Capítulo 23

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 Dias depois...

O novo jardineiro já tinha sido contratado.Era um homem por volta de trinta e poucos anos, casado, e que tinha muita experiência com jardinagens.

Callie passava tardes inteiras ajudando e auxiliando o jardineiro, quando Arizona não estava presente, pois ela mesma queria fazer o trabalho de recriar um jardim na mansão.O resultado depois iria compensar.

A morena tinha encontrado um novo sentido à sua vida, pelo menos naquele mês.O trabalho com o jardim a deixava mais viva e alegre novamente, e até Adelaide e os outros criados tinham se animado a ajudar.

-Clark, já disse que não pode ficar aqui.-callie murmurou com um sorriso, pegando o pequeno gatinho branco do chão.-Estou trabalhando, e vai me atrapalhar.Além do mais, vai se sujar todo e terá que tomar outro banho.

Clark piscou, como se quisesse dizer que não queria outro banho.

-Ótimo, então vá para dentro.Adelaide!-A morena chamou a senhora, que estava agachada plantando algumas sementes na terra.

-Sim, senhora?

-Leve Clark para dentro, por favor.Não o quero aqui, é tão pequeno que pode acabar sendo pisoteado por algum criado.

-Está bem.-Ela limpou as mãos na roupa e foi pegar o gato para levá-lo para dentro da mansão.

Suspirando, com um leve sorriso, Callie olhou ao redor.Quatro dias de trabalho duro, e o lado de fora da casa já estava bem diferente.Plantas, flores e árvores estavam sendo plantadas, e o jardineiro estava cuidando da grama que estava, aos poucos, crescendo.

-Está fazendo um ótimo trabalho, Senhor Edi.-Disse, caminhando até o jardineiro e lhe sorrindo.

O homem ergueu a cabeça.

-Estamos, senhora.A senhora é quem está recriando tudo isso.

No final de tarde, Arizona retornou. Callie foi procurá-la e o achou na Biblioteca da 
mansão.

-Robbins?

-Sim, querida?-Ela respondeu com ironia, largando os papéis que lia em cima de uma mesa.

-Se eu lhe pedir uma coisa você seria capaz de fazer por mim?

Arizona franziu o cenho.

-Já lhe permiti contratar um jardineiro para ajudá-la com os jardins, o que quer mais?

Callie hesitou.

-E eu agradeço..Mas não é sobre isso.

-O que é então?-Ela se aproximou.-Desculpe a grosseria, hoje estou meio impaciente.-Ela disse com mais polidez.-Diga o que quer.

-Erm..- Callie colocou uma mexa vermelha e fina atrás da orelha, ansiosa.-Eu gostaria muito de ver meus pais hoje.

Arizona ficou quieto, e voltou a andar pela biblioteca.

-Eu sei 
que você já me negou várias vezes, e também sei que agora que sou casada não devo ir visitar minha casa com tanta freqüência.Mas é que...

A esposa virara para observá-la.

-Eu não os vejo desde que casamos.Quero ver se estão bem.-Ela continuou, suplicante.

Por fim, Arizona acenou compreensivamente.

-Tudo bem, podemos ir ainda hoje.

-Mesmo?-Ela arregalou os olhos.-Vai me acompanhar?

-Mas é claro.

-Obrigada.Eu achei que...

-Posso não ser paciente com esse tipo de sentimentalismo, mas sei que você tem de ver seus pais de vez em quando.E já faz muito tempo, não?-Ela passou por ela, enfiou a mão na massa de cabelos ruivos e os afagou brevemente, mas com a expressão séria.-Iremos mais tarde para jantar com seus pais.

Callie sorriu de leve, agradecida, e ela saiu da biblioteca.

Amor demoniaco (versão calzona)Onde histórias criam vida. Descubra agora