Capitulo 25 - A Despedida e o Adeus.

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Esta fic pode conter linguagem imprópria ou cenas consideradas chocantes, se és sensível não leias.

Capitulo 25 – A Despedida e o Adeus.




Dormir ao lado de Justin Bieber não resultava em outra coisa sem ser: sexo. Até parece que alguém conseguiria dormir quando se tem um poço de perdição ao seu lado. Ashley que o diga. Ela mais do que ninguém sabia que era impossível ficar sã e salva ao lado do Bieber. Quando acordou já eram mais de onze horas, e para a alegria dela, ele também estava ali. Observando os seus belos olhos castanhos. Nenhum pronunciava algo, apenas se entreolhavam, o olhar dizia tudo que eles não conseguiam.

- E-eu gosto do brilho dos teus olhos de manhã. –ela disse quase involuntariamente. Justin sorriu.

- Eu iria dizer a mesma coisa. –tirou a madeixa de cabelo que caia sob a bochecha dela e fez um carinho com a ponta do dedão. – Tu sabias que castanho é uma das minhas cores preferidas? -ela negou com a cabeça.

- Então temos algo em comum.

- Quero que passes o dia comigo hoje, e à noite sairemos. –ele deu a ordem lembrando-se que aquele era o ultimo dia de Ashley naquela casa. Um aperto invadiu o seu peito e ele incrivelmente sentiu vontade de chorar. Balançou a cabeça ligeiramente e levantou-se. – Vou tomar banho.

Assim que penetrou o banheiro Justin fechou a porta e foi logo ligando o chuveiro, a água estava quente, tão quente que esfumaçava, ela pelo seu corpo. Os seus músculos relaxavam e à medida que as gotículas o atingiam. No meio de tudo aquilo ele desejou que todo aquele sentimento, a merda do sentimento, fosse embora assim como a água que escorregava pelo seu corpo. Ele queria não sentir aquilo, queria poder dizer que não pensava nela antes de dormir, que o cheiro dela não lhe inebriava e nem o sorriso ingénuo mexia com as suas estruturas, mas infelizmente não conseguia. Tudo em Ashley era minuciosamente atractivo e perigoso. Por sua vontade ou não, ele apegou-se a ela de uma maneira louca e doentia. Para piorar ainda mais a sua situação aflita, existia a possibilidade dele nunca mais a ver depois daquele dia e pensando nisso ele começou chorar.

Até ele se surpreendeu com aquilo. Desde quando ele era assim? Desde quando chorava por uma menina? Não era para aquilo ter acontecido, se apaixonar não estava nos seus planos. Era só sexo e nada mais do que isso, então o porquê do facto de perdê-la, o incomodava tanto?

Ele foi o primeiro a tocá-la e sentia-se bem com isso. No fundo ele gostaria que fosse assim para sempre. Ashley sendo sua e todas as manhãs ele acordar com a respiração calma dela no seu peito.

Depois de um tempo ali em baixo, reflectindo e com a imagem de Ashley na sua cabeça, Justin finalizou o banho e saiu com a toalha à volta da cintura.

Vestiu umas jeneas, uma camisola branca, tennis e para finalizar o relógio de ouro no seu pulso. Observou bem as horas. Quase uma da tarde. Deu uma ultima ajeitada nos cabelos. Feito isso ele foi em busca de Ashley, que já tinha saído do quarto no momento em que ele iniciou o banho.

Pegou as chaves do carro, carteira e o telemóvel, depois foi ver se ela já estava pronta. A porta do seu quarto estava aberta por completo, ele nem precisou de bater. Ashley terminava de ajustar o vestido nos ombros, os seus cabelos estavam soltos como de costume. Justin fitava atento cada movimento feito por ela.

‘’Porque não consigo mais, imaginar a minha vida sem ela?’’ Ele se perguntava mentalmente.

Terminando ela virou-se para ele e sorriu. Era um gesto tão inocente, mas mexia com o coração de qualquer um. Os olhinhos castanhos piscavam e brilhavam quando o viram, o seu coração deu uma leve acelerada e então ela caminhou até ele.

- Para onde vamos? -ela perguntou. Justin até já se tinha acostumado com ela a fazer aquela pergunta várias vezes.

- Já ouviste falar da roda gigante que construíram cá? -ele puxou-a pela cintura, Ashley assentiu. – E na Estátua da Liberdade?

- Também. –respondeu sorrindo e revirando os olhos.

- É para lá que nós vamos.

Ele beijou-a calmamente e depois puxou-a pela mão para fora do quarto.

(…)

Por onde caminhavam eles recebiam o olhar de algumas pessoas, chamavam atenção. Os dois eram bonitos, Justin mais alto do que ela e os dedos fielmente entrelaçados. Já estavam a caminho da roda gigante, de longe ela pode ver a gigantesca roda. Um calafrio de medo subiu pela sua espinha, ela nunca tinha estado num lugar tão alto e bonito como aquele.

- Tens a certeza que é uma boa ideia? Para mim, isso vai cair a qualquer momento e nós vamos morrer. –ela apertou a mão dele.

- Não te preocupes com isso, parece perigoso, mas é seguro. –ele encorajou-a. – Vamos comprar as nossas entradas.

Caminharam até à bilheteria e compraram duas entradas. As pessoas que deram a volta antes deles, já estavam a descer, uns com ar de assustados e os outros de pura diversão.

- Se quiseres ir sozinho, fica a vontade. Eu fico aqui em baixo à tua espera.

- Nada disso, vamos nós os dois juntos. –piscou-lhe o olho e entregou as entradas para o homem que comandava o brinquedo.

Sentaram-se e colocaram uma espécie de cinto de segurança, Ashley tinha medo, mas deixou-se levar pela adrenalina. A roda gigante começou a mover-se, podiam-se ouvir os gritos das mais desesperadas. O frio na barriga tinha aumentado, e quando um vento calmo e sereno passou pelas suas pernas ela achou que fosse cair.

- Apenas relaxa. –Justin sussurrou ao seu lado, e pegou na mão dela.

Ela deu ouvidos a ele e ficou imóvel enquanto fechava os olhos e suspirava tentando acalmar os músculos. No ponto mais elevado, a roda parou. Ashley abriu os olhos vagarosamente encontrando uma das mais belas visões que alguém poderia ter.

Dali, ela podia ver todo aquele parque. E era de longe um privilégio por ser tão bonito. As árvores, os carros, as outras diversões, as pessoas – que naquele instante pareciam formigas – uma mistura de cores que formavam uma linda e perfeita paisagem. Pelo menos uma vez na vida, todos deveriam ver aquilo.

- Isto é lindo. –falou ela super feliz.

- Sim, muito. –ele fazia um carinho na mão dela com o dedão e isso relaxava-a. – É difícil acreditar que possa existir um lugar destes no mundo.

- Se alguém tentasse descrever isto para mim, eu provavelmente não iria acreditar. –os seus olhos permaneciam presos na vista.

Os cabelos dela voavam com o pouco vento, a boca estava entreaberta e o peito descendo e subindo devido à respiração, essa era a cena que invadiam os olhos de Justin.

- Vou guardar este momento para o resto da minha vida. –ela disse quando sentiu que o brinquedo voltara a rodar.

Foram um total de seis voltas, que por ela tinham sido o dobro.

- Eu adorei. –comentou animada enquanto dava uma voltinha e voltava para os braços de Justin.

- Fico feliz, eu também adorei. –deu um beijo no alto da sua testa. – Ainda temos o que fazer hoje, então vamos rápido.

Ele girou-a no ar e saiu a correr, deixando-a sozinha. Ashley deu uma risada e saiu correndo atrás dele, batendo em algumas pessoas e gritando um ‘’desculpa’’. Pareciam duas crianças, dois apaixonados.

(…)

- Olha para mim Ashley. –ele pedia com o telemóvel na mão e a câmara apontada para ela.

- Não Justin, eu não fico bonita nas fotos. –fez beicinho e levou um pedaço de algodão doce até à boca.

- Então eu tiro contigo. Vamos ficar os dois feios. –ele sentou-se ao lado dela no banco. – Problema resolvido. Sorri.

Ela colocou o melhor sorriso que podia no rosto, um bem sincero – que à tempos ela não dava – e ele tirou a foto.

- Como tens coragem de dizer que não ficas bem nas fotos? Tu és perfeita. –ele mostrou a foto a ela.

- Acredito. –disse sarcástica.

- Deverias.

- Quero um algodão doce. –ela levantou-se pronta a caminhar em direção ao vendedor.

- Esse já não é o segundo? -Justin brincou.

- Eu estou com fome. –mostrou a língua. – Isso é o que dá não tomar o pequeno-almoço.

- Ok, tu estás certa. –ele abraçou-a pela cintura.

- Obrigada.

Eles passaram a tarde toda de um lado para o outro, conhecendo lugares e tirando fotos. Naquela tarde, ambos esqueceram tudo. Os problemas, as diferenças, as desavenças que passaram, e que em breve iriam se separar.

(…)

Quando já se passavam das oito horas da noite, Ashley já estava pronta, os cabelos caídos sobre as costas. Ela ajudava Justin a apertar a camisa preta. A mesma ficou aberta de modo que deixava à mostra algumas das suas tatuagens.

Eles tinham algo preso na garganta, algo que não sabiam, mas desconfiavam do que se tratava.

- Pronto. –ele sorriu e esperou ela fazer a costumeira pergunta. – Não vais perguntar aonde vamos?

- Não. Vou deixar-te surpreender-me pela ultima vez. –doeu dizer aquilo, e doeu mais ainda ter que ouvir.

- Tudo bem. –tentou não demonstrar como estava abalado, e engoliu a vontade de chorar.

‘’Ela nunca vai te amar. Foste tu quem acabou com a vida dela, não te lembras?’’ Os pensamentos de Justin voaram para longe. Para ele, Ashley ainda o via como um monstro, um alguém que queria apenas usá-la, um alguém sem coração. Mas, Justin tinha mudado. Por ela.

E só há apenas um motivo quando uma pessoa muda pela outra: Quando se ama.

Quando tu amas alguém, tu queres ser o motivo do sorriso dela, queres ser a pessoa que ela pensa quando imagina alguém perfeito. Tu passas por cima de todos os teus defeitos e tentas concertá-los, para quê? Para agradar a pessoa que tu amas.

E era exactamente isso que tinha acontecido com Justin. Ele encontrou a pessoa que foi capaz de fazê-lo mudar. Para melhor. E com isso, ele tirava apenas uma conclusão:

Amava Ashley.

(…)

O lugar que Justin tinha escolhido para irem, era um restaurante. E a diferença que ele tinha, era que era de frente para o mar. Escolheram uma mesa que dava para ver bem o balançar das ondas, e o desmanchar delas quando atingiam a areia.

- Tu sabes mesmo surpreender-me. –disse rodando os olhos por todo o lugar.

- Quando descobri este lugar, instantaneamente lembrei-me de ti. –mexeu o garfo dentro do prato.

- E no que este lugar te lembra? -ela perguntou só para ver se ele tinha uma boa resposta.

- Tu gostas de lugares calmos, vazios e adoras música lenta. –ele fez uma pequena pausa enquanto mordia os lábios.

Tudo bem. Ele tinha uma boa resposta.

- Tu és uma menina diferente, mereces um lugar diferente.

- Diferente como? -escorou a cabeça na mão e não desviou um segundo sequer dos olhos dele.

- Tu fazes quem está do teu lado se sentir bem.

Naquele momento a banda composta por três membros, sendo um deles uma mulher, começou a entoar uma música que parecia ter sido feita para os dois.

“Eu lembro-me do que tu usaste no nosso primeiro encontro
Tu entraste na minha vida
E eu pensei: "Ei, sabes, isto pode dar em alguma coisa"

- És explosiva, mas és como dizem... Todas as feras podem ser domadas. –ela riu com o comentário dele. – E o que mais me encanta é o teu modo de sorrir e mexer no cabelo quando estas envergonhada, ou quando tu observas atentamente o pôr do sol como se aquilo fosse o mais importante na vida. Tu dás valor aos pequenos detalhes, e isso é incrível.

Ela ficou boquiaberta com os dizeres de Justin. Era impressionante como em tão pouco tempo, ele sabia mais coisas dela do que ela mesma.

“Porque talvez seja verdade que eu não consiga viver sem ti
Talvez dois seja melhor que um”

- Gostarias de dançar comigo? -ele estendeu a mão para ela.

Ashley aceitou ainda deslumbrada com as palavras dele. Caminharam até uma pequena pista, onde tinham mais quatro casais. Justin passou a mão pela cintura dela, e Ashley com uma no seu ombro e a outra espalmada pelo peito.

Porque nos acostuma-mos tão facilmente às pessoas? E porquê que o coração faz o cérebro acreditar que ela precisava dele para viver? Não. Ela não precisava dele para viver, ela podia viver sem ele. Só não queria.

“Lembro-me de rir, olhando para o teu rosto
O jeito que tu viras os teus olhos, o teu sabor
Tu fazes com que seja difícil respirar”

Sentiu vontade chorar, de sair dali correndo e mandar-se para o mar. Quem sabe não morreria afogada e aquela tormenta passasse?

- Ashley... –ele a chamou e ela levantou rapidamente a cabeça para encará-lo. – Eu preciso de te dizer uma coisa.

Ela se sentiu arfar e as batidas do coração ficarem frenéticas. Uma alegria interior se fez presente.

- Ashley e-eu... –ele abriu e fechou a boca várias vezes buscando coragem para dizer a ela tudo o que sentia, porém sentiu medo. Medo de ser rejeitado, dela não o querer e mostrar-lhe que a sua vida tinha sido arruinada por ele e ela jamais o perdoaria por tal feito.

‘’Vamos Justin, duas palavrinhas. Apenas.’’ Ela torcia.

Um nó se formou em sua garganta, estava difícil até de engolir a saliva e piscar. Ele tentava de toda maneira se declarar, mas não conseguia. Ele parecia ter ficado mudo, as palavras voaram para longe. Nunca ele se sentira daquela forma.

“Porque quando eu fecho os olhos eu vôo para longe
Eu penso em ti e tudo fica bem
Agora eu estou finalmente acreditando”

Ashley ainda o olhava. Esperando ele dar o próximo passo. Esperando por algo infelizmente não veio.

- E-eu espero que fiques bem daqui para frente. –foi o que ele disse, depois de se separar dela e voltar ao acento.

Ela murchou. Como acreditou que Justin Bieber seria mesmo capaz de amá-la? Ela não conseguiu segurar mais as lagrimas, e era inútil tentar. Saiu dali correndo para a casa de banho.

Foi como ela tinha pensando. Depois que ele tivesse o que queria, nem se importaria mais com ela. Ashley sentiu-se usada, traída e estúpida.

Estúpida por esperar um ‘’Eu amo-te’’ de Justin.

Sentada sob a tampa do vaso sanitário ela chorou. Chorou ao som da musica que devia consagrar o momento e a noite mais especial da sua vida.

Pena, que não foi como ela pensava. Pelo menos por enquanto.

“Porque talvez seja verdade que eu não consiga viver sem ti”

Continua...

I Fell In Love - Justin Bieber Fanfic ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora