Capítulo 30

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Callie esporeou o cavalo com mais força, para que corresse mais rápido.Olhou para trás e viu que um dos criados de Robbins a seguia, correndo em outro cavalo e a mantendo sob vigilância.
Suspirando com impaciência, Callie voltou-se para frente.Fez seu cavalo branco correr mais rápido pelo campo, e logo viu um atalho.
Olhou para trás e viu o criado que a seguia olhando-a com advertência.Sem 
pensar duas vezes, guiou as rédeas e fez o cavalo entrar no atalho entre as 
árvores.
Passado algum tempo, olhou para trás e se viu num local deserto no meio de 
árvores e folhas.O criado não a seguia mais, provavelmente tinha lhe perdido de 
vista.
-Finalmente.- callie murmurou, parando de correr e fazendo o cavalo trotar.
Olhou para frente, tomando fôlego.
Viu os pedaços do céu ficando cada vez mais encobertos pelas enormes árvores.
-Mas eu não sabia que havia esse atalho aqui no campo.-Ela disse, olhando ao 
redor e adentrando cada vez mais. Vários minutos se passaram, e logo Callie se 
viu perdida no meio daquelas árvores.
-Ain, não...-Ela suava e tinha o olhar perdido, procurando uma saída.
O cavalo já estava nervoso, e por isso callie tentava manter as rédeas firmes, 
enquanto tentava achar um caminho.
-Calma...-Ela murmurou ao cavalo, acariciando-o quando o animal empinou devido à um barulho estranho vindo das árvores.
O barulho se repetiu, e Callie olhou ao redor, assustada e ofegante.
De repente, ouviu risadas masculinas.O alívio inundou a ruiva, ao ver que não 
estava mais sozinha ali e que poderia pedir ajuda.
Dois rapazes saíram por entre as árvores, montados em dois enormes cavalos 
marrons.Estavam rindo.
Ambos tinham aspecto bem cuidado e eram jovens.Um tinha cabelos pretos, o outro 
cabelos cacheados e castanhos.Na hora em que viram Callie, pararam de rir e 
pararam os cavalos.
-Ora, ora...que surpresa agradável.Eu não fazia idéia de que encontraríamos uma 
sereia perdida por aqui.-O de cabelos pretos disse, com tom rouco e  interessado.
-Bela surpresa.-O outro disse, esporeando o cavalo para chegar mais perto de 
Callie.A morena piscou, olhando-os

-Olá.Será que podem me ajudar?- callie perguntou.-No que quiser, beleza.-O de cabelos pretos respondeu, trotando para perto dela.-Sou Marco Libertini.Esse é meu irmão, Franco.
O de cabelos castanhos sorriu de canto.
-Como se chama?
-Sou Calliope.Calliope Iphiegeni.
-Callie...-Marco murmurou com encanto.-Nome ideal para uma criaturinha tão 
encantadora.
-Obrigada.-Ela suspirou, meio sem-graça.-Bem, então vão me ajudar?
-O que foi?
-É que me perdi...Não consigo encontrar um caminho de volta, mas vocês parecem conhecer muito bem isso aqui.-callie ainda estava ofegante, com o rostinho ansioso e os cabelos perto da testa suados.-Podem me mostrar algum caminho que dê de volta ao campo?
-Podemos sim.-Franco se aproximou com um olhar malicioso.-Mas não de graça.Que tal uma troca de favores?
Callie franziu o cenho, começando a estranhar o olhar daqueles dois rapazes.
-Que tipo de troca?-Perguntou baixo.

Franco trocou um olhar com Marco, que sorriu levemente para o irmão.
-Acho que vai ser uma troca boa para os três.-Marco disse, descendo do 
cavalo.Franco também desceu do dele.
Callie apertou as rédeas de seu próprio cavalo, meio confusa e assustada.
-Não entendi.
-Vamos lhe mostrar.-Com um sorriso malicioso, Marco ergueu os braços e tirou 
Callie de cima do cavalo com a maior facilidade.
-Espere, o que está fazendo?!-Ela gritou, com o coração ao saltos.
-Se acalme, belezinha.Só estamos tentando ajudar.-Marco sorriu, 
segurando-a.-Não quer sair daqui?Nós a ajudaremos, mostraremos o caminho...
-Mas antes você vai ter que fazer algo por nós também.-Franco completou com 
malícia.
-Não!-Calliw gritou, se debatendo.-Me solte!
-Pare de tentar fugir, linda, ou poderá se machucar.-Marco a apertou mais.
-Não, por favor!-Ela se desesperou e começou a chorar.
-Não precisa chorar, princesa.-Franco a abraçou por trás, deixando o pequeno 
corpo da morena preso entre ele e o irmão. (Que nojoo)
-Vai ser bom, prometo.-Marco sorriu, rasgando o vestido dela.
Callie gritou, se tampando e segurando o pano do vestido para cima

Franco mordeu o delicado pescoço da morena, por trás, e Marco lhe apertou 
um seio.A morena quase vomitou, de tanto asco, o rosto delicado empapado de lágrimas.
Quando sentiu a mão dos dois descendo-lhe pelas coxas, por baixo do vestido, 
deu um grito estridente que fez um eco pelas árvores.
-Chega!Socorro!
De repente, todo o desespero ficou petrificado.O vento pareceu parar, as 
árvores ficaram silenciosas.
Marco e Franco olharam para trás, estranhando.
-Não deviam ter feito nada disso.- Callie ouviu uma voz profunda, malévola, arrepiante...e ela bem conhecia aquela voz...

Amor demoniaco (versão calzona)Onde histórias criam vida. Descubra agora