Capítulo 22

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— Eu não sei o que eu estou fazendo aqui. — bufei enquanto Sam entrava no meu carro.

— Não reclame, eu estou tensa demais. — disse agitada pegando o celular.

Dei um sorriso divertido.

— TPM? — gargalhei e ela me olhou séria. — O que foi?

— A mãe da Sabrina está internada e você fazendo piadas — ela revirou os olhos. — , e elas são muito ruins por sinal.

— Como sabe disso? — falei com a voz cheia de surpresa.

— Eu te conheço há 20 anos, é meio óbvio eu saber que suas piadas são ruins. — bufei. Minha irmã tinha algum déficit, isso era a resposta que eu poderia dar à vocês.

— Estou falando de Sabrina. — seus olhos ofuscaram-se.

— O que você fez? — ela colocou o dedo indicador perto do meu rosto, eu fiz questão de abaixar.

— Não me responda uma pergunta com outra, Sam.

— Faz uma semana que a mulher está no hospital. — ela me informou. — Ela teria te contado, mas com certeza você estragou tudo não foi?

Eu fiquei em silêncio, apenas mordi minha bochecha.

Sabrina não havia me procurado desde... Desde aquilo.
Ela estava mal, mas mesmo assim preferiu não me contar, não me ligar e não dar sequer um sinal de vida.
Talvez eu fosse tão ruim que merecesse isso.

Esse silêncio da parte dela está me matando, não existiria outro castigo mais árduo que este.

— E para onde você quer que te leve? — dei o assunto por encerrado com a pergunta.

— Nós vamos ir lá visitar a garota. — deu um sorriso.

— Desde quando se importa tanto com ela? — disse áspero.

—  E desde quando você não se importa? — retrucou.

— Eu me importo. — agarrei o volante e mordi o lábio. — Mas acho que ela não acharia adequada a minha visita.

Sam estava me olhando com o seu olhar investigativo. Eu sabia que ela estava esperando para que eu explicasse tudo aquilo. Mas nem a minha mente conseguia definir tudo.

Eu fecho os olhos e sou fuzilado por olhos claros. Eu durmo e sonho com seu beijo. Eu saio na rua e sinto seu perfume. Eu estou maluco.

— Aconteceu um beijo. — disse com os olhos fechados.

— Aaaaaah! — Sam bateu palminhas como uma criança que havia ganhando uma boneca. — Vocês, vocês são perfeitos.

Eu suspirei e encostei minha cabeça na janela.

— Não é tão simples assim Sam, e você sabe.

— Tudo isso por causa de Eloah, posso imaginar.

Eu fiquei outra vez em silêncio.

Depois de muita insistência fomos ao hospital. Eu fiquei na sala de espera enquanto Sam foi ao encontro da sua amiga.

Eu estava profundamente chateado, daria tudo para ver Sabrina, para cuidar dela neste momento, só que algo me dizia que ela não iria deixar que eu o fizesse.

Fiquei olhando meus pés, olhei para o relógio, seu "tic, tic" estava me irritando. Olhei para o lado, foi quando eu a vi.

Ela estava com olheiras, um pouco pálida, seu cabelo estava preso no alto por um rabo de cavalo, seus lábios estavam sem cor. Ver a garota que eu mais gostava daquela forma destruiu-me por completo.

Eu levantei e corri até ela, antes mesmo que eu dissesse algo, Sabrina afundou sua cabeça contra o meu peito e começou a chorar. Envolvi meus braços ao corpo dela. Sabrina estava tão frágil, ela estava pedindo socorro, eu daria tudo para tirar aquela dor que ela estava sentindo.

— Vai ficar tudo bem, Sabrina. — afaguei seus cabelo e ela me agarrou ainda mais. Eu deixaria ela ficar daquela forma o tempo que fosse preciso.

— Eu estou com medo Dylan.— ela falou com a voz embargada próximo ao meu ouvido.

— Eu estou aqui, fique tranquila. — tentei acalmá-la.

Ela se soltou do abraço e com a manga do casaco limpou as lágrimas. Seu nariz e seus olhos ficaram vermelhos.

— Eu não sei se vou suportar perder ela. — me confessou.

— Ela vai ficar bem, eu tenho certeza.

Levei Sabrina para comer algo, ela estava calada demais para eu tocar no assunto que fez com que nós ficassemos afastados.

A única certeza que eu tinha era que faria o possível para ver ela bem, para ver ela sorrindo novamente.

Por que ela tinha que sentir tamanha dor? O que ela fez para merecer isso?

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Meu Querido Amor - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora