Only You

27º Capítulo

POV Sam

Ela disse sim! Ela disse sim! Finalmente iríamos nos casar e eu estava bem, estava saudável e estava ali por causa dela e por ela. O nosso casamento poderia parecer besteira para as outras pessoas afinal já morávamos juntos há tanto tempo que já nos tratávamos como marido e mulher, mas oficializar tudo isso que passamos era importante pra mim, era importante mostrar pra Cait que ela era a coisa mais importante da minha vida agora, mais importante que minha carreira, mais importante que tudo, não sabia como demonstrar isso a não ser declarar o meu amor na frente das pessoas que faziam parte da nossa vida.

E que vida! Esse último ano passamos por tantas coisas que nunca imaginei que iria passar, e olha que o começo da minha carreira não foi fácil, passei por tantos testes, tantas provações, mas nada perto do que havia passado nesses últimos meses. Agora não era hora para mais tristeza, mais arrependimentos e lágrimas. Queria poder comemorar por estar vivo, por estar ao lado da mulher que amo e que as lágrimas que viessem, que fossem de alegria, já havia cansado de sofrer e fazê-la sofrer também. Estávamos prontos para nos divertir e aproveitar esse meu renascimento.

Cait parecia uma criança com um brinquedo novo e exibia seu anel para todos que nos cercavam com um sorriso largo no rosto. Eu ria ao ver esse lado dela novamente, não tinha como conter meu sorriso ao ver que a Cait por quem tinha me apaixonado estava de volta, estava ali, leve e feliz, e o melhor de tudo, orgulhosa por estar ao meu lado, por ser minha e eu ser dela. E agora oficialmente. Mas por mais que estivesse radiante com o nosso casamento, ela queria esperar mais, queria ter certeza que eu estava bem, que estava totalmente livre da doença.

Não podia negar esse tempo a ela, por mais ansioso que estivesse para atar nossos laços oficialmente. Depois de tudo o que ela passou por mim, esse era o mínimo que poderia fazer. Então esperamos. Continuei fazendo acompanhamento médico, mesmo que agora mais raro, ainda tomava medicações e fazia exames periodicamente, mas agora me sentia eu novamente. Retomei a minha rotina de exercícios, meu corpo estava respondendo bem e voltando a ter uma aparência saudável. Sabia que não voltaria ao que era antes, ainda mais porque não era mais tão jovem, os mais de 40 anos começava a pesar, mas não me importava, estava bem e me sentia bem ao ver meu reflexo no espelho, mesmo que este ainda fosse com alguns cabelos brancos que antes não existiam.

Aproveitamos o resto do ano para retomar nossa carreira, mesmo que fosse aos poucos. Nem eu, nem Cait estávamos querendo voltar ao ritmo louco que tínhamos antes, queríamos aproveitar nosso tempo juntos e também planejar o casamento perfeito, mesmo que simples. Sem pensar duas vezes escolhemos o lugar, tínhamos que nos casar na Escócia, não por ser minha terra natal, mas por ser onde tudo começou, onde nos conhecemos e vivemos os anos mais importantes de nossas vidas, tinha que ser lá. Pensamos se faríamos a cerimonia em Glasgow, mas uma ideia surgiu em minha cabeça e Cait topou a minha loucura.

Onde seria nossa cerimonia? Na Ilha de Skye, um dos lugares mais bonitos e emblemáticos da Escócia, e um lugar que tinha um significado tão importante pra gente. Claro que realizar um casamento lá não seria fácil, as temperaturas no verão eram amenas, mas nada comparado ao calor que estávamos agora acostumados em LA. Mas Cait falou que não se importava e seguimos com o nosso plano. Convidamos poucas pessoas, apenas amigos próximos e nossas famílias, mas essas pessoas que importavam.

Nunca me importei em demonstrar meu amor por Cait, nunca tive vergonha em falar e mostrar para todos, mesmo sempre sendo tímido. Eu sabia que ela era uma pessoa reservada, mas aos longos dos anos consegui fazer a fortaleza de Cait cair e agora parecíamos dois adolescentes apaixonados e não escondendo isso de ninguém. Durante todo o planejamento do casamento, fiquei pensando em algo especial para ela, para mostrar o quanto a amava e queria que todos soubessem, apenas os votos não eram suficientes, pelo menos não pra mim.