Callie sentou-se na enorme mesa de café-da-manhã, observando hesitantemente
Arizona, que estava sentado do lado oposto sem ao menos erguer os olhos.
-Arizona.-Após dez minutos de silêncio, ela o chamou.-Eu gostaria de fazer um passeio à cavalo hoje.
-À cavalo?-Ela ergueu os olhos, com uma expressão meio distante.
-Sim.- Callie estranhou.-Ouvi dizer que aqui perto há...
-Não acho que seja uma boa idéia.-Ela a cortou friamente, voltando a mexer seu
café.
-Porquê?-Ela o olhou desapontada.
Arizona a olhou duramente.
- Arizona , o que tem de mal...eu só quero...
-Não, já disse, Calliope iphiegeni!
Ela piscou por causa do susto (ela aumentara o tom de voz de repente).
A morena baixou os olhos, sem saber o que dizer, e mexeu no seu mingau.Ficaram em silêncio novamente, e cinco minutos depois Callie se levantou da mesa.-Volte aqui.-Ela ouviu a voz firme do marido.
Callie parou, ainda de costas.
-Venha, Calliope.-Ela ordenou novamente.Ainda estava sentado na mesa.
Ela soltou o ar, hesitante, e virou-se, indo até ele.Parou na frente de Arizona , os olhos baixos, sem dizer nada.-Olhe pra mim.-Ela mandou, levantando-se.
Callie levantou os grandes olhos, eles estavam molhados.
-Porquê está chorando?-Ela perguntou, agarrando o queixo dela.
O queixinho dela tremeu e os olhos ficaram com mais lágrimas.
-Foi por causa do meu grito?-Ela insistiu, mas continuava com a voz dura.-Perdoe-me, não foi minha intenção ser tão grosseira.
-Não, é que hoje é folga do jardineiro e eu não terei nada para fazer.E Meredith
me contou que há um campo aqui perto, ideal para andar à cavalo, e eu queria
conhecer.- Callie contou, se acalmando.-Não sei porque você ficou assim, eu não
vejo problema.-O problema é que eu não acho aconselhável você ir sozinha.
-Vá comigo, então.-Ela disse.
Arizona soltou o ar.-Não posso, Calliope .Hoje tenho um compromisso.
-Novamente?-A morena perguntou irritadiça.-E de novo quer que eu fique aqui, presa?
-Você não é uma prisioneira,Callie .Entenda!-Ela disse com raiva.-Você só é casada com uma mulher muito rica e importante da cidade.E não pode me acompanhar em todos os lugares.
-E por isso eu tenho que ficar aqui dentro todo o dia, sem sair?
-Eu já lhe disse várias vezes que pode sair, contanto que seja acompanhada por
algum criado da Mansão.-Claro, porque você não confia em mim e acha que eu posso fugir se sair sozinha.
-Isso também.-Ela debochou.-Porém tampouco é respeitoso uma dama sair sozinha por aí.
-Quando eu morava com meus pais sempre saía sozinha.-Ela rebateu.
-Claro, e pelo que seu pai me contou ele morria de desgosto com isso, pois você
desaparecia e voltava depois de horas.-Ela disse com ironia.-Nada adequado para uma mocinha de família.-Isso nunca me importou.-Ela teimou.
-Mas agora importa, pois é uma mulher casada.Ou sai na companhia de algum
criado meu, de confiança, ou NÃO sai!-Um dia eu posso me cansar e escapar daqui sozinha!-Ela deu um sorriso
provocativo.-Você já sabe que se tentar está perdida comigo.-Ela sorriu maldosamente, como numa ameaça.
Callie ficou séria.-Ótimo.Então se eu quisesse ir andar à cavalo hoje, acompanhada por alguém da
mansão, o que você diria?Arizona a observou sem expressão.
-Faça o que quiser então, desde que quando eu retorne você já esteja
aqui.-Respondeu de maneira fria, segurando Callie pelos ombros e afastando-a de seu caminho para passar.-Que estranho...-A morena murmurou, pensativa, observando a porta pela qual a esposa acabara de sair.-Porque será que ela hesitou tanto em permitir que eu
fosse andar de cavalo?Quando eu falei nisso a expressão dela mudou!
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Amor demoniaco (versão calzona)
RomanceArizona Robbins é uma mulher brutalmente sexy, arrebatadoramente bonita...e demoniacamente cruel. Calliope, uma bela e meiga moça, é sua prometida; mas desconhece sua sina. Conhece a futura esposa somente na cerimônia de noivado e, apavorada com a...