Case Closed - Jikook

Chapter 15

                                                                   Jungkook P.O.V

Há alguns tempos atrás se você me perguntasse, criança, quando eu passaria outra noite daquela com Jimin, eu te responderia nunca e de preferência, também não o veria mais. Mas a vida gosta de nos pregar peças e parece que isso vive acontecendo comigo, não é?

Agora estou aqui em meu apartamento, com o menor em meus braços, acordei em torno de 4:30 e estou o observando desde então, já são quase 6, não consigo deixar de reparar o quão bonito ele é, tão sereno enquanto dorme, nem parece que sofreu tanto durante esses anos e, pior ainda, foi vítima de um ataque anteontem. Usaria todas as minhas forças para condenar Taemin. Pelo menos tenho a certeza que Jimin não acordará hoje se lembrando dos momentos ruins que passou.

— Você consegue ser bonito até mesmo com essa carinha de sono — comentou o moreno me encarando sorrindo — Bom dia, Jungkookie.

— Bom dia, Jiminnie. — dei um beijo em sua testa e sorri — Vamos levantar, preciso me encontrar com as outras vitimas hoje pela manhã e conversar com todas, isso deve durar o dia todo — suspirei fechando os olhos e ele se deitou por cima de mim selando nossos lábios.

— Vai dar tudo certo, Jungkookie. Quer que eu vá com você? — abri os olhos e o menor estava sorridente, abracei sua cintura e ele se ajeitou sob meu corpo.

— Não precisa. Você já deu seu depoimento e não quero que escute essas coisas. Não fará bem a você.

— Eu não me importo, onde vai ser? No seu escritório ou na sala de reuniões do tribunal?

— No meu escritório, é mais reservado.

— São todas mulheres? — percebi seu tom de voz um tanto enciumado e ri baixo recebendo um tapa no ombro do menor.

— Tem uns dois ou três homens na lista também.

— Não me ajudou em nada, eu vou com você. — ele saiu da posição que estava e se levantou da cama. — Sei que não somos namorados, ainda.

— Mas... — continuei, levantando da cama logo em seguida e indo até o banheiro fazer minhas higienes matinais.

— Mas eu preciso cuidar do que... Aliás, preciso cuidar de você. — o mais velho caminhou até onde eu estava e se apoiou no batente da porta cruzando os braços e olhando para mim através do espelho — Além do mais, eu tenho direito de estar la.

— Você não tem direito nenhum. Mas já que insiste tanto... Vai se arrumar, Jiminnie, antes que eu me atrase ou mude de ideia e deixe você aí. — me aproximei e beijei o topo da sua cabeça.

— Nós vamos conseguir, não é? — ele me abraçou apertado e eu acariciei seus fios.

— Vamos sim, anjo. Agora precisamos ir, se arrume.

Quebra de tempo

— Estamos aqui para o depoimento da terceira vítima do acusado Lee Taemin — falei logo após ligar o gravador e o ajeitar na mesa — Você pode me dizer seu nome e sua idade, por favor?

— Kwon Yuri, tenho 22 anos.

— Certo, senhorita. Como você e Taemin se conheceram? — Jimin observava tudo atentamente, estava interessado no caso, mesmo não podendo atuar, por ser uma das vítimas e, até o momento, a principal, seu instinto de advogado falava mais alto.

— Minha mãe trabalhava como cozinheira na casa dele e eu morava lá com ela.

— Como foi que ele se aproximou de você?