Untitled 8

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Capitulo 8

Eu ainda não acreditava no que estava fazendo, estava já há duas hora na porta da casa do meu pais, não acredito que Rosie me obrigou a fazer isso, eu não sabia se queria ou não encarar meus fantasmas do passado, mas não havia jeito, eu estava em um beco sem saída e era isso ou seria pior quando Edward descobrisse, já será ruim quando ele descobrir Thomas. Sim, o Thomas ele era o motivo de eu estar fazendo tudo isso, eu tinha que ser forte e seguir em frente.

Saí do carro respirando fundo e caminhei até a porta, bati e logo foi aberta pela governanta. Berta trabalhava para nossa família desde o tempo em que eu era um bebê, tanto eu como Lola fomos praticamente criadas por ela, e se tinha alguém que sabia nos diferenciar, era ela. Berta me olhou assustada mas depois sorriu e me abraçou.

_ Menina! _ela disse ainda me abraçando_ Achei que morreria e não a veria de novo.

Acabei sorrindo do pequeno comentário dela, Berta se afastou de mim, e me mandou entrar perguntei pelo meus pais e ela disse que ambos estavam em casa e que não era só eles, Lola também estava. Berta me deixou na sala e foi até terraço da casa, avisar meus pais e minha querida irmã que eu estava em sua casa. Fiquei olhando para aquela sala que um dia me deu até algumas alegrias, mas foi ali, naquela sala, que disse adeus para ela sem querer voltar, mas agora a volta a essa casa tinha um motivo e uma força maior.

Ouvi passos nos corredores e eu sabia bem que eram, então não me dei ao trabalho de virar.

_ Isabella filha,_era a voz da minha mãe_ Bella querida.

Me virei para olhá-los, minha mãe veio em minha direção, mas eu segurei seus braços; não vou mentir, senti falta deles sim, ainda sentia carinho por eles, mas meu respeito e admiração eles perderam há muito tempo.

_ Não é uma visita de cortesia. _falei.

_ Então para que diabos veio? _Lola perguntou_ Depois de cinco anos voltou para o que? Nos assombrar, Bellita?

Dei meu melhor sorriso de pura ironia, o que fez meu pai me olhar sério e minha mãe recuar um pouco. Lola foi a única que manteve seu olhar firme em mim, ela devia estar super confiante, só que ela não sabia que minha presença seria um grande problema para ela.

_ Como adivinhou, querida Irma? _disse zombando dela.

_ Não seja estúpida garota. _ela disse ainda em sua arrogância _ Você sempre foi nada nessa casa, e nada em nossas vidas, sua presença aqui não passa mais de um nada, não foi isso que você sempre foi?

Lola não mudou, venenosa e arrogante como sempre, ela se acha tão esperta que só esqueceu um pequeno detalhe.

_ Será mesmo Lola? _perguntei me sentando no sofá_ Acho que você está esquecendo algo.

_ Sim. _ela disse_ Queria esquecer que você existe, mas vendo você aí na minha frente não só lembro que você existe, como também lembro que você é minha cópia. Só que pena...nunca seremos iguais.

Dei uma boa gargalhada e levantei do sofá, eu não sabia o que me motivava, se era raiva da arrogância da Lola ou o simples fato dos meus pais não dizerem nada.

_ Isso realmente nunca seremos irmãzinha. _disse indo sua direção_ Você pode ter meu rosto, mas nunca será igual a mim, sabe por que? Porque jamais serei uma puta, vadia como você é.

Lola levantou a mão para me dar um tapa, mas eu a segurei antes mesmo de chegar a tocar meu rosto.

_ Você não se atreva me tocar, _disse empurrando ela_ Minha presença aqui tem um motivo, e isso interessa mais a você do que a mim, querida irmã. Afinal não fui eu que não contei pra meu marido que tinha uma irmã gêmea.

Duas Vezes VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora