BROKLYN, ESCONDERIJO DOS ŽÖGOVICH
Pelincov era o lider da facção Žögovich, careca e com uma barba grisalha e perfeitamente aparada; estava com um charuto na boca, sentado sob uma poltrona marrom com a cabeça encostada. Atrás dele estava uma mulher alta vestida de vermelho massageando os ombros de Pelincov. Chegou um homem perto dele dizendo-lhe algo ao ouvido, ele limitou-se por acenar com a cabeça, o homem retirou-se e logo depois chegaram outros.
Eram quatro ao todo, pareciam estar com medo, olhavam um para os outros como se esperassem que um dos quatro começasse a falar, seus rostos estavam suados, no entanto, Pelincov continuou fumando e em silêncio, só olhando para eles, até que um deles falou:
— C- Chefe! — falou com a voz tremula e exprimindo terror.
— Comece a falar, garoto, não tenho todo tempo do mundo. — Pelincov articulou depois de lançar ao ar um anel de fumo. — Encontraram o rapaz e a garota?
— N-Não chefe, ainda... — falou o homem da direita dentre os quatro, levando repentinamente um tiro certeiro na testa.
O sangue respingou até os outros três, e ficou escorrendo pelo chão, formando uma possa que não parava de aumentar.
— E ainda têm a coragem de vir até aqui para me dizer isso... — Pelincov levantou e tirou um fio de cabelo do rosto com a Glock 17 na mão.
— Nós prrocuramos, chefe, mas ele fugiu da casa.
— Cale a boca! — Vociferou. — Tragam a cabeça daqueles garotos se não eu corto a de todos vocês. Aquele garoto conhece o meu rosto, seja lá comi ele sobreviveu àquela noite isso não importa, mas sobreviveu. Ele é um perigo, se for pego pela polícia posso ser exposto. Agora saiam e levem esse lixo daqui.
Pelincov sabia que nunca deveria deixar ninguém vivo caso vissem o seu rosto. O fato de Ryam ter sobrevivido a execução implicaria um problema sério caso a polícia o prendesse; Pelincov tinha vários inimigos, na sua maioria eram ex funcionários e até mesmo os atuais, no entanto o medo os impedia de fazer qualquer coisa contra ele, e Ryam era um de seus funcionários também. O cadáver no escritório dele foi levado, a seguir veio uma mulher da limpeza para se livrar do sangue todo no chão. Horas mais tarde adentrou um de seus homens.
— Chefe, encontramos os dois.
— Reúna todo mundo, matem os dois, sem mais mortes além deles.
O jovem assentiu, saiu e convocou um número considerável de homens. Puseram os capuzes, armaram os carros e partiram todos.
* * * *
À medida que o sol se punha e a escuridão começava a tomar conta da cidadede, as luzes eram acesas aos poucos, trazendo a melhor visão noturna de toda a nova iork. Ryam estava no sofá, adormecido já a algum tempo, e no seu subconsciente ele acordou num lugar escuro. Aparentemente até então as memórias todas da sua vida antes de ter despertado no Hudson, apenas as lembranças dos Žögovich e os seres angelicais visitavam a sua mente.
Não se conseguia mover, por mais que tentava, parecia ser uma paralisia do sono... E novamente a mesma voz do nada soava entoando seu nome, de modo suave.
"Ryam"... " Ryam".
"Onde estou?"
Ryam se revirava e voltava a fazê-lo outra e outra vez tentando acordar sem sucesso. Por sua vez, Sarah tentava também acordá-lo, julgara estar a ter um pesadelo. Gritava pelo seu nome mas Ryam não acordava, no entanto, no subconsciente dele continuava gritando por alguém, mas ninguém respondia, o lugar estava escuro, pura escuridão, depois de tanto gritar, uma voz vindo de todas as partes chegou-lhe aos ouvidos.
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O ASSASSINO DO ALÉM
FantasyAssassinado severamente por malfeitores, espancado e deixado no Hudson como lixo... Este é Ryam. Por desgraça, fora expulso do céu tanto quanto do inferno, agora misteriosamente de volta a vida, após um ano morto de baixo do rio Hudson, ele descobr...