Dias depois...
Callie estava caminhando lentamente por fora da Mansão.Ainda era começo de tarde.
Caminhou até a Fonte Robbins, e sentou-se na beirada, colocando uma mão delicada dentro da água e começando a brincar com os dedos.
Estava pensativa...aqueles últimos dias tinham sido uma loucura, e até aquele dia
Arizona e ela não estavam se falando normalmente.Poucos minutos depois, Callie virou-se com sobressalto ao ouvir um barulho nas folhas secas do chão.
Não viu nada e franziu o cenho.Levantou-se, e ouviu um miado baixo.
-Mas..- Callie andou um passo, e quando olhou para sua baixa diagonal viu um pequeno gatinho branco miando e tremendo, escondido nas folhagens perto da Fonte.-Um gatinho!
Sorrindo, Callie foi até ele e se abaixou.O gatinho se retesou todo, com medo.
-Não precisa ter medo...O que faz aqui?-A morena pegou o animalzinho com muito
cuidado, acariciando-o.-Pobrezinho!Está tremendo.O pequeno bichinho miou mais alto.
-Coitado do animalzinho...- Callie o observou, e viu que o gatinho estava todo sujo e parecia maltratado.Além de tudo, parecia estar faminto e frágil.-Não se
preocupe, vou cuidar de você.Vamos para dentro.Callie, com a pequena bola branca de pêlos em seus braços, voltou para dentro da Mansão.
Estava se dirigindo à cozinha, quando Arizona apareceu, descendo as escadas.
-Aonde estava, Calliope?Nem Adelaide sabia onde você estava!Eu vou precisar sair e...-Ela se interrompeu quando viu o gato, enroscado em callie, miando baixo e olhando ao redor. Arizona ergueu as sobrancelhas e olhou para callie .
-Robbins, eu encontrei o bichinho lá fora.Acho que escalou o muro e entrou aqui dentro das propriedades.- Callie explicou, fazendo carinho no animal.-Ele está ferido e frágil pobrezinho.É um filhote ainda.
-E o que você e eu temos a ver com este bicho?- Arizona perguntou, áspera e fria.
Callie apertou os olhos, incrédula com tamanha frieza. -Bem, você realmente não tem nada a ver.Mas eu tenho, não vou deixar o pobre animal lá fora para morrer de frio e de fome.
-Eu não quero animais aqui dentro, Calliope.-Ela apertou os dentes, lançando um olhar duro ao gato.-Ele está imundo, e deve estar cheio de doenças.Você sequer deveria tê-lo pegado nos braços.Deixe esse bicho lá fora e vá se lavar.
-Não vou deixá-lo lá fora!-Ela franziu o cenho.-Não se importa com nada que não seja você mesmo, não é Robbins?Sequer um bichinho doente te dá pena!
Arizona suspirou, parecendo entediado.
-Não vai fazer diferença se o gato morrer na porta da sua casa, vai?- Callie perguntou, já sabendo a resposta.
-A menor diferença.-Ela respondeu com ar gelado, quase divertida.-Pouco me importa se esse gato vai morrer de frio na rua, só não o quero aqui dentro!
Callie sentiu-se arrepiar como nunca havia sentido.Deus, aquela mulher era sem coração!Ela não era humano!
-Arizona, será possível você ter nascido com essa crueldade?Ou será que algo no seu passado o deixou assim, desumano?-Ela murmurou, olhando-o com uma seriedade quase pensativa.
As feições da esposa se viraram, ficaram duras, e Callie passou apressadamente por ela.
A morena foi até a cozinha, pegou um piris fundo e pôs leite morno dentro.Colocou no chão e pôs o gatinho na frente.
O animal foi com tanta gana ao piris que quase caiu dentro. Callie riu, acariciando o pêlo do gato enquanto ele lambia o leite desesperadamente.
-Pobrezinho, está faminto.Não se preocupe, eu não vou deixar ninguém colocá-lo para fora.Ficará aqui até se recuperar e engordar um pouco.
Quando o gato raspou o piris, se espreguiçou.
-Ótimo, agora precisa de um banho.
O pequeno animal a olhou quase que com repreensão.
-Não, não me olhe assim.Você está imundo e se bobear deve ter até pulgas.
O gato ronronou, como se resmungasse.Sorrindo, Callie o pegou no colo e o deixou seguro num braço, enquanto com a outra mão arrumava uma bacia com água morna, sabonete
e um pano.Deu um banho no gato (no começo ele estranhou, se eriçou todo e tentou fugir, mas no final deixou que Callie o limpasse), o enxugou e o olhou satisfeita.
-Agora está bem melhor, não?
O gatinho miou, se espreguiçando todo.
-Bom menino.Ou será menina?- Callie pegou o gato e foi conferir o sexo.-Não, é um menino mesmo.Você precisa de um nome, não acha?
Ele se recostou em Callie, miando.
-Vejamos...-A morena pensou, afagando o pêlo (agora macio) do gato.-Já sei, Clark!É a sua cara...
Clark miou, aparentemente tinha gostado.
-Pobrezinho, é filhote ainda..- Callie o observou.-Onde está sua mãe?Você ainda é tão pequeno.
-Senhora!-Adelaide apareceu de repente na porta.-O que é isso?Um....gato?
Callie sorriu.
-Este é o mais novo membro da família, Adelaide.Se chama Clark!
Adelaide arregalou os olhos.
-Quem se chama Clark?
-Como quem?- Callie girou os olhos.-O gatinho!
-Ah.Mas de quem é, senhora?
-Não sei.-A morena suspirou tristemente.-Achei-o lá fora, perto da Fonte.O pobrezinho tremia e mal se agüentava em pé de fome e cansaço.Trouxe-o aqui para dentro, lhe dei de comer e o limpei.Acredito que se perdeu na rua, ou o dono o abandonou, e ele acabou escalando o muro e vindo parar aqui.
-Que judiação.-Adelaide olhou para o pequeno animal.-Mas a patroa deixou a senhora ficar com ele?Que coisa mais gentil, o pobre gato devia...
Callie pigarreou, desviando os olhos.
-O que foi?-Adelaide arqueou as sobrancelhas grisalhas.-Oh, a senhora não a deixou ficar com o gato, verdade?
-Na verdade não, mas eu ficarei com ele.-Callie disse com impetuosidade.-Se Clarkvoltar para as ruas morrerá, está fraco.Eu tenho que cuidar dele, pelo menos até que se recupere.E nem mesmo a sua patroa poderá tirá-lo de mim, Adelaide.
A mulher suspirou, sem saber o que fazer.Ia discutir, mas o olhar de Callie mostrava que a morena estava com plena certeza do que fazia.
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Amor demoniaco (versão calzona)
RomanceArizona Robbins é uma mulher brutalmente sexy, arrebatadoramente bonita...e demoniacamente cruel. Calliope, uma bela e meiga moça, é sua prometida; mas desconhece sua sina. Conhece a futura esposa somente na cerimônia de noivado e, apavorada com a...