Chapter 13

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                                                                                                                                                                                  Jungkook P.O.V 

É fato, criança, que não posso de forma alguma ignorar essa carta que eu acabei de receber. Decidi não entrar em contato com esse número antes de conversar com o Jimin sobre a possibilidade de processar Lee Taemin. Algo que me preocupa é que o casamento do Taehyung está próximo, para ser mais específico, é daqui dois dias. O caso do aborto ainda não foi encerrado, mas não acredito que demorará tanto. Ainda não providenciei o meu terno e, sendo sincero, preciso arrumar um par. Não que seja obrigatório, porém não gosto de ir à esse tipo de eventos sozinho. Me incomoda, até porque, muitas mulheres se atiram para cima de mim e eu não gosto nem um pouco disso.  

Se você me perguntasse há alguns tempos atrás se eu convidaria Park Jimin para ser meu acompanhante, eu te diria que jamais veria ele novamente, mas agora, ele é a única pessoa que tenho em mente. Porém, convencer Kim Taehyung é uma tarefa bastante difícil. 

— Não, Jungkook! Eu já te falei que não é não e pronto. Você não vai me fazer mudar de ideia. — ele estava impaciente e eu sabia muito bem disso, mas não desisto fácil das coisas. — O que foi, você ainda está aqui me olhando com essa cara de cachorro sem dono por que?

— Eu não sou um cachorro e mesmo se fosse, não seria sem dono. Deixa eu levar o Jimin, por favor. — pedi pela milésima vez. 

— Não! Eu não quero ele no meu casamento, entendo que ele sofreu muito e que a situação dele foi horrível. Entendo também que ele teve uma razão concreta e suficientemente convincente para ir embora... — ele parou sua fala e começou a pensar. Alguns segundos depois ele revirou os olhos e voltou a me encarar — Certo, ele pode ir com você. 

— Obrigado, Hyung! — eu o abracei apertado e saí correndo da confeitaria. Estávamos terminando de verificar se os doces e o bolo estavam sendo encaminhados, não há nada que eu ame mais que doce. Mas não segurei a ansiedade, precisava contar ao Jimin e arrumar um terno chique que combinasse com o meu. 

Fui o mais rápido que pude, o Senhor Lee estava de folga, provavelmente saiu com minha avó. Esqueci de comentar, criança, eles estão revivendo o amor de anos atrásMinha avó disse que eu devia fazer o mesmo e investir em um futuro com Jimin. Entretanto, eu acho um tanto quanto cedo para pensar sobre isso. Ao chegar no prédio, subo no elevador até o andar solicitado. Bato na porta algumas vezes e não recebo nenhuma resposta. 

Sei que ele está em casa, as luzes estão acesas e dá para ver isso por debaixo da porta, ele não costuma deixar as luzes ligadas. Rodo a maçaneta da porta na esperança que ela esteja aberta e estava. Eu entrei no apartamento e já ia chamar pelo mais velho quando escutei algumas palavras serem murmuradas do banheiro de seu quarto. Abro a porta com cuidado e vejo Jimin encolhido em uma banheira balançando para frente e para trás, está assustado. 

— Não, por favor, não, vai embora me deixa em paz, por favor, vai embora, saí daqui, por favor, por favor, por favor — suas mãos estavam tampando seus ouvidos e ele tremia. — Vai embora, vai embora, vai embora, vai embora — eu levantei as mangas da blusa e me agachei ao lado da banheira, não levou muito tempo para o menor estar em meus braços. Ele gritou com meu ato e isso apenas me deixou mais assustado. Eu o coloquei na cama e procurei por alguma toalha em seu guarda-roupas  — Me deixa em paz, por favor, não faz nada comigo, eu te imploro, por favor, por favor. — para mim suas palavras soam desconexas, não sei o motivo de tanto medo, mas irei descobrir. O cubro com a toalha e logo depois pego o mais velho no colo novamente e o aconchego em um abraço. 

Case Closed - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora