Olá meus queridos!
Esse capítulo será mais um Bônus, só que dessa vez vai ser narrado pelo lindo Ian, espero que vocês gostem!
Sem mais delongas, aproveitem o capítulo!
_______________________________Pov. Ian
Eu tentei esquecê-la, afastar sua lembrança e os bons momentos que passei com ela. Tentei me afastar de tudo que me lembrava dela e a única coisa que consegui foi desejar tê-la em meus braços, voltar a sentir o seu perfume assim como eu faço agora.
A vejo dormir tranquilamente com o seu cabelo espalhado por todo o travesseiro e seu corpo enrolado entre os lençóis brancos. Seus lábios estão ligeiramente abertos e vejo como ela enrruga o nariz e se mexe um pouco. Talvez ela esteja tendo um pesadelo e isso não me agrada.
Não estou irritado com ela, não poderia estar, mas sinto medo. Medo de me acostumar de novo a ela e acontecer alguma coisa que fará ela ir embora novamente.
Porque ela sempre vai?
Minha mãe se foi, mas ela se foi muito antes de morrer, ela nunca esteve ali pra mim. Minha mãe era uma mulher muito frágil e o meu pai se aproveitava disso. Me pergunto se alguma vez ela me quis, acho que não, não machucamos quem amamos. A gente cuida, quer vê-lo feliz e faz todo o possível para tentar conseguir a sua felicidade. Minha mãe não fez nada disso, mas seria muito injusto da minha parte comparar Emma com a minha mãe, não há comparação entre as duas.
Emma Foi uma lufada de ar fresco em minha vida, aquela luz que a muitos anos eu procurei. Uma luz que brilha tanto que consegue afastar as minhas lembranças mais turbulentas. Sinto esperança de estar com ela ou só em pensar nela.
Mas agora não sei o que sentir. Agora me sinto perdido. Tenho medo que quando as coisas ficarem complicadas será muito para ela e ela voltará a ir embora.
- "O que eu faço Emma?" - eu pergunto enquanto acaricio o seu cabelo. - "O que faço com todo esse amor?"
"Sinto muito". Quantas vezes falamos isso desde que nos conhecemos? O suficiente, não deveríamos voltar a dizer isso, não é justo com ela e tão pouco é justo para mim. "Sinto muito". Ela não parava de repetir isso essa noite, mas as vezes as palavras não são o suficientes. Mas eu não disse isso, não havia necessidade. Não disse nada porque não sabia o que dizer. Esperava que ela dissesse, como ela esperava que fosse a minha reação.
- "O que vou fazer com você?"
Meu celular toca e não preciso olhar para a tela para saber quem é, desde que Emma se foi, Annie me liga todos os dias para saber como eu estou e inclusive as vezes vem pra ficar comigo. Ela sabe que eu não gosto que cuidem de mim, mas eu permito que ela cuide de mim. Annie é minha irmãzinha e eu não acho que eu consiga negar alguma coisa a ela.
Me levanto devagar da cama para não acordar Emma e coloco à calça do meu pijama antes de entender o celular.
Ligação on:
- Boa noite irmã. - eu digo. - A que devo a sua ligação?
Caminho até a varanda. Está chovendo, é normal nessa época do ano.
- Você parece diferente, aconteceu alguma coisa?
Olho para a cidade. Sempre gostei desse lugar, meu olhar do mundo, do seu caos. Gosto de ficar sozinho aqui, em silêncio e com tudo em ordem.
Então chegou ela como um furacão e colocou tudo de ponta cabeça, mas não me irritou, pelo o contrário eu gostei. Eu gosto de ver o mundo pelos olhos de Emma, eu gosto de ver a vida sobre a sua perspectiva. Eu gosto da forma que ela não tem de falar sobre vários temas e quando ela muda de humor em apenas um segundo.
- Ian, você está aí? Está me deixando preocupada. Acho que vou ir te ver, não me importo que seja tarde.
Volto ao presente e presto atenção no que Annie diz.
- Não se preocupe comigo Annie, estou bem. Estou um pouco confuso, mas estou bem, eu posso me cuidar sozinho.
Sei que ela tem medo de que eu volte a cair naquele poço escuro em que estive depois que Eleanor me deixou no altar. Mas isso não vai acontecer ou pelo menos é isso que eu quero acreditar. quero acreditar que já não sou aquele idiota que acreditou na harpia da Eleanor.
- Tem certeza?
Ela parece inquieta. Não gosto que se preocupem tanto comigo.
- Sim, estou bem. Falaremos amanhã, durma bem.
- Por favor, se precisar de mim não duvide em me ligar. Te amo irmão, Tchau.
Ligação off:
Tenho sorte de ter os irmãos que tenho. Inclusive de ter a mãe que a vida me deu, a mulher que deveria ter sido apenas a minha tia, ela foi a melhor mas que eu poderia ter tido.
Escuto passos suaves e delicados de Emma enquanto se aproximava com cautela. A vejo caminhar até a varanda e se encostar nas grades olhando para as luzes da cidade. Ela não me olha, ela havia colocado a roupa que chegou, talvez ela vá embora.
- "É agradável." - ela diz muito baixinho e duvido se ela diz para ela mesma ou para mim. - "Tranquilo e silencioso. Eu gosto muito do silêncio, mas as vezes me deixa inquieta."
Emma fala muito, ela gosta de falar e normalmente eu detesto isso, detesto as pessoas que falam sem parar mas ela me parece agradável. Eu gosto de escutá-la, eu quase não gosto de falar e ela parece não se importar com isso. Parece que em quase todos os nossos aspectos se completam muito bem.
- "Mas eu sentiria muito sozinha aqui."
Vejo como o seu olhar se nubla e um suspiro sai dos seus lábios. Ela parece triste com uma lembrança distante. Ela não me olha e eu quero que ela me olhe, quero ver os seus olhos azuis com que tanto sonhei. Olhar para os seus olhos é como olhar para o céu, quando os vi pela primeira vez soube que tinha sorte de poder olhá-los. Quando olho para os seus olhos me sinto o homem mais afortunado do mundo.
- "Você ainda está com raiva de mim?"
Ela se vira e me olha mas mantém a distância, não se aproxima ou faz nenhuma tentativa de se aproximar.
- "Eu entendo, eu entendo a sua raiva mas por favor me diz alguma coisa. Me deixa louca te ver tão calado assim. Não leio mente e não sei o que você está pensando."
Em você! No que mais eu poderia pensar? Estou a ponto de responder isso, mas não digo nada.
- "É muito cedo para voltar a ser como antes." - eu digo e vejo com clareza como a tristeza se apoderado dela. Não gosto de vê-la assim.
Ela desvia o olhar e volta a olhar para a cidade. Eu observo ela limpar algumas lágrimas.
- "Emma." - ela não me olha. - "Só te peço tempo. Diferente de você, eu não vou para lugar nenhum."
E para onde eu iria? Ela é o meu lar. Mas preciso arrumar todo o caos que existe em minha vida nesse momento.
Ontem enquanto via o vídeo que Sophie conseguiu junto com ela, eu entendi que não poderia arrastá-la para esse turbulento problema. Ela precisa estar tranquila e afastada disso tudo. E também dar a oportunidade de ir embora de novo, se assim ela quiser fazer.
- "Eu não vou ir embora." - ela diz com firmeza e por um momento acho que ela acabou de ler os meus pensamentos. - "Não vou ir embora, porque também não posso viver sem você."
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O Amor é uma Droga! (COMPLETO)
RomanceQuando você encontra sua irmã e a pessoa que você acreditava ser o amor da sua vida fazendo sexo, Só há uma coisa que vem a sua cabeça: Vingança. - "Você deveria me agradecer" - foram essas as palavras da minha irmã - "Ao menos agora você sabe que e...