Epílogo

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Tainá – Anda rápido sua lerda! Daqui a pouco você perde a carona. – disse gritando comigo.

E

eu só estava lá olhando mais um pouco pela ultima vez como moradora da casa para meu quarto, e que agora não será mais meu. É, eu e ele estamos nos mudando. Para organizar todas as coisas levou um mês. Eu ainda não conheci a casa, pois o Luca quer que eu já a veja mobilhada e blá, blá, blá... Foi ele e meus pais que foram arrumar tudo enquanto minha melhor amiga ficava me distraindo para eu não sair correndo ajudá-los.

Hoje Tainá ia me levar até lá, junto com Ruan porque ela não dirige ainda. Desço as escadas memorizando cada cantinho, com a saudade aumentando, mas é por um bom motivo.

Meus pais estavam na sala me esperando. Só levava uma bolsa comigo, foi o que restou, o resto o caminhão da mudança levou ontem. Olhei pros meus pais e me senti orgulhosa de mim mesmo pela primeira vez. Engraçado como nossa vida pode mudar de uma hora pra outra.

Eu não tinha amigos e nem imaginava que ia namorar, de tanta raiva que eu tinha das pessoas. Mas olhem onde eu estou hoje. Tudo até aqui foi incrível. A escola, os amigos, até mesmo as decepções que eu tive. Parece piada, mas é a pura verdade.

Meus pais me abraçaram no momento em que desci do ultimo degrau.

Meu pai primeiro. Abraçou-me e disse que era pra mim ser feliz sem olhar pra traz e que era pra mim mais do que nunca correr atrás do meu sonho. E minha mãe toda chorosa, disse que me amava e que ela sempre estaria lá, independentemente da situação de que eu precisasse dela. Além de me dar o maior apoio também.

Mas ai vocês se perguntam: e porque os pais dela não vão junto até lá?

Porque eu sinceramente não agüentaria os vendo ir embora pra longe de mim. Preferi que só o Luca me esperasse lá para que eu não me aborrecesse ainda mais do que já estava.

Ao me despedir do meu irmão ele primeiro bagunçou meu cabelo o que me deixou muito brava, mas mesmo assim abracei-o. Que não falou nada, mas disse que me amava e que a primeira que o Luca aprontasse ele mesmo ia pessoalmente ter uma conversinha com ele. Eu ri daquela situação, pois meu irmão amava mais meu namorado do que eu. Mas tudo bem.

Me despedi também da Clara e da pequena Bella que prometeram ir me visitar sempre que eu quisesse, e é claro que eu queria.

Por fim, sai da casa chorando. Os dois já me esperavam no carro. A minha ficha ainda não tinha caído até agora e finalmente eu começava a pensar em como seria dali pra frente. Quais os desafios que me esperavam e eu nem sabia mais o que pensar. Só esperava que ao lado do Luca eu pudesse enfrentar tudo o que viesse pela frente, firme ao lado dele.

 A viajem demorou umas duas horas, um pouco mais do que o normal. Acho que Ruan sentiu que eu precisava desse tempo a mais para me acostumar com a ideia. Enfim chegamos. Só de olhar por fora a casa já era linda. Charmosa com dois andares e uma sacada na frente na parte de cima.

Sai do carro olhando fixamente para ela, meus amigos logo atrás de mim se despediram e voltaram para casa, pois já era tarde. Adentrei no portão e Luca já esperava na porta. Olhei para ele sorrindo e me aproximei.

Luca – Oiii amor! Como foi o dia de hoje? – perguntou como se já fizesse meses que morávamos ali.

Luiza – Foi ótimo e o seu? – disse lhe dando um beijo logo em seguia.

Luca – Meio chato porque você não estava em casa, mas a partir de agora vai ficar melhor com certeza. – me deu a mão e me puxou pra dentro.

Ele me mostrou a casa toda por dentro, o nosso quarto era simplesmente lindo. Eu nem acreditava que isso estava acontecendo. Depois do pequeno “Tour”, fomos tomar um banho e pedimos algo para comer.

Uma garota nada exemplarOnde histórias criam vida. Descubra agora