Jimin P.O.V
Depois de passar aquela belíssima noite me perdendo nos mimos que meu marido me deu, a triste realidade me acometeu. Olha só, rimou, engraçado como todas as desgraças da minha vida rimam. A juíza Jeon Jihyun, vulgo minha sogra, resolveu marcar uma reunião comigo, Hyorin, Yoona e Yang Mi. E agora eu estou enfurnado no pequeno escritório que tem em minha casa, estudando igual a um condenado para essa reunião.
Eu já conheço esse caso de pé a cabeça, porém ainda estou inseguro. Jungkook tentou me acalmar e me fazer entender que eu tinha muita capacidade e precisava parar de me cobrar tanto, mas eu simplesmente não consigo. Não é assim tão fácil, em um momento eu sou Park Jimin, o professor fodão que põe medo em todos os seus alunos, contudo, não deixa de ser um dos melhores da grade curricular na universidade. Em outro momento eu sou Park Jimin, o advogado cagão que tem medo de apresentar um caso sozinho.
Meu marido não estará comigo e eu entendo que não posso viver a sombra dele, porém, não é assim tão fácil. Eu me acostumei com a sua presença ao meu lado, me acostumei com ele tomando a frente em todos os casos que tivemos juntos, me acostumei a sempre observar tudo que ele fazia, anotando mentalmente todos os pontos que achava importante para aplicar se um dia fizesse aquilo sozinho.
Entretanto, agora que eu tenho, finalmente, a oportunidade de me destacar, de mostrar que eu não sou apenas um professor e um advogado que foi vítima do caso que mais repercutiu em Seul na época. Eu queria ser Park Jimin, o advogado que não precisa viver a sombra do seu sócio para ser considerado competente.
A verdade é que eu estou inseguro. Eu sou inseguro, na verdade. Eu não confio em mim e tenho muita tendência a me auto depreciar.
— Amor, sai daí de dentro, você precisa comer, Jimin. — Jungkook tentou de novo do lado de fora, já fazia mais ou menos umas 5 horas que eu estava ali dentro. Não consegui dormir direito a partir das 5 da manhã, foi quando resolvi olhar tudo outra vez e quando recebi a ligação da minha sogra às 6:00, tudo piorou. — Meu bem, por favor, sai daí. Não se cobre tanto, você vai conseguir, já sabe tudo perfeitamente, relaxa um pouco.
— Eu não quero relaxar, Jungkook, porra. Eu só quero fazer essa droga direito, que merda, dá para você sair da desgraça dessa porta e deixar eu estudar esse caralho em paz? — ele não tem culpa do meu estresse, mas eu sempre acabo descontando tudo nele.
— Eu não saio daqui enquanto você não vir aqui fora comer alguma coisa, pelo menos. — respirei fundo, me levantei da cadeira completamente nervoso e fui em direção a porta.
— Sai daqui, porra, eu não quero falar com você. Eu não quero comer nada. Eu não quero ninguém me amolando, porque eu já estou irritado demais e eu não quero dar um tapa na sua cara, Jungkook, então, por favor. — eu fechei os olhos e respirei fundo outra vez — Me. Deixa. Em. Paz — falei cada palavra pausadamente e fechei a porta em seguida a trancando por dentro.
— Isso é sentimento acumulado, você precisa colocar isso para fora, você está com medo?
— Não, Jungkook, imagina, eu estou ótimo. — respondi ironicamente e me aproximei da mesa outra vez, apenas para pegar meus papéis.
— Vou usar psicologia reversa com você. — e então eu parei de ouvir sua voz, em seguida seus passos foram direcionados para longe da porta e eu suspirei aliviado.
— Calma, Jimin... — falei comigo mesmo — Você vai conseguir. Repita outra vez o caso. — comecei a caminhar de um lado para o outro — Estamos aqui nessa reunião hoje para discutir o caso da advogada Yang Mi, acusada de poligamia, fraude, falsidade ideológica e homicídio. A réu em questão está sendo processada por-
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Case Closed - Jikook
General FictionHá quatro anos atrás eu amei alguém... Me entreguei a esse alguém, eu estava apaixonado, éramos jovens, talvez eu tenha me iludido pensando que havia encontrado meu príncipe encantado. O que aconteceu? Simples, ele foi embora. Foi embora e me deix...