ao lado.
Preenchi a borda do espelho com mais frases.

  Ao olhar para o espelho logo pela manhã, eu iria me lembrar o estrago que causa uma paixão.

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Olá pessoal!
Espero que estejam gostando do livro sz

Queria perguntar o que vocês acham de criar uma playlist para cada capítulo?
Se vocês já tiverem uma ideia para as músicas, me contem ...

Não se esqueça de deixar aquela estrelinha e se possível compartilhar com um amigo sz

Deixem nos comentários o que está achando e no que eu posso melhorar....

Alguém sabe o que fazer para o wattpad não tirar os travessões? Rsrsrs

Meu Querido Amor - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora