Justo agora que começamos a Voar

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Ele sorri para mim enquanto diz que está tudo bem, que não temos que fazer isso. Mas eu quero fazer, quero que de alguma forma mostrar que o seu amor me marcou, me transformou. Que seu amor fez eu me sentir que posso voar e tocar as estrelas com as pontas dos meus dedos. Quero que nos una para sempre assim como o amor que nos une.

- "Doeu em você?" - eu pergunto.

- "Sim, eu acho, eu já não me lembro. Eu tinha dezessete anos e estava passando por uma etapa rebelde, uma tatuagem no braço nessa época era algo legal e eu um idiota."

Estico a minha mão para tocar a sua.

- "Eu gosto da sua tatuagem, acho muito sexy."

O homem que vai fazer a minha tatuagem se senta em sua cadeira enquanto segura uma estranha máquina com uma agulha. Ele me diz que vai doer, agradeço sua brutal sinceridade e quando a agulha perfura a minha pele, admito que ele não se equivocou, doeu e muito, mas não a ponto de me fazer chorar. Na verdade é um tipo de dor prazerosa, por estranho que soe enquanto o tatuador, cujo o nome não me lembro faz o seu trabalho, a dor fica cada vez mais suportável e quase agradável.

Quando ele termina de fazer a tatuagem, sorrio ao ver o resultado, é simples, uma pequena mão no meu ombro esquerdo segurando um fio vermelho, Ian vai fazer a mesma tatuagem só que no ombro direito, assim sempre estaremos ligados pelo fio vermelho do destino.

- "Agora sempre estaremos unidos pelo fio vermelho do destino." - eu digo quando terminam de fazer a sua tatuagem.

Minha primeira tatuagem, ainda não posso acreditar. Estou tão emocionada que quero fazer outra, mas Ian me diz para fazer em outro momento. Que teremos outra coisa para fazer. Que teremos todo o tempo do mundo para fazer tudo o que quisermos. Isso soa realmente reconfortante, imaginar um futuro, sonhar com um felizes para sempre.

- "Já adivinhei a música." - ele diz.

Eu o olho sem entender e depois lembro de que música ele fala. Há algum tempo eu disse que me casaria com a pessoa que me dedicará, mas duvido que ele saiba qual música é.

- "Não acredito."

Ele me olha por um momento antes de olhar novamente para a estrada.

- "Acredita em mim, já sei qual é."

- "Canta, se você sabe então canta."

Ele sorri e nega com a cabeça.

- "Paciência querida, tenha paciência."

Nunca fui muito paciente, mas agora sinceramente, não me importo esperar muito. Como ele disse, temos todo o tempo do mundo.

- "Sabe, nunca fizemos sexo nesse carro."

Coloco a minha mão na perna de Ian e sinto ele ficar tenso com minha carícia.

- "Emma estou dirigindo." - posso ver o desejo em seus olhos e aperto ligeiramente a sua perna.

Mas então, me lembro que Annie fez sexo nesse carro e afasto a minha mão imediatamente, Ian se dá conta da minha reação e me pergunta com os olhos o que há de errado.

- "É só que, depois de tudo não tenho tanta vontade de fazer sexo no carro."

Ele obviamente não acredita em mim, ele me conhece e sabe que tem algo mais.

- "Me promete que você não vai ficar irritado." - eu falo mas eu ainda não digo nada e ele já parece irritado. - "É que Jasper..."

Ele me interrompe.

- "Emma, eu não gosto nada do rumo que está indo essa conversa."

Ele parece muito irritado e vejo como ele aperta o volante com muita força. Já entendo o que ele está pensando.

O Amor é uma Droga! (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora