Capítulo 6

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Naquele dia, uma tempestade desabou.A tempestade era até mais forte do que aquela da noite da fuga de Callie.

Callie estava fora da Mansão, pois ainda era final de tarde, passeando ao ar livre, 
quando os pingos grossos começaram a cair.

Quando a chuva tornou-se forte, Callie já tinha corrido para dentro da Mansão; mas aquilo não evitou a morena de entrar ensopada.

-Onde estava?- Arizona foi a primeira coisa que ela viu quando levantou os 
olhos.-Não viu a chuva que estava se aproximando?

-Nem percebi.-Ela respondeu, fechando a porta e tirando as mexas molhadas da cara.

Quando se virou para frente, viu que Arizona tinha os olhos pregados em seu corpo, e que o rosto dela (por mais inacreditável) estava afogueada.

Callie olhou para baixo e só então viu...Por Cristo, como tinha esquecido que estava usando uma roupa branca?!

Estava tudo transparente, dando para ver cada curva e cada detalhe de seu corpo.Os seios principalmente.

Com o rosto em brasa Callie cruzou os braços na frente do peito, de cabeça baixa. Arizona pareceu 
"acordar", e subiu o olhar.Ela pigarreou, parecendo desnorteado por alguns 
instantes.

-Suba e tome um...banho quente.Não pode ficar molhada a noite toda.-Ela disse em tom arrogante, se virando e saindo sem voltar a olhá-la.

Callie colocou a mão no rosto e o sentiu quente.Que vergonha que estava sentindo!

Subiu lentamente até o quarto e foi direto para o banho.Quando saiu, enrolada numa toalha felpuda, viu a esoisa entrando no quarto.

-O que faz aqui?-Ela perguntou alarmada.

-Estou no meu quarto.-Ela respondeu, dando de ombros e fechando a porta.

-Sim, mas...

-Não se engane, Calliope.-Ela disse firmemente.-Este quarto é de nós dois, e você é minha esposa.Vamos compartilhar tudo, inclusive a cama deste quarto.

Callie sentiu a boca seca, e Arizona deu um sorriso perverso para ela.

-Partilhar a cama para dormir, eu quis dizer.-Ela murmurou.

Callie assentiu, tão aliviada que voltou a respirar normalmente de novo.

-Bem, mas se continuar parada na minha frente somente com essa toalha eu retiro o que disse.-Ela ameaçou, de repente, devorando-a com seus olhos brilhantes e 
felinos.-Não imagina o poder de sedução que tem, e tudo o que eu quero agora é 
arrancar essa toalha e fazê-la minha mulher...como deve ser.Não tem idéia de 
como está deliciosa só com esta toalha.

Callie corou violentamente com aquelas palavras.Pegou a camisola em cima da cama e voltou correndo para o banheiro, com a risada feroz de Arizona ressoando pelo quarto e a amedrontando.

Naquela noite Callie não conseguiu dormir, se manteve imóvel na cama por horas.A respiração de Arizona soava calma ao seu lado, mas ela (de costas e o mais afastada da esposa possível) não ousava se virar.

A tempestade ainda caía lá fora.Se dando por vencida, Callie se levantou (sem 
fazer nenhum barulho) e parou na frente da janela.O lado de fora da Mansão 
parecia mal-assombrado com aquela chuva...as nuvens escuras e os raios caindo naquela escuridão, sem nenhuma vida, e alguns sons de morcegos e corujas desesperados por causa das gotas pesadas de água.Era assustador.

Quando um trovão muito forte e grosso soou, Callie levou um susto e pulou, com o coração descompassado.A visão arrepiante que estava tendo da janela também não ajudou.

A morena viu Arizona abrindo os olhos, acordando por causa do barulho do trovão, e não pensou duas vezes.Correu até a cama e abraçou a esposa , escondendo-se no peito largo dela.

Arizona ficou imóvel por alguns segundos, e depois passou os braços ao redor de Callie.

-Você está tremendo...tem medo de chuva?-Perguntou meio sonolenta.

-Não de chuva..mas esses trovões estão me assustando.-Ela respondeu meio manhosa, cobrindo o rosto com as mãos.-Além do mais, lá fora está parecendo um filme de terror.

-Não vá mais para a janela.-Ela disse, já totalmente acordada, sentando-se na cama e pondo Callie no colo dela. (*--*)

Ela balançou a cabeça, concordando rapidamente.Já se acalmando, Callie se ajeitou no colo de Arizona e sem querer sua camisola curta subiu, expondo-lhe as coxas torneadas.Como um íma, o olhar de Arizona foi puxado para baixo.

Vermelha, Callie ergueu os grandes olhos para ele enquanto arrumava a camisola.

Arizona a encarou por um minuto, e de repente, antes que Callie pudesse se afastar, ela agarrou-a pelo pescoço, aproximou o rosto dela e a beijou com voracidade.

As línguas se encontraram, e quando Callie sentiu Arizona chupando sua língua de forma erótica, ela arfou, sentindo o corpo quente.

Arizona trouxe mais para perto, agarrando-a pelas mexas ruivas sem machucar. Callie se mexeu no colo dela e sentiu algo muito estranho. Arizona ofegou, e quando a morena sentiu-se sentada sobre algo duro, a mulher afastou-a pelos cabelos.

-Está brincando com o que não deve.Se não vai chegar até o fim, não me provoque.-Ela avisou, com voz cortante.-Se eu a vir com a roupa molhada e pregada no corpo, com uma toalha de banho, ou com uma camisola curta novamente, vou jogar tudo ao 
inferno e você não vai poder fugir.Meu controle está no limite, Calliope Iphiegeni .

Dizendo isso, Arizona empurrou Callie para o lado sem nenhuma delicadeza, 
levantou-se e saiu do quarto.A morena ficou na cama, trêmula e confusa, com 
vontade de chorar.

Amor demoniaco (versão calzona)Onde histórias criam vida. Descubra agora